ESPAÇO DE ENCONTRO E REFLEXÃO ENTRE CRISTÃOS HOMOSSEXUAIS em blog desde 03-06-2007
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publicado por Riacho, em 11.01.14 às 20:56link do post | favorito

Nimer, um estudante palestiniano, sonha com uma vida melhor no estrangeiro. Uma noite conhece Roy, um advogado Israelita, e apaixonam-se. À medida que a sua relação se aprofunda, Nimer é confrontado com a dura realidade de uma sociedade Palestiniana que se recusa a aceitá-lo pela sua identidade sexual e a sociedade Israelita que o rejeita pela sua nacionalidade. Quando o seu amigo próximo é apanhado ilegalmente em Tel Aviv e enviado de volta para a Cisjordânia, onde é brutalmente assassinado, Nimer tem que escolher entre a vida que julgava querer e o seu amor por Roy.


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publicado por Riacho, em 10.06.13 às 20:06link do post | favorito

"As pessoas nos acham masoquistas. Não é isso. Somos católicos e gays. Uma é a expressão da espiritualidade. A outra, da sexualidade". Assim a psicóloga Cristiana Serra, de 39 anos, explica o porquê da criação, há sete anos, do Diversidade Católica. O grupo se prepara para receber jovens com o mesmo perfil, que virão de todo o mundo, para a Jornada Mundial da Juventude, em julho.

- Não é para fazer piquete ou pedir aceitação do Papa. Vamos conversar com jovens sobre como é ser gay dentro da Igreja - diz o professor Hugo Nogueira, de 42 anos, um dos organizadores do evento, que acontece na Unirio, no auditório Vera Janacopulos, 25 de julho, de 14h a 18h.

São pessoas com histórias parecidas com a do músico Pedro Borges, de 28 anos.

- Sempre fui católico, até que descobri minha sexualidade. Não foi tranquilo, mas tudo muda quando se vê que o padre não é um mágico, mas uma pessoa que deve orientar a fé - diz Pedro, que é voluntário da Jornada.


Não faltam relatos de jovens "feridos na alma" por um ambiente conservador.

- Um menino cortou os pulsos. Alguns documentos oficiais são de um assédio moral devastador. Como padre, vejo que a Igreja deve receber todos - diz um dos raros sacerdotes, que prefere não se identificar, a ouvir confissões de gays no Rio.

Os que fazem parte do grupo confessam seus pecados, não vêem a sexualidade como pecado, mas condição natural, e comungam.

- Hóstia não é medalha de comportamento. É símbolo da fé - defende Hugo.

O posicionamento não é consenso. Apesar de o arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, ter se manifestado a favor da acolhida das pessoas de qualquer orientação sexual, conferir sacramentos a elas é tabu.

- Cito Bento 16: o cristianismo não é um conjunto de proibições - pensa o padre.

Outro padre que estuda a sexualidade é o jesuíta Luís Corrêa Lima. Em artigos, ele aponta brechas que garantem aos gays acesso à Igreja.

"Uma carta da Cúria Romana, de 1986, afirma que nenhum ser humano é mero homo ou hétero. Ele é, acima de tudo, criatura de Deus e destinatário de Sua Graça".

“Sempre fui muito religiosa, o arcebispo jantava na minha casa, conhecia todos os padres. Eu tinha 17 anos, no início da década de 1980, quando não aguentando mais procurei um padre para confessar: "estou apaixonada por uma menina". Apesar de ter me mandado orar, fazer jejum e tomar banho frio, ele me disse que eu iria para o inferno. Eu vivi lá por anos, até que encontrei um monge beneditino. Ele foi o primeiro que me disse que eu não estava no inferno, que era para eu ser como minha natureza mandava. Daí as coisas melhoraram e segui a vida religiosa. Entrei para um convento e tive sorte de a monja me aceitar, pois disse a ela logo que cheguei. Fiquei seis anos lá, até que, com medo dos votos de obediência, pedi licença e não voltei. Casei e tenho minha família e minha fé.”

