ESPAÇO DE ENCONTRO E REFLEXÃO ENTRE CRISTÃOS HOMOSSEXUAIS em blog desde 03-06-2007
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publicado por Riacho, em 06.08.13 às 19:30link do post | favorito

Ela preferiria ter descoberto que tinha uma doença terrível. Quando Tim entrou na sala e lhe disse: "Mãe, sente-se", de todas as coisas que ela poderia aceitar descobrir, não havia o fato de que o seu filho era homossexual. E, sentada olhando para o homem que tinha crescido, estudando cada um dos seus detalhes, tinha pensamentos que, se os dissesse em voz alta, correria o risco de ir para o inferno.

A reportagem é de Martina Castigliani, publicada no jornal Il Fatto Quotidiano, 05-08-2013. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

"Mãe, eu sou gay". O anúncio de Timothy Kurek veio em uma tarde quente aos seus 26 anos. Ar estranho e um anel na orelha. Palavras como fuziladas no Sul dos Estados Unidos, naquele famoso Bible Belt (o "Cinturão da Bíblia", ou seja, os Estados do interior, os mais religiosos e conservadores), que se esforça para aceitar aqueles que cometem pecado e, sobretudo, tem regras férreas a serem respeitadas.

Timothy Kurek era um deles, da comunidade cristã evangélica de Nashville, no Tennessee. Depois, decidiu fingir que era gay por 365 dias. "Por empatia, para entender o efeito que tem estar na sua pele, para ouvir a voz que, dentro de mim, dizia que isso não era pecado e que amar outro homem não podia realmente ser a causa dos males do mundo".

Assim nasceu o livro The cross in the closet, diário de um rapaz que optou por fingir ser outra pessoa. Uma viagem que ele chama de "experiência" e que começou com uma amiga que, um dia, foi ao encontro de Tim para contar que era lésbica.

"Tudo começou a partir daquele instante. Crescemos juntos, amigos de infância, companheiros de brincadeiras. Ela caiu nos meus braços chorando, admitiu aquilo que, para todos, era uma culpa: ser lésbica. Eu me perguntei: como é que três palavras podem te excluir para sempre da minha vida?".

Foi assim que ele tomou a decisão, enquanto apertava aquela que deveria ser pecado e, ao invés, era Nina, a menina que havia enxugado as suas lágrimas, puxado os seus cabelos e que o havia acompanhado para comprar sapatos no centro da cidade há 15 anos. "Eu escolhi uma vida sob cobertura. Uma tia era minha cúmplice. Eu comecei pelo coming out com amigos e parentes. Eu sei muito bem que não é a mesma coisa para uma pessoa gay, mas certamente foi um percurso que me fez entender muitas coisas".

Nas páginas do diário de Timothy, os primeiros dias são histórias de dor, de uma família que tenta aceitar a condição que sempre considerou como pecado, mas que sofre em silêncio, como se uma desgraça tivesse sido anunciada. E as três palavras pronunciadas de repente, "Eu sou gay", marcam o fim de um mundo.

"O mais absurdo foi ver os meus amigos desaparecerem ao meu redor. Há uma frase de Martin Luther King que eu trago impressa por toda parte: 'No fim, não são as palavras dos inimigos que vamos lembrar, mas sim o silêncio dos nossos amigos'. Para mim foi assim, questão de semanas, e muitos desapareceram".

Depois, a mudança de vida: Kurek começou a namorar com um amigo que estava a par da experiência e procurou trabalho em um bar gay. "Não foi fácil. Eu comecei a frequentar os locais e os mundos daqueles que amam as pessoas do mesmo sexo. Eu queria entender. Vi as partes divertidas e as mais dolorosas".

Durante um jogo de softball, um homem da torcida o insultou. Gritos de "bicha", passando pelos deboches, até chegar a ataques ainda mais pesados. "Eu sempre estive do outro lado e de repente me vi sofrendo aquelas palavras". Assim, a força que Timothy buscava no Senhor ele a encontrou na diversidade.

