ESPAÇO DE ENCONTRO E REFLEXÃO ENTRE CRISTÃOS HOMOSSEXUAIS em blog desde 03-06-2007
comentar
publicado por Riacho, em 23.03.09 às 20:26link do post | favorito

23/3/2009
 
É preciso excomungar Jesus. Artigo de Frédéric Lenoir
 

Em artigo para o jornal Le Monde, 19-03-2009, Frédéric Lenoir, filósofo e escritor francês, questiona se, "na Igreja de Bento XVI", Jesus não seria "excomungado por ter pregado a superação da lei com o amor".

Autor de "Cristo Filósofo” (Ed. Caleidoscópio, 2008), Lenoir afirma que "ninguém pede que a Igreja renuncie afirmar as próprias convicções. Mas o que não se entende é a maneira teórica e às vezes brutal utilizada pela hierarquia para reafirmar a norma, enquanto existem apenas situações concretas, singulares e complexas". A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o artigo.

A Igreja católica atravessa uma crise de uma amplitude inédita em muitas décadas. Essa crise é muito mais profunda, já que sua credibilidade é colocada em questão em todos os âmbitos: por nós, católicos, pelas pessoas de cultura católica e pelos fiéis praticantes.

A Igreja não é vítima de uma agressão externa. As causas dos seus males atuais não surgiram por causa de "inimigos da fé" ou de anticlericais. Dois graves escândalos, que se referem à responsabilidade da sua hierarquia, expuseram brutalmente as suas contradições: a revogação da excomunhão de quatro bispos integralistas, dentre os quais um que fez declarações negacionistas, e a excomunhão, quase concomitante, por parte do arcebispo de Recife, de uma mãe e de uma equipe médica que praticou um aborto em uma menina de nove anos, grávida de gêmeos, vítima de estupros, cuja vida estava em perigo.

A isso, acrescentam-se as afirmações de Bento XVI no avião que o levou à África, continente atingido em grande parte pela pandemia da Aids: "Não se pode resolver o problema da Aids com a distribuição de preservativos. Pelo contrário, a sua utilização agrava o problema".

O primeiro caso escandalizou sobretudo pelas declarações negacionistas odiosas de dom Williamson e pelo tríplice erro do Vaticano, que não informou o Papa das palavras conhecidas desde novembro de 2008; que promulgou o decreto no dia 24 de janeiro, quando tais declarações estavam na primeira página de todos os jornais do mundo desde o dia 22 de janeiro; e, enfim, pela lentidão da condenação dessas palavras.

Mas essa revogação de excomunhão "sem condições", preâmbulo de um processo de reintegração na Igreja, também perturbou profundamente muitos católicos ligados ao Concílio Vaticano II (1962-1965) e aos seus valores de liberdade religiosa e de diálogo com as outras religiões, constantemente negados pelos integralistas. Na carta aos bispos publicada no dia 12 de março, o Papa reconhece os erros na gestão do caso Williamson e tenta justificar-se sobre a revogação da excomunhão utilizando o argumento da misericórdia: "Quem anuncia Deus como Amor levado 'até ao extremo' deve dar testemunho do amor: dedicar-se com amor àqueles que sofrem".

Pode-se entender que, em nome da mensagem evangélica, o Papa quer perdoar e dar uma nova chance às ovelhas perdidas que ainda dizem palavras extremistas e intolerantes há anos. Mas então por que a Igreja continua proibindo a comunhão aos divorciados que casam de novo? Por que condena com tal dureza as pessoas próximas de uma menina estuprada que salvaram sua vida fazendo-a abortar? A misericórdia deve ser aplicada só aos integralistas? E como é possível considerar o estupro de uma menina menos grave do que um aborto, que, além do mais, foi realizado em favor da vida?