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publicado por Riacho, em 18.08.12 às 11:25link do post | favorito

Católicos e amigos americanos reuniram-se para cantar com o coração em prol das pessoas LGBT. Cristãos leigos católicos estão de pé e cantando a espalhar a boa notícia do amor de Cristo. Os católicos em Portugal ficariam tão enriquecidos se conhecessem e partilhassem desta experiência.



O, may our hearts and minds be opened,
fling the church doors open wide.
May there be room enough for everyone inside.
For in God there is a welcome, 
in God we all belong;
may that welcome be our song.
                                         ©2007 Welcome Song Music


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publicado por Riacho, em 07.06.12 às 23:47link do post | favorito

Hospital católico nega medicamentos a Gay HIV+ "por ir contra a vontade de Deus"

Um hospital católico em Nova Jersey esta sendo acusado de negar a um homem gay e HIV-positivo, medicamentos antirretrovirais. Uma médica da equipe do hospital teria justificado o ato "por ir contra a vontade de Deus!"

O paciente João Simões está processando o "Trinitas Regional Medical Center", de Nova Jersey. Segundo o paciente, ele foi admito em agosto de 2011, mas os pedidos de medicamentos, que fazem parte do coquetel antirretroviral, foram negados, além disso sua irmã teria sido impedida de visitá-lo.

Susan V. Borja, do Departamento de Saúde Comportamental e Psiquiatria, atendeu Simões enquanto ele estava confinado na ala de doentes mentais do hospital. Susan teria perguntado a Simões como ele havia contraído o vírus HIV, ao que ele respondeu: "Eu fui contaminado ao fazer sexo desprotegido."

Segundo a denúncia, a Dra. Susan teria fechado o arquivo, olhado com desgosto para o paciente e perguntado friamente: "Relações sexuais com homens?"

Simões respondeu afirmativamente e, imediatamente depois de ouvir a resposta, a Dra. Susan saiu do quarto.

Ainda de acordo com a denúncia, após esta consulta, nenhum outro médico ou enfermeiro veio ver Simões, mesmo depois do paciente dizer que precisava tomar suas medicações antirretrovirais. Quando o hospital finalmente permitiu que Simões chamasse seu médico particular, no terceiro dia após sua internação, ele ficou sabendo que o médico já havia falado com a Dra. Sausan ao telefone sobre as medicações.

Na ocasião Susan supostamente declralou: "Você deve ser gay também, você e seu médico."

Além disso, aparentemente percebendo que o médico queixoso tinha sotaque, Dra. Susan exclamou: "O quê, você precisa de um tradutor?" O médico queixoso novamente respondeu a Dra. Susan sobre a necessidade do paciente receber as medicações anti-retrovirais. Ao que a Dra. Susan respondeu: "Isto é o que ele recebe por ir contra a vontade de Deus", e desligou o telefone.
A "University of California", em San Francisco e a "AIDS Research Institute" em nota declararam: O sucesso do tratamento pode ocorrer rapidamente com a adesão. Alguns estudos sugerem que a resistência às drogas podem se desenvolver após uma semana de falta de medicação, ou por uso irregular. Quando o paciente desenvolve uma resistência a uma droga, esta perde a sua eficácia para sempre, em alguns casos, a resistência cruzada a outras drogas ocorre, limitando ainda mais opções de tratamento.
João Simões disse nos documentos judiciais que ele havia perdido cinco doses, como resultado das ações do hospital. Presumivelmente, o processo vai revelar quais foram os danos causados ​​à sua saúde, bem-estar diário e capacidade de sobreviver.
O "Hastings Center", que se concentra em questões de bioética, afirmou: "Objeção de consciência nos cuidados de saúde não pode ser enquadrado apenas como uma questão de direitos individuais ou crenças. Profissionais de saúde com objeções morais a prestação de serviços específicos, têm a obrigação de minimizar a interrupção na prestação dos cuidados e os encargos sobre outros provedores."
O "Trinitas Regional Medical Center" é um hospital católico, onde afirma no seu site que tem uma "reverência pela vida", e: "Reconhece e respeita a dignidade e o valor da vida em cada fase e condição."
Desde de que a pessoa em questão professe a mesma crença, obviamente. Muito cristão isso né?