Gays e lésbicas que fazem um carnaval com cores e roupas e que fazem uma trincheira com uma cotidianidade entre obstáculos. "Como homem que os considerava como pecadores, agora eu os admiro muito. Admiro a força de ânimo e a vontade, a resistência. Pessoas únicas que são felizes por ter entre os amigos e que têm muito a me ensinar".

Dessa resistência, há a nostalgia de uma vida normal. Ser pessoas do dia a dia, ter direitos e deveres assim como os outros. Poder se casar. A comunidade gay vive de faltas, por causa de uma escolha que os faz corajosos, mas que, bem ou mal, continuam como feridas abertas lembrando-os que são diferentes. "Eles não se casarão, a menos que ultrapassem a fronteira, para o Norte. E não terão filhos. Isso é uma dor. Como se o seu amor fosse sempre defeituoso".

Relação com a fé

Nesse sofrimento, Timothy viu a ponta de um iceberg, observador privilegiado que sabia que poderia voltar atrás assim que quisesse. Mas o verdadeiro parto foi a relação com a fé. "Durante o tempo todo, eu continuei me professando cristão evangélico. Eu ia à igreja e praticava a fé como se nada tivesse acontecido. Mas, por dentro, carregava a dor de um parto, a necessidade de entender quem estava errado, se a minha fé ou os outros".

Educado no dogma e nos mandamentos, instruído para pensar os gays como pessoas diferentes a serem afastadas,Timothy colocou em discussão todo ponto de referência. "Eu entendi que quem estava errada era a minha fé. A igreja deve aceitar aqueles que são diferentes, as adoções, gays e os casamentos entre pessoas do mesmo sexo. É amor e não pode estar errado. O mundo é muito menor do que aquilo que pensamos, e não se pode passar o tempo todo criando guetos e escondendo existências. As nossas religiões, infelizmente, muitas vezes, só ensinam estereótipos".

Um ano depois, Timothy Kurek tem um livro que, na Itália, ainda está à procura de uma editora e que conta a história de um homem que se colocou no lugar daqueles que eram considerados o demônio para tentar entendê-los. Uma história não completa, onde falta a realidade e o verdadeiro peso das coisas. Mas que é um primeiro passo para a tolerância.

Timothy viaja o mundo para contar a mudança e, nas suas etapas, também foi visitar o liceu Tasso, de Roma, para falar com os jovens sobre homofobia. Daquelas ficções e jogos disfarçados permaneceu a página de diário de uma mãe que escrevia que preferia ter uma doença a ter um filho homossexual e que acabou acompanhando-o nas Paradas Gays. Porque a parte mais difícil de se acreditar que o mundo vai acabar é descobrir que, no dia seguinte, o Sol surge igualmente. E muitas vezes é o sinal de um novo início.


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publicado por Riacho, em 18.06.12 às 23:41link do post | favorito

É muito interessante ver as cautelas com que a Rádio Renascença divulga a notítica: "A Igreja Luterana é a única confissão religiosa afectada". A Igreja Católica há-de bater o pé por mais 20, mais 50 ou mesmo mais 100 anos mas vai acabar por aceitar o óbvio bíblico: celebrar também o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo nas suas igrejas. Amen!

 

"A Igreja Luterana da Dinamarca vai ser obrigada a celebrar “casamentos” entre pessoas do mesmo sexo. 

O Governo dinamarquês alterou a lei do casamento ontem por esmagadora maioria para permitir aos homossexuais poder “casar” em cerimónias religiosas e não apenas nas cerimónias civis que eram a opção até agora. 

A Igreja Luterana é a única confissão religiosa afectada, uma vez que se trata da religião oficial do Estado."

 

Fonte: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=29&did=65538


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publicado por Riacho, em 18.06.12 às 23:25link do post | favorito

Parabéns Dinamarca!

 

 

O Parlamento da Dinamarca aprovou hoje (7-6-2012) a legalização do  casamento de homossexuais em templos da Igreja Evangélica Luterana, que é a religião oficial. Dos 111 deputados, 85 votaram a favor.

O governo tem um ministério para a religião, cujo titular é Manu Sareen, um agnóstico. Se o Estado dinamarquês fosse laico, ele não poderia se impor aos religiosos nessa questão.