O escândalo é tal que diversos bispos franceses decidiram intervir para condenar uma decisão iníqua que contradiz não apenas a moral comum, mas também a mensagem evangélica. Basta citar o episódio em que Jesus se recusa a condenar uma mulher adúltera, que, segundo a lei, deve ser apedrejada, e grita aos ultralegalistas da época: "Quem não tem pecado que atire a primeira pedra" (João 8). Ele mesmo transgrediu mais vezes a lei religiosa. Dostoievski havia imaginado que, se Jesus voltasse à Espanha de Torquemada, seria condenado ao fogo por ter pregado a liberdade de consciência. Pergunta-se se, na Igreja de Bento XVI, ele não seria excomungado por ter pregado a superação da lei com o amor.

Ninguém pede que a Igreja renuncie afirmar as próprias convicções. Mas o que não se entende é a maneira teórica e às vezes brutal utilizada pela hierarquia para reafirmar a norma, enquanto existem apenas situações concretas, singulares e complexas. Como destacada dom Yves Patenôtre, bispo da Mission de France, a decisão de excomunhão pronunciada pelo arcebispo de Recife, confirmada por Roma, "despreza a prática tradicional da Igreja católica que é a de escutar as pessoas em dificuldade, acompanhá-las e, em matéria de moral, levar em conta o 'mal menor'". Pode-se dizer a mesma coisa sobre a luta contra a Aids. O uso do preservativo não é, sem dúvida, a solução ideal, mas, de fato, é a melhor defesa contra a difusão da epidemia para todos aqueles que se cansam de viver a abstinência e a fidelidade pregadas pela Igreja. Os padres africanos sabem disso.

A história da Igreja é marcada por essa tensão permanente entre fidelidade à mensagem de compaixão com relação a toda pessoa pelo seu fundador e a atitude dos dirigentes que acabam, muitas vezes, perdendo de vista essa mensagem e privilegiando o interesse da instituição – que se tornou um fim em si mesmo – ou fechando-se em um legalismo meticuloso, absurdo e desumanizador.

O pontificado de João Paulo II foi caracterizado por uma marca de profunda ambiguidade: intransigente e tradicionalista no plano moral e doutrinal, foi também um homem de diálogo e de coração, que multiplicou os gestos fortes com relação aos humildes e às outras religiões. Bento XVI é o herdeiro do seu predecessor apenas na vertente conservadora. E na Igreja de hoje não há mais nem um Abbé Pierre [1] nem uma Soeur Emmanuelle [2], aqueles "fiéis confiáveis", capazes de lançar um grito de protesto contra as decisões dogmáticas desumanizadoras, desenvolvendo portanto um papel catártico e servindo como preciosos mediadores entre os fiéis e as instituições.

Um cisma silencioso ameaça a Igreja à esquerda, muito mais grave do que o dos tradicionalistas. Bento XVI pretendia "reevangelizar" a Europa. Conseguirá, talvez, reconquistar um punhado de integralistas, causando a perda de numerosos fiéis ligados aos valores evangélicos e de indivíduos em busca de sentido, aos quais parece que Roma não sabe oferecer outra coisa a não ser dogmas e normas.

Notas:

1. Henri Antoine Groués, mais conhecido como Abbé Pierre (1912-2007) foi um sacerdote capuchinho francês. Morreu aos 94 anos. Revoltado ao ver que num país rico como a França pessoas morriam de frio na rua, Abbé Pierre, em 1954, pediu apoio nas rádios para salvar os mais pobres de uma morte certa. O seu trabalho de assistência iniciou-se durante a Segunda Guerra Mundial. Recebeu numerosas honrarias, distinções e condecorações militares pelo combate em prol da França. Com a paz, foi eleito deputado da Assembléia Nacional Francesa, que abandonou por protesto contra uma lei eleitoral que ele julgava injusta, em 1951. A partir daí dedicou-se ao Movimento Emaús, que está hoje presente em mais de 40 países. [voltar ao texto]