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publicado por Riacho, em 21.03.12 às 19:42link do post | favorito

Quando a cabeça não tem juízo o povo é que paga. Enquanto o Vaticano não fizer uma reflexão séria sobre a orientação homossexual numa perspectiva científica e teológica continuará a incentivar este tipo de atitudes. Para quando uma mudança? O que pensam os cristãos heterossexuais disto?

 

Pelo menos dez rapazes com menos de 21 anos, que estavam a cargo da Igreja Católica hlandesa, foram cirurgicamente castrados nos anos de 1950 para ser "eliminada a sua homossexualidade".

O caso, denunciado no fim de semana numa investigação do jornal holandês "NRC Handelsblad", está a criar uma nova onda de choque em torno da Igreja Católica holandesa. Uma das questões que se levantam é o motivo por que os dados descobertos pelo "NRC Handelsblad" não foram revelados na investigação oficial levada a cabo no ano passado sobre os abusos sexuais perpetrados na instituição.

O repórter Josep Dohmen descobriu que Henk Heithuis terá sido castrado em 1956, enquanto menor, após ter relatado à polícia que tinha sido sexualmente abusado numa residência social da igreja.

Dois padres foram condenados por terem abusado de Heithuis, que apesar disso foi transferido pela polícia para hospital psiquiátrico católico, antes de dar entrada no St. Joseph Hospital em Veghel, mais adiante nesse ano.

Castração em retaliação por denúncia de abusos

 

Os documentos encontrados pelo jornal comprovam que Heithus foi castrado "a seu pedido", apesar de não ter dado entrada nenhum documento escrito com o seu consentimento. Fontes confirmaram que lhe foram retirados os testículos, como tratamento para a homossexualidade, mas também em retaliação por ter acusado membros do clero de o terem abusado sexualmente.

Heithuis morreu em 1958 num acidente de automóvel.

O seu caso foi relatado por Cornelius Rogges - um conhecido esculturo holandês de 79 anos, cuja família conheceu o rapaz nos anos de 1950 - à comissão que investigou os escândalos sexuais perpetrados pela Igreja. A comissão terá, contudo, ignorado estes dados.

Para lá do caso de Heithuis, a investigação jornalística descobriu dados que evidenciam que pelo menos outras nove castrações terão sido realizadas.

"Estes casos são anónimos e já não podem ser reconstituídos", afirmou o jornalista", existirão muitos mais, mas a questão é se esses rapazes, atuais homens de idade, estarão dispostos a contar a sua história".

Comissão vai ter de explicar por que ignorou o caso

 

O ministro holandês da Justiça, Ivo Opstelten, afirmou tratarem-se de alegações "muito sérias e chocantes", referindo que irá investigar o papel que o Governo holandês de então teve no caso.

Entretanto, o primeiro-ministro Mark Rutte anunciou a abertura de um inquérito para investigar as castrações denunciadas pela investigação jornalística.

O chefe de Governo holandês vai pedir também que a comissão que investigou Igreja preste declarações numa audição parlamentar, para explicar o motivo por que estes novos dados não surgiram no relatório efectuado.

A investigação da comissão descobriu que dezenas de milhares de crianças foram alvo de abusos, que iam desde contactos físicos inapropriados a violações.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/igreja-catolica-holandesa-castrou-rapazes-para-os-livrar-da-homossexualidade=f713355#ixzz1pmZNxTXz


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publicado por Riacho, em 20.03.12 às 23:16link do post | favorito

Este puto de 21 anos sabe de teologia e homossexualidade à séria. Vale a pena ouvir esta conferência até ao fim e discuti-la nas igrejas, nas paróquias, com os padres, com os leigos. Não há que ter medo da bíblia e muito menos da homossexualidade. Se as legendas do video não aparecerem por defeito selecionem o português no ícone CC. Boas reflexões!

 


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publicado por Riacho, em 29.01.11 às 19:32link do post | favorito

A maioria dos cristãos ainda sente desconforto com relação à homossexualidade. Mesmo homossexuais cristãos freqüentemente compartilham esta inquietação, porque todos temos sido educados na mesma tradição cristã. Há muitas causas para este desconforto, mas a cause que parece mais saliente na mente de todos é a convicção de que a Bíblia condena a homossexualidade em si mesma e em todas as suas formas de manifestação.