A Igreja já tinha de aceitar a união gay, mas não estava obrigada a realizar um serviço religioso completo para sacramentá-la e o que havia era apenas uma benção. Pastores que discordam do casamento entre pessoas do mesmo sexo ficam dispensados de conduzir a cerimônia. 

Percentual de descrentes
na Dinamarca 

A nova lei entra em vigor no próximo dia 15. Na Islândia e Suécia já existe casamento no civil e religioso entre pessoas do mesmo sexo. 

Em 1989, a Dinamarca foi o primeiro país do mundo a legalizar o casamento gay em cartório. Em 2009, reconheceu o direito dos homossexuais de adotarem crianças. 

A Dinamarca tem cerca de 5,5 milhões de habitantes. Trata-se de uma monarquia constitucional. Embora não haja uma separação formal entre Estado e Igreja, o número de ateus no país é elevado.

O sociólogo americano Phil Zuckerman apurou em diferentes pesquisas que o percentual de descrentes varia de 43% a 80% da população. A variação é grande por causa da metodologia de cada uma das pesquisas. 

Com informação das agências



Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2012/06/lei-da-dinamarca-obriga-igreja-celebrar.html#ixzz1yBcrlaPR 
Paulopes informa que reprodução deste texto só poderá ser feita com o CRÉDITO e LINK da origem. 


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publicado por Riacho, em 13.03.12 às 22:43link do post | favorito

O governo dinamarquês planeja que a nova lei que permitirá casamentos homossexuais nas igrejas do país entre em vigor em 15 de junho, anunciou nesta terça-feira a primeira-ministra, a social-democrata Helle Thorning-Schmidt. A lei será apresentada na quarta-feira no Parlamento dinamarquês para que comece a ser debatida, embora sua aprovação seja considera certa, já que conta com amplo apoio dos congressistas.

"Neste ano já poderemos ver os primeiros casais homossexuais se casarem em igrejas dinamarquesas", disse em sua entrevista coletiva semanal a primeira-ministra. Helle considerou como um passo "importante" e "natural" para a sociedade dinamarquesa "que seja reconhecida a diferença e a igualdade dos indivíduos, independentemente de quem for".

A Dinamarca permite há uma década que casais homossexuais que constituíram união civil recebam uma espécie de bênção nas igrejas. O novo governo dinamarquês, que ganhou as eleições em setembro de 2010, já havia anunciado na ocasião sua intenção de permitir o casamento gay nas igrejas.

A proposta provocou a oposição dos setores mais conservadores da Igreja Nacional Luterana, embora a lei permita que cada pastor possa decidir individualmente se celebrará ou não o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Segundo estimativa feita nesta terça-feira pelo presidente da Associação de Pastores Dinamarqueses, Per Bucholdt Andreasen, 70% dos ministros da Igreja Luterana está disposto a realizar casamentos homossexuais nos templos.

Com a adoção da nova lei, a Dinamarca - onde não existe separação entre Estado e igreja - se unirá aos países que já permitem o casamento entre pessoas do mesmo sexo, como Holanda, Espanha, Bélgica, Canadá, África do Sul, Noruega, Suécia, Portugal e Islândia.

 

Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5662511-EI8142,00-Lei+permitira+casamento+gay+em+igrejas+na+Dinamarca.html


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publicado por Riacho, em 27.06.11 às 19:04link do post | favorito
27/6/2011
 
O Vaticano e os casamento gays de Nova York
 

A história prossegue. A Igreja Católica permanece imóvel. Ciro e Guido, juntos há sete anos, receberam nesta manhã a bênção do pastor Giuseppe Platone no templo valdense de Milão. Não é um casamento, mas é o reconhecimento, por parte da mais antiga confissão protestante italiana, de que a sua união e o seu compromisso de amor merece ser acompanhado pela comunidade religiosa.