2. Soeur Emmanuelle (cujo nome de batismo era Madeleine Cinquin) (1908-2008) foi uma irmã belga, que dedicou a vida a ajudar os mais pobres, sobretudo no Cairo. Tendo estudado na Universidade Sorbonne de Paris, Irmã Emmanuelle foi professora de Filosofia e Letras em Istambul, Tunísia, Cairo e Alexandria. Em 1971, quando tinha 63 anos, decidiu compartilhar a sua vida com os pobres do Cairo, no Egito, motivo pelo qual era chamada de "irmãzinha dos mendigos". Em 1993, deixou o Egito, aos 85 anos, e regressou à França, estabelecendo-se na comunidade da Congregação de Nossa Senhora do Sion, para a qual havia entrado aos 20 anos, dedicando seu tempo à oração e à meditação, sem jamais deixar de ajudar os sem-teto e os imigrantes ilegais. [voltar ao texto]

Para ler mais:

in: http://www.unisinos.br/_ihu/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=20766


comentar
publicado por Riacho, em 16.03.09 às 21:40link do post | favorito

Olá

 

A excomunhão justifica-se ou não? O Vaticano apoiou prontamente o bispo brasileiro mas agora o Vaticano vem dizer que o médico não merecia a excomunhão. O que se passa afinal com a hierarquia católica? Porquê a pressa em condenar? A que designios obedecem afinal os nossos pastores?

 

Segue a notícia da unisinos.

 

Abraço

 

Carlos

16/3/2009
 
Médico não merecia a excomunhão, diz Vaticano
 

Em artigo publicado anteontem no "Osservatore Romano", jornal oficial do Vaticano, o bispo Rino Fisichella afirmou que o médico brasileiro responsável pelo aborto realizado na garota de nove anos abusada sexualmente por seu padrasto, em Pernambuco, não merecia a excomunhão, pois salvou sua vida.

A notícia é dos principais jornais do mundo como El País, La Repubblica, Il Corriere della Sera, 15-03-2009.

A nota do arcebispo, que preside a Pontifícia Academia para a Vida, causou surpresa, já que as regras da Igreja Católica ordenam a excomunhão automática em casos de aborto.

Como se dirigisse à garota, Fisichella escreveu: "Há outros que merecem a excomunhão e o perdão, não aqueles que salvaram sua vida e a ajudarão a recuperar a esperança e a fé".

O monsenhor avaliou que a vida da criança estaria em perigo se a gestação fosse levada adiante. E foi enfático em sua defesa, pedindo respeito ao médico e à mãe da garota, que são católicos e foram condenados publicamente. "Antes de pensar em excomunhão, era necessário e urgente salvar aquela vida inocente e trazer de volta sua dignidade, algo que, nós, da igreja, deveríamos ser experts e mestres em proclamar", disse.

Fisichella criticou o anúncio público de excomunhão feito pelo arcebispo de Olinda e Recife, d. José Cardoso Sobrinho no início do mês. Para ele, a garota "deveria ter sido, acima de tudo, compreendida e tratada com delicadeza para fazê-la sentir que todos nós, sem distinção, estamos ao seu lado".

O arcebispo diz que o aborto não-espontâneo é "sempre condenável pela lei da moral como um ato intrínseco do mal", mas não havia necessidade de tanta urgência e publicidade.

A menina passou pela cirurgia no dia 4. Estava grávida de gêmeos. Ela, a mãe e a irmã, de 14 anos, estão abrigadas em local não divulgado, sob tutela da Secretaria Executiva da Mulher. O padrasto, que confessou à polícia ter abusado da menina e da irmã por três anos, está preso. Não foi excomungado.

in: http://www.unisinos.br/ihu/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=20630


comentar
publicado por Riacho, em 09.03.09 às 20:39link do post | favorito

 Olá

 

Aquele caso da menina de 9 anos violada que engravidou e abortou continua a dar muito que falar no Brasil e não só. A revista Unisinos publica hoje uma entrevista ao sociólogo Luiz Alberto Souza em que este compara a posição actual do bispo que excomungou todos os envolvidos no caso excepto o violador com o seu predecessor D. Helder da Camara.

