ESPAÇO DE ENCONTRO E REFLEXÃO ENTRE CRISTÃOS HOMOSSEXUAIS em blog desde 03-06-2007
comentar
publicado por Riacho, em 12.06.10 às 17:38link do post | favorito

A notícia hoje publicada no DN e que a seguir transcrevemos sugere que a hierarquia da Igreja Católica está ressabiada com a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo e é capaz de fazer tudo para apresentar um candidato presidencial que seja o espelho do seu programa político a fazer lembrar a velha aliança entre o cardeal Cerejeira e Salazar. Quando é que a hierarquia da Igreja Católica aprende a colocar-se no seu lugar e mete de uma vez por todas na cabeça que vivemos num estado laico e democrático? Quando é que ela vai deixar esta tentação demoníaca pelo poder e se revela como Igreja humilde e servidora de toda a família humana a começar pelos mais pobres,  desfavorecidos e discriminados?

 

Guião da Igreja 'abençoa' Bagão ou Santana

Guião da Igreja 'abençoa' Bagão ou Santana

É cada vez mais provável um candidato à direita alternativo a Cavaco Silva.

A direita católica e a conservadora não desistiram de encontrar um candidato alternativo a Cavaco Silva. Bagão Félix e Pedro Santana Lopes continuam a ser as duas mais fortes hipóteses para estes sectores. Uma coisa é clara: a Igreja não perdoa ao actual Presidente da República a promulgação da lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo, que tem sido apelidada de "pirueta da triste figura".

Um pouco por todo o País, sucedem-se homílias em que os padres repetem as críticas duras já feitas ao Chefe do Estado por D. José Policarpo. Sem que ninguém assuma, existe um "guião", a que o DN teve acesso, a crucificar a decisão de Cavaco Silva.

Os sacerdotes acusam-no de ter arranjado duas razões falsas para aprovar o diploma. A primeira é a sua justificação ser "ofensiva da dignidade e inteligência de um povo: estamos tão em crise e tão miseráveis que não podemos distrair-nos com este tipo de debates!" - refere o texto-base que percorre a Igreja. A crise, afirmam, "é de valores". Pelo que rejeitam também a tese de que o Parlamento voltaria a aprovar o diploma, tornando inevitável a promulgação. E a própria Igreja lembra aos fiéis, que também são eleitores, que o Presidente até poderia "dissolver a Assembleia". As homílias ganham assim um cariz também político.

No terreno, os movimentos católicos dão corpo ao apelo oficial da Igreja. Com estes, coexistem vários sectores políticos de direita que avaliam negativamente o primeiro mandato de Cavaco Silva. O discurso presidencial do 10 de Junho também não veio ajudar a mudar esta avaliação. Fontes contactadas pelo DN não gostaram de ouvir Cavaco dizer que o "País chegou a uma situação insustentável". Consideram que ele tinha poderes para actuar e não apenas para "avisar".

Bagão Félix continua a ser o mais desejado para Belém. O próprio antigo ministro das Finanças de Santana Lopes, quando admitiu ter sido sondado para uma candidatura, começou por a rejeitar. Disse na altura que um candidato à direita podia retirar votos a Cavaco Silva e levar a uma segunda volta "imprevisível". Mais recentemente, o seu discurso evoluiu. Diz agora que é "saudável para a democracia" a existência de uma alternativa oriunda do centro-direita. E coloca a questão: "Qual é o problema de haver duas voltas?"

Neste intervalo, Bagão Félix ouviu os apelos de Santana Lopes para que avançasse e Paulo Portas a dizer que o apoiaria sem margem para dúvidas.

Mas também Santana Lopes, sabe o DN, tem recebido apoios para protagonizar ele próprio uma candidatura alternativa à de Cavaco Silva.

As presidenciais têm sido, aliás, um tema de eleição do antigo primeiro-ministro. Ainda ontem, no semanário Sol, Santana dizia que "as primeiras voltas de eleições servem para que se possam apresentar e ser debatidas as diferentes posições que existam numa sociedade pluralista". Frisa mesmo que entende "ser muito importante que os candidatos digam o que pensam sobre o sistema de governo que querem integrar".

Pela sua idade, 54 anos, Santana pode jogar não só no curto prazo como no terreno ideológico sobre o que devem ser as funções do Presidente. Uma matéria que segue há décadas, desde que colaborou com a revisão constitucional de Sá Carneiro.

Estas movimentações nos bastidores surgem numa altura em que Cavaco Silva ainda não disse se será recandidato. Eleito à primeira volta por escassa margem há cinco anos, o actual Chefe do Estado pode não encarar da mesma forma uma duplicação de candidatos à direita, que coloque no horizonte uma segunda volta.

 

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1591203

mais sobre nós
Fevereiro 2018
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9
10

11
12
13
14
15
16
17

18
19
20
21
22
23
24

25
26
27
28


pesquisar
 
blogs SAPO
subscrever feeds