A reportagem é de Marco Politi, publicada no jornal Il Fatto Quotidiano, 26-06-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Andrew Cuomo, o governador ítalo-americano do Estado de Nova York, católico declarado, festeja há 48 horas a vitória trazida pela aprovação dos casamentos gays. Sexta-feira à noite, com 33 votos contra 29, o Senado do Estado de Nova York aprovou a lei que autoriza o matrimônio dos casais do mesmo sexo, apesar da oposição extenuante do arcebispo da cidade, Timothy Michael Dolan, que também é presidente da Conferência Episcopal norte-americana.

Devido ao choque, o L'Osservatore Romano, relatando a notícia, escreveu o nome do arcebispo ao contrário: "Donal". Nova York é o sexto Estado norte-americano que reconhece o matrimônio gay e é um campo politicamente importante – não só pelas características da cidade, mas também pela presença de um compacto eleitorado católicos de origens italianas, polonesas e irlandesas.

E a Igreja Católica na Itália continua negando a possibilidade de que se aprove uma lei sobre os casais de fato hetero e homossexuais. É compreensível que, com base na sua tradição, a hierarquia católica entenda o matrimônio como a fundação de uma família, em que homem e mulher dão vida a uma prole.

Incompreensível e inaceitável é que o Vaticano continue pretendendo impor um veto à legislação civil. Do outro lado do Tibre, já se sabe, a doutrina dos "princípios inegociáveis", aprovada no Santo Ofício pelo então cardeal Ratzinger no final de 2002, tornou-se uma Bíblia. Pretender-se-ia impor que governantes e parlamentares nunca façam uso – laicamente e no respeito ao pluralismo social – da legítima autonomia do político, quando se trata de matérias que o magistério vaticano declarou como irrenunciáveis: divórcio, aborto, uniões civis, testamento biológico (e – veja bem – financiamento para as escolas católicas).

Mas a História se vinga quando uma posição se fossiliza. O muro ratzingeriano está desmoronando ano após ano. Justamente nos países catolicíssimos. Em abril de 2007, o Distrito Federal do México descriminalizou o aborto. Em 2009, o mesmo distrito legalizou os matrimônios gays. Em maio de 2010, o presidente de Portugal ratificou uma lei sobre os matrimônios gays, e o mesmo ocorreu dois meses depois na Argentina. Finalmente, no dia 29 de maio passado, em Malta, os cidadãos também introduziram o divórcio por referendo. Embora durante a sua visita em 2010 Bento XVI tenha instado os jovens malteses a se orgulharem porque seu próprio país rejeitava uma norma desse tipo.

É hora que os parlamentares italianos tomem coragem novamente e ponham as mãos sobre uma legislação que dê dignidade civil e garantias para os casais do mesmo sexo. A sociedade italiana está muito mais à frente. Dez anos depois do Gay-Pride do ano 2000, que desencadeou trovões e relâmpagos do Vaticano e revelou alguma covardia cultural também na centro-esquerda, a grande marcha se repetiu este ano em Roma com o apoio público de um prefeito de direita como Gianni Alemanno. É a força das coisas. É a força de uma ideia normal de civilização. Mas, se a classe política continuar em silêncio, então caberá à sociedade civil se mexer. Não se obtém nada de graça.

Para ler mais:

Fonte - http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=44731


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publicado por Riacho, em 02.05.11 às 23:44link do post | favorito

 

O consulado português não os queria casar, e depois não lhes davam a certidão. Mas Daniel e Alexandre conseguiram e são os primeiros no país a celebrar união na igreja luterana. O luso-brasileiro Daniel Moraes e o marido, o brasileiro Alexandre Bahia, cujo casamento civil foi celebrado, a duras penas, num consulado português no Brasil, vão casar religiosamente na igreja luterana brasileira, a 30 de Julho. "Isto nunca aconteceu no continente sul-americano. Vai ter uma grande implicação", diz Daniel. Mas não é só nisso que ele e Alexandre querem ser pioneiros: "A seguir vamos intentar uma acção para reconhecimento do nosso casamento, para chegar ao Supremo Tribunal Federal.


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publicado por Riacho, em 28.07.10 às 23:38link do post | favorito
28/7/2010
Luteranos dos EUA acolhem pastores gays

Com uma imposição de mãos, a Igreja Evangélica Luterana na América (ELCA), nos Estados Unidos, no último domingo, recebeu em seu rebanho sete pastores abertamente gays, que haviam sido barrados, até recentemente, do ministério da Igreja.