 

Segue o artigo.

 

Abraço

 

Carlos

9/3/2009
 
Igreja Católica: anúncio de uma Boa Nova ou manifestação de rigidez doutrinária?
 

"Jamais D. Hélder, transbordante de caridade e de amor, faria uma coisa dessas, ele que, em vez de condenar, ouvia e questionava com carinho todos os que se aproximavam dele, desde os pequenos e os indefesos, no seguimento de seu mestre Jesus. D. Cardoso Sobrinho, já passando da idade da aposentadoria, se coloca do lado oposto daquele que sempre deve ter sido uma sombra ameaçadora para ele. Será que isso vai provocar sua saída sempre adiada do Recife, ou contará pontos a seu favor em certos círculos?", escreve Luiz Alberto Gómez de Souza em artigo que nos enviou e que publicamos na íntegra.

Luiz Alberto Gómez de Souza, sociólogo, ex-funcionário das Nações Unidas (CEPAL e FAO), diretor do Programa de Estudos Avançados em Ciência e Religião da Universidade Candido Mendes, Rio de Janeiro, é autor do livro Uma Fé exigente, Uma Política Realista, Rio de Janeiro: Educam, 2008.

Eis o artigo.

Pio XII, em 1950, disse ser necessária uma opinião pública na Igreja. Nem sempre é fácil realizá-la, quando se mantêm algumas estruturas autoritárias. Mas, além disso, há uma opinião pública na sociedade, que olha a Igreja Católica e a questiona. Nestes dias, amplos setores dessa opinião pública estão escandalizados com as declarações do arcebispo D. José Cardoso Sobrinho em relação ao aborto de uma menina de nove anos, estuprada pelo padrasto e grávida de gêmeos. Com particular dureza e frialdade no semblante, lançou fulminante a excomunhão sobre os que participaram do aborto, ao mesmo tempo considerando o estupro apenas um pecado, ainda que grave. Ora, já de mais atrás e pelo mundo afora, a opinião pública vem questionando a Igreja por ter tantas vezes acobertado casos de pedofilia de sacerdotes e até do fundador de um forte movimento eclesial, os Legionários de Cristo.  Neste caso, o estupro do padrasto também é pedofilia sobre a menina e sua irmã. Já há, pois, uma atitude de desconfiança ou de suspeição diante de certos atos eclesiásticos. As cartas que chegam em grande número às redações dos jornais, que circulam em blogs e em e-mails, indicam na grande maioria perplexidade, espanto ou indignação. E depois a Igreja se queixa de perder fiéis ou de não conseguir realizar com êxito uma “nova Evangelização” (pregação da Boa Nova) fora de seus muros.

Hoje, a prescrição da defesa da vida “desde a concepção”, na doutrina moral da Igreja Católica, é relativamente recente, vem do século XVII para cá, confirmada por Pio IX em 1869 e repetida desde então. Mas no passado, para Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino, a “animação”, chegada da alma ao embrião, se daria lá pelos quarenta dias da gestação. Volta hoje um grande debate entre teólogos e pastoralistas para repensar o tema candente do aborto, inclusive levando em conta os avanços das biociências. Não se trata de um dogma, mas de uma doutrina moral. E como ensinou o Cardeal Newman no século XIX, uma doutrina está sempre em desenvolvimento.  Quando ele escreveu sobre isso, Gregório XVI e Pio IX – o mesmo citado acima – condenavam com violência e empregando fortes adjetivos, a democracia e a liberdade de imprensa. Hoje a Igreja pôs de lado essas restrições historicamente superadas.
 