Uma lenta mudança começa a ocorrer nos dias atuais, felizmente. Alguns cristãos, enquanto mantêm a atitude tradicional, têm começado a admitir que não é necessário, na sociedade atual, punir os homossexuais pelo comportamento que é permissível aos heterossexuais. Com base nisso, muitas comunidades cristãs têm feito manifestações formais de apoio ao direito de pessoas homossexuais à proteção contra a discriminação, principalmente na Europa e na América do Norte.

Alguns cristãos têm ido além disso e reconhecido que a hostilidade com a qual algumas pessoas têm atacado e condenado atos homossexuais e pessoas homossexuais é totalmente injustificado. É importante atentar para a relativa importância dada ao comportamento homossexual na Bíblia e, especialmente, observar as atitudes de um cristão quando convive com outros seres humanos, sejam eles homo ou heterossexuais. Alguns teólogos e um número de homossexuais cristãos trabalhando a partir de um crescente entendimento dos textos bíblicos, chegaram à conclusão de que a Bíblia não exclui os homossexuais da fraternidade cristã, dentro de limites análogos àqueles aplicados aos heterossexuais.

A Bíblia menciona o comportamento homossexual, a partir das interpretações de seus tradutores, em termos extremamente negativos, num punhado de versos amplamente espalhados, mas pesquisas modernas têm aumentado consideravelmente a dúvida evidente sobre a interpretação tradicional destas passagens - uma interpretação que tem trazido trágicas conseqüências para homossexuais através de quase toda a história cristã. O propósito, aqui, é examinar esta evidência, junto com a luz que a ciência tem derramado sobre o desenvolvimento psico-social, na esperança de que ela guiará para uma avaliação mais perfeita das escrituras.

A maioria das pessoas cresce desejando e procurando um relacionamento íntimo e amoroso com uma pessoa do sexo oposto. Homossexuais, por outro lado, são aqueles que descobriram que seus desejos convergem em direção à pessoas do mesmo sexo. Como e porque esta variante ocorre ainda não é possível explicar tendo, provavelmente, conseqüência a partir de  uma ampla ordem de fatores, alguns dos quais são ambientais e alguns, possivelmente, hereditários ou físicos. O que é importante, entretanto, do ponto de vista do pecado, é que a maioria dos homossexuais não tem recordação de jamais terem escolhido esta orientação sexual, tanto quanto os heterossexuais têm consciência de ter escolhido desejar o sexo oposto. Trata-se apenas de uma inclinação emocional, uma parte integrante da personalidade. E estes indivíduos sentem que nada na terra jamais mudará isto, assim como os heterossexuais não podem se imaginar transformando-se em homossexuais.

A verdade é que, ao que tudo indica, a sexualidade humana é livre e solta, e que um interesse emocional se desenvolve muito cedo na vida e que este interesse, então, vem cada vez mais à tona, à medida que a puberdade e a adolescência afloram certas fantasias e determinados comportamentos sexuais.

A razão, conseqüentemente, do porquê dos homossexuais procurarem contato íntimo com indivíduos de seu próprio sexo não reside no fato de serem pervertidos ou luxuriosos, mas sim porque sua natureza íntima - a natureza que Deus lhes conferiu - não lhes permite viver o padrão de vida heterossexual. Para os homossexuais, tentar viver uma vida tipicamente heterossexual é viver dentro de uma mentira, um atentado moral e espiritual contra seu parceiro e contra si mesmos. Tal relacionamento não satisfaz a função de que deve ser alcançada por todo tipo de envolvimento entre duas pessoas: satisfação, alegria, prazer, respeito e afeição. Diferentemente dos heterossexuais, os homossexuais se sentem completos apenas por uma pessoa do mesmo sexo.