A reportagem é de Laurie Goodstein, publicada no jornal The New York Times, 25-07-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A cerimônia na Igreja Luterana St. Mark, em San Francisco, foi a primeira de várias cerimônias planejadas desde que a denominação obteve uma ampla margem de votos em sua convenção do ano passado para permitir que ministros gays não celibatários em relacionamentos comprometidos sirvam a Igreja.

"Hoje, a Igreja está falando com uma voz clara", disse o Rev. Jeff R. Johnson, um dos sete pastores gays que participaram da cerimônia. "Todas as pessoas são bem-vindas aqui, todas as pessoas são convidadas a ajudar a conduzir esta Igreja, e todas as pessoas são amadas incondicionalmente por Deus".

A Igreja Evangélica Luterana na América, conhecida como ELCA, com 4,6 milhões de membros, é hoje a maior Igreja protestante dos Estados Unidos que permite ministros homossexuais não celibatários a servir nas fileiras do seu clero – uma questão que tem provocado divisões dolorosas para ela, assim como para muitas outras denominações.

Desde que a Igreja votou, no ano passado, pela permissão de que membros do clero gay não celibatário pudessem servir a Igreja, 185 congregações usaram as duas votações consecutivas exigidas para sair da denominação, disse Melissa Ramirez Cooper, porta-voz da Igreja, citando um número que ela afirma ser atualizado mensalmente. Há 10.396 congregações em todo o país.

A Igreja Episcopal e a Igreja Unida de Cristo também permitem ministros gays. E a Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana dos EUA votou, em sua convenção no início deste mês, pela sua aprovação, apesar de que a votação irá se tornar lei da Igreja só se for ratificada por uma maioria de 173 presbíteros regionais da Igreja. Duas denominações luteranas menores, a Lutheran Church Missouri Synod e a Wisconsin Evangelical Lutheran Synod, não ordenam ministros que tenham relacionamentos homossexuais.

Os sete ministros  acolhidos na cerimônia de domingo já tinham sido ordenados e estavam servindo em igrejas ou ministérios da Bay Area de San Francisco, mas não haviam sido oficialmente reconhecidos na lista do clero.

"O efeito deles serem trazidos ao nosso plantel é que agora eles farão parte do nosso banco de dados nacional de pastores que estão disponíveis para o serviço em qualquer uma de nossas 10.500 igrejas", disse o bispo Mark W. Holmerud, que lidera o Sínodo de Sierra Pacific, que inclui San Francisco. Ele observou que, embora algumas congregações sejam abertas para considerar a contratação de ministros abertamente gays, outras não são – e cada congregação é livre para escolher.

Os luteranos evangélicos marcaram o rito especial de domingo como um "rito de reconciliação" para marcar a inclusão formal dos ministros homossexuais que foram ordenados em "ritos extraordinários", que não haviam sido reconhecidos pela Igreja, por terem sido conduzidos por um grupo chamado Ministérios Luteranos Extraordinários. Mais três pastores gays serão acolhidos em cerimônias em setembro e outubro, duas na área de St. Paul-Minneapolis e uma em Chicago, disse Cooper.

Amalia Vagts, diretora-executiva dos Ministérios Extraordinários Luteranos, disse: "Foi uma viagem longa e difícil para muitas pessoas, e parece que este é um novo começo na história da ELCA".

Ela disse que, somando todos, havia 46 ministros abertamente homossexuais que haviam sido previamente excluídos da lista do clero da Igreja e que agora passariam a ser aceitos.

A mudança foi possível depois que a Churchwide Assembly, o principal órgão legislativo dos luteranos evangélicos, votou em sua reunião de 2009 pela permissão da ordenação de pastores gays não celibatários que estão em relações monogâmicas. A denominação indicou uma força-tarefa para estudar a questão em 2001 e passou os outros oito anos em debate. No final, a proposta de permitir membros abertamente homossexuais ao clero ganhou apenas dois terços dos votos, o mínimo exigido para sua aprovação.