As normas do Código de Direito Canônico expressam uma doutrina vigente. Porém o próprio Código, tal como o temos hoje, foi elaborado apenas no começo do século passado, revisto depois do Vaticano II e no futuro, deverá ir se atualizando com possíveis mudanças doutrinárias. Temas como a interrupção de uma gravidez involuntária, a ordenação de mulheres ou o celibato sacerdotal obrigatório estão nas reflexões de especialistas e, principalmente, nos anseios de amplas bases eclesiais. Eles poderão ser revistos em futuros concílios ou com novos papas. Mas enquanto as atuais normas ainda estão vigentes, há que tratá-las com muito cuidado, discernimento, sentido de oportunidade, misericórdia e compaixão.

Se para o bispo Cardoso Sobrinho, neste caso do aborto, a excomunhão se dá automaticamente, porque proclamar de maneira tão incisiva e sem considerações que deveriam ser mais pastorais e menos legais? Ele poderia facilmente ter previsto o escândalo ou a perplexidade que não deixaria de levantar. Pela legislação civil brasileira esse ato foi duplamente legítimo e estamos num estado republicano de separação entre Igreja e Estado. Certamente, o ato do bispo se dirige apenas aos católicos, mas além de causar reprovação na sociedade, criou mal-estar dentro da própria Igreja. A nota da CNBB a respeito, lida nas entrelinhas, mostra esse mesmo mal-estar dentro da instituição eclesiástica, quando se alonga no estupro como “ato insano”, lamenta o número de casos de abuso sexual e de violência e só na última frase vai falar a respeito da eliminação da vida de seres indefesos, citando um documento do regional do nordeste da CNBB ao qual o bispo pertence. Sem falar das indagações nas bases eclesiais, comunidades e pastorais.

A impressão que fica é de que se trata de um pronunciamento muito mais na linha do legalismo rígido dos fariseus do que da misericórdia de Jesus. Diante das palavras deste último, ninguém se atreveu a atirar a primeira pedra na mulher adúltera, o que era previsto pela doutrina vigente na legislação judaica daquele momento. E isso foi feito pelo sucessor de D. Hélder Câmara, quando comemoramos o centenário de seu nascimento! Aliás, o bispo Cardoso Sobrinho, pelos anos afora, tentou apagar sem sucesso os sinais irradiantes e proféticos de seu grande predecessor. Jamais D. Hélder, transbordante de caridade e de amor, faria uma coisa dessas, ele que, em vez de condenar, ouvia e questionava com carinho todos os que se aproximavam dele, desde os pequenos e os indefesos, no seguimento de seu mestre Jesus. D. Cardoso Sobrinho, já passando da idade da aposentadoria, se coloca do lado oposto daquele que sempre deve ter sido uma sombra ameaçadora para ele. Será que isso vai provocar sua saída sempre adiada do Recife, ou contará pontos a seu favor em certos círculos?

É hora da opinião pública na Igreja e na sociedade seguir manifestando seu estupor e sua desconformidade. Acaba de ocorrer um fato significativo. Um sacerdote conservador, indicado para bispo na Áustria, tinha feito, previamente, uma declaração considerando o furacão Katrina como um castigo de Deus diante das muitas clínicas de aborto de Nova Orleans. Sabendo disso, surgiram rapidamente, no meio eclesial austríaco, abaixo-assinados e declarações contra a nomeação. Roma teve de voltar atrás e anulou o ato. Ali pesou a opinião pública. Atitudes como esta do bispo de Recife, ou do bispo tradicionalista que negou o holocausto, ou outras diante da pedofilia em várias dioceses, especialmente dos Estados Unidos, pelo sinal ao contrário que expressam nelas, poderiam apressar, quem sabe, mudanças nos comportamentos pastorais e levar a revisões futuras na doutrina moral e nas atuais prescrições. Do contrário a Igreja, na contramão, vai perdendo o pé no diálogo com o mundo e se isola tragicamente de uma consciência histórica contemporânea.

Para ler mais:

in: http://www.unisinos.br/_ihu/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=20501


mais sobre nós
Fevereiro 2018
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9
10

11
12
13
14
15
16
17

18
19
20
21
22
23
24

25
26
27
28


pesquisar
 
blogs SAPO