Isto não significa que homossexuais não possam se envolver em práticas sexuais de cunho heterossexual. Muitos podem praticar sexo heterossexual, assim como muitos heterossexuais são capazes de se envolver em atividades homossexuais. Mas se tiverem a oportunidade de escolher, preferirão um parceiro do mesmo sexo, não por mera perversão, mas porque somente um parceiro do mesmo sexo os satisfaz emocionalmente. Para que aja pecado - ou seja lá como chamam os religiosos - deve haver uma possibilidade de escolha moral. Onde não há escolha não pode haver pecado. Assim, se a orientação sexual não é uma questão de escolha do indivíduo, não pode ser pecado ser homossexual, da mesma forma que não é pecado ser heterossexual. Se a homossexualidade - a orientação - é um pecado, o comportamento heterossexual também seria.

Na verdade, os cristãos heterossexuais devem ter cuidado para não agirem da mesma forma que os Fariseus do passado, legando para seu semelhante um fardo que eles próprios não teriam como suportar.

Em síntese, a Bíblia parece, claramente condenar apenas 03 coisas com relação à homossexualidade:

01. o estupro homossexual;

02. o ritual envolvendo prostituição homossexual e que fazia parte do culto da fertilidade dos cananeus e que alguns judeus passaram a idolatrar antes da Lei de Levíticus;

03. luxúria e comportamento homossexual da parte de indivíduos heterossexuais. Sobre o tema da homossexualidade como uma orientação, e sobre o comportamento consensual de pessoas que possuem esta orientação, a Bíblia faz completo silêncio. A orientação em si era, aparentemente, desconhecida ou pelo menos não reconhecida pelos autores bíblicos. Somente a partir de 1890 a ciência da psicologia começou a reconhecer a homossexualidade como uma entidade distinta.

A visão bíblica da homossexualidade pode depender, enormemente, da visão particular da Escritura. Para excluir a homossexualidade da cristandade, algumas pessoas utilizam a "prova textual". É a mesma técnica utilizada no passado para sustentar outras formas de intolerância, como por exemplo, a escravidão. Citações da Bíblia são usadas ainda hoje para justificar a discriminação contra as mulheres e minorais raciais. A prova textual é o uso de uma Escritura que parece demonstrar um certo tópico como prova da opinião de Deus concernente àquele tema. Entretanto, três coisas são ignoradas na prova textual:

- o contexto cultural da escritural original;

- o sentido original da língua da época em que foi escrita;

- as mensagem completas que circundam o texto e aparecem através do corpo completo da Bíblia.

Devemos conhecer o contexto social no qual as palavras do texto foram escritas, qual era a sociedade para a qual o texto foi escrito, qual a sua cultura, que situação específica originou o texto, como o texto relata a completa visão do autor, como ele é visto à luz de toda a mensagem bíblica, como se relaciona com todos os demais textos, se ocorrem  divergências entre os autores etc.

Muitos, num certo sentido, interpretam a Bíblia à luz da linguagem e do tempo no qual ela foi escrita. Por exemplo, a Bíblia diz "olho por olho, dente por dente", ou "se tua mão direita te serve de escândalo, corta-a e lança-a fora de ti"(Mateus 5:39-30). Nos dias atuais é muito difícil encontramos pessoas de um olho só ou pregadores de um braço só reforçando estes preceitos.

 

Fonte: http://homossexualidade.sites.uol.com.br/cristhomo.htm


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publicado por Riacho, em 18.11.10 às 21:55link do post | favorito

O arcebispo de Santiago, Francisco Javier Errázuriz, manifestou-se “perplexo” porque a Corte de Apelações de Santiago acolheu recurso de proteção interposto pelo ativista homossexual, Víctor Hugo Robles, conhecido como o “Che dos Gays”, que solicitou sua exclusão dos registros da igreja porque não se sente representado pela fé católica.

 

“Abandono a Igreja Católica já que ela condena o amor, o afeto e as práticas sexuais que eu assumo e valorizo. Faço-o porque sinto que ela se converteu numa instituição castigadora, abusiva e desprestigiada em seu exercício ético, particularmente, no relativo a certos abusos protagonizados por autoridades eclesiais”, alegou Robles na ação encaminhada no dia 28 de outubro.

A notícia é da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 17-11-2010.
 
No relatório que o Tribunal de Alçada lhe pediu, o líder máximo da Igreja Católica chilena aproveitou a oportunidade para assinalar “perplexidades” na condução da ação legal