ESPAÇO DE ENCONTRO E REFLEXÃO ENTRE CRISTÃOS HOMOSSEXUAIS em blog desde 03-06-2007
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publicado por Riacho, em 06.05.11 às 20:22link do post | favorito

 

Um Dia as Canas Tocarão nos Céus? | 18 maio, 18.45 | Centro LGBT

Convidamo-las/os a assistir à Apresentação da obra Um Dia as Canas Tocarão nos Céus?, no próximo dia 18 de maio, às 18.45, no Centro LGBT, em Lisboa. Este romance autobiográfico, Um Dia as Canas Tocarão nos Céus?, o mais recente livro do escritor, poeta, músico e psicólogo João Firmino, acompanha e descreve o percurso de vida da principal personagem, desde 1974 até 2009, e será o ponto de partida de discussão sobre a construção da identidade homossexual antes e depois do Movimento LGBT, contando também com a participação de Guilherme de Melo, autor de um outro romance autobiográfico, “A sombra dos dias”, publicado em 1982, de São José Almeida e A. Fernando Cascais.

Esperamos poder contar com a vossa presença e agradecemos desde já a divulgação que possam oferecer a este evento!

 

Sobre este livro escreveram:

 

"(Este livro) É uma história sobre uma geração ou um grupo dentro de uma geração que foi e é a geração das incertezas, a geração da desilusão, a eração que teve a promessa da liberdade e do desenvolvimento e teve liberdade e desenvolvimento de facto, mas cujos sonhos e aspirações, na maioria dos casos continua a morrer na praia e continua à espera do pais prometido (...) A importância deste texto é essa. O não ser só uma coisa. Mas ser o começo de várias coisas. É por isso que “Um dia as canas tocarão nos céus?” é importante, porque é um começo, um primeiro grito a mostrar, a escancarar aquilo que antes em Portugal não foi dito (...) É a história desse crescimento, na versão do que foi dado viver e assistir ao seu autor, que aqui está. Um depoimento de como foi crescer para um homem nascido em Portugal que se fez adulto nos anos 80. E que, entre várias coisas, aprendeu a identificar-se como gay e recusou ser estigmatizado como homossexual. Mas que, nem por isso, deixou de ser um ser desiludido."
(São José Almeida, jornalista e escritora)



"Antes do surgimento do associativismo, o meio gay resumia-se essencialmente ao mundo noturno de bares, discotecas e saunas e ao engate de rua, centro comercial, parque ou jardim público, praia e estação de comboios, semi-clandestino, envergonhado, culpabilizante, invisível, tolerado, nem sempre seguro e decerto que protegido por maneirismos, praxes, regras e provas de fogo que provocavam no noviço um sentimento de não-pertença semelhante ao da rejeição social na sua comunidade ou família de origem. Nada convidativo e nada facilitador, portanto, de um autêntico modo de vida gay, de resto reservado a círculos restritos e relativamente estanques providos de recursos sociais, económicos e culturais suscetíveis de sustentar uma forma incipiente daquele. Um dia as canas tocarão nos céus? descortina um pouco desse mundo, mas sobretudo o tipo de subjetividade a ele normalmente associado."

"Só quem se reergue por entre os estragos, os destroços, as ruínas íntimas da auto-rejeição, do ódio de si, da homofobia interiorizada, por ela recipitados, é que sabe o que é o orgulho, essa coisa tão alheia, tão incompreensível, tão arrogante e até tão afrontosa, aos olhos de quem não passou pelo processo. Só quem sabe o que significa reconstruir-se a partir da devastação é que pode entender que o orgulho passa por ousar desejar ser aquilo que se é e, mais do que isso, aquilo que se quer ser. Um dia as canas tocarão nos céus? dá-nos a ver o percurso que vai do fazerem-nos homossexuais ao reconstruirmo-nos como gays e no qual muitos sem dificuldade se reconhecerão."

 
(A. Fernando Cascais, Professor auxiliar da FSCH da Universidade Nova de Lisboa)


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