Alguns dos que se opuseram à decisão estão prestes a sair. O Rev. Mark Chávez, diretor da Lutheran CORE, uma coalizão de Igrejas luteranas teologicamente conservadoras, disse que seu grupo deve formar uma nova denominação, a North American Lutheran Church, em agosto.

Ele disse que da cerimônia do domingo "é apenas mais um passo firme tomado pela ELCA para mover a denominação para mais e mais longe da maioria das Igrejas luteranas ao redor do mundo e de toda a Igreja cristã, infelizmente".

Antes da cerimônia, um dos pastores gays, a Rev. Megan M. Rohrer, disse que tinha sido uma longa jornada desde sua casa em South Dakota – onde seus companheiros luteranos consideravam a sua sexualidade como um demônio a ser exorcizado – para finalmente ser acolhida como uma ministra da Igreja Luterana.

"É um convite", disse ela sobre a cerimônia, "para se unir a nós nos bancos da igreja todos os domingos, onde nenhum destes pastores vai se importar se você concorda conosco ou se você pensa que as nossas famílias são apropriadas. Vamos lhe dar a comunhão, vamos rezar com você e vamos visitá-lo no hospital".

Para ler mais:

http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=34728


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publicado por Riacho, em 10.11.09 às 17:40link do post | favorito

"A Igreja Luterana Sueca informa ter ordenado seu primeiro bispo abertamente gay, apenas duas semanas depois de ter dado a seu clero o direito de formar casais homossexuais. Eva Brunne foi ordenada episcopisa da diocese de Estocolmo em uma cerimônia realizada domingo.

A notícia é do portal do jornal O Estado de S. Paulo, 10-11-2009.

Ela vive em "parceria registrada" com outra mulher. A "parceria" é um tipo de união civil entre gays suecos usada antes da legalização do casamento homossexual, o que ocorreu neste ano. O casal tem um filho.

"É muito positivo que nossa Igreja dê o exemplo aqui e me escolha para o episcopado com base em minhas qualificações, quando se sabe que pode haver resistência em alguns setores", disse ela, em entrevista.

A porta-voz da episcopisa, Annika Sjoqvist Platzer, disse desconhecer se outras lésbicas assumidas já haviam atingido o episcopado em igrejas de outros países.

No entanto, a Igreja Unida de Cristo, uma denominação baseada nos Estados Unidos, tem diversos gays e lésbicas no posto de "ministro da conferência", uma designação semelhante à de bispo, disse o porta-voz J. Bennett Guess.

Eva, que foi eleita episcopisa de Estocolmo em maio, mas só recebeu a ordenação oficial  neste domingo, disse não ter encontrado muita resistência dentro da Igreja por conta de sua orientação sexual.

A Igreja Sueca se tornou mais aberta para as minorias sexuais em anos recentes, embora alguns sacerdotes ainda apresentem resistência. O ex-arcebispo Gunnar Weman protestou contra a ordenação, dizendo que ela é "incompatível com a sagrada escritura da Igreja".

A Igreja da Suécia tem cerca de 7 milhões de membros, mas poucos assistem aos cultos, em um país amplamente secularizado."
 

 

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/index.phpoption=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=27394


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publicado por Riacho, em 25.10.09 às 11:38link do post | favorito

Olá

 

Enquanto na Suécia a Igreja Luterana vai passar a realizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo, em Portugal um grupo auto-intitulado de socialistas católicos prepara-se para defender um referendo sobre o tema e diz que o tema não é prioritário porque prioritário é a pobreza e o combate à crise. Estes senhores instalados na sua opulência devem esquecer-se que alguns homossexuais, no contexto económico actual vêem a sua situação agravada, por não poderem casar e assistir os seus na doença, por exemplo. Eles agoram já não se agarram aos argumentos teológicos porque simplesmente não existem, como nos demonstra tão corajosamente a Igreja Luterana sueca. O argumento agora é o das prioridades. Como nos diz o Evangelho deste domingo com o episódio do cego Bartimeu, a pior cegueira não é a da vista mas a do coração. 

 

 

Público - 25/10/2009
Casamento entre homossexuais abre polémica no PS LUCY NICHOLSON/reuters
 
Por Filomena Fontes

Cláudio Anaia, porta-voz do grupo, diz que o PS de Sócrates anda a reboque do BE e "ideologicamente baralhado"

A pobreza e o combate à crise devem estar no topo da agenda do Governo do PS e não o casamento entre homossexuais. É com base neste premissa que um grupo de católicos, que militam no PS, se estão a mobilizar para uma verdadeira campanha contra a legalização dos casamentosgay, uma das promessas eleitorais que José Sócrates, já depois das eleições, reiterou publicamente que fará avançar nesta legislatura.

Para já, deverá ser criado, esta semana, umsite na Internet, em articulação com outras organizações partidárias e movimentos de cidadãos, para funcionar como um fórum de debate sobre o tema. Mas que poderá constituir-se como uma plataforma de angariação de contactos para o objectivo que estes socialistas católicos têm na forja: a recolha de 75 mil assinaturas com vista à realização de um referendo.

"Defendemos que a realização de um referendo é essencial por uma questão de justiça, porque estamos convencidos que a Assembleia da República corre o risco de aprovar uma lei com a qual a maioria dos portugueses não concorda", explica o porta-voz do grupo de socialistas católicos, acrescentando que aguardam apenas "por sinais concretos" dos partidos com representação parlamentar quanto ao sentido de voto para desencadear o processo de recolha de assinaturas. Em dúvida, diz, está a posição que o PCP poderá eventualmente adoptar e que, em conjugação com votos do PSD e do CDS-PP, poderá travar o diploma no Parlamento. "O PS está a ir a reboque do BE, está ideologicamente baralhado. Ser de esquerda é trabalhar contra a fome e a pobreza, é combater a crise", argumenta.

Consciente de que a proposta de legalização dos casamentogay constava do programa eleitoral do PS - foi sufragado pela maioria dos portugueses nas legislativas de Outubro -, Cláudio Anaia sustenta que a questão divide os socialistas e que o voto de grande parte dos eleitores não é determinado pela concordância com os programas dos partidos, "que, muitas das vezes, ninguém lê". "Há muita gente que se opõe à legalização do casamento entre homossexuais, mas o mais importante é que os que o defendem estão a mentir quando dizem que será vedada a adopção de crianças. Hoje em dia basta o casamento ser reconhecido por lei para haver direito à adopção", adverte este dirigente socialista e membro honorário da JS, que jura nada ter a opor ao regime de uniões de facto entre pessoas do mesmo sexo. "Coisa diferente é o casamento", insiste. Dito isto, Anaia conclui que não se trata de "uma causa fracturante, mas aberrante".

A ofensiva deste sector católico dos socialistas não é inédita (já se tinham destacado no combate à legalização da interrupção voluntária da gravidez), mas torna-se pública num momento em que a Igreja se prepara, também, para tomar uma posição sobre o assunto. Ontem, oDiário de Notícias avançava que o tema poderá ser discutido pelos bispos portugueses, na reunião que decorrerá entre os dias 9 e 12 de Novembro em Fátima. Isso mesmo foi admitido pelo porta-voz da CEP (Conferência Episcopal Portuguesa), Manuel Morujão. Ressalvando embora que a questão não está agendada, foi dizendo que o tema poderá ser discutido "no contexto da realidade social em que vivemos".

Ao PÚBLICO, Claúdio Anaia afasta qualquer concertação de esforços com a hierarquia católica, ainda que deixe claro que "a Igreja deve tomar posição". Algo que já aconteceu e que motivou o desencontro público com dirigentes do PS quando, em Fevereiro deste ano, em vésperas do congresso socialista, o porta-voz da CEP advertia os católicos para a proposta de casamento entre homossexuais contida na moção de José Sócrates.

 

Fonte: http://jornal.publico.clix.pt/noticia/25-10-2009/socialistas-catolicos-mobilizamse-contra-casamentos-gay-e-querem-referendo-18084500.htm

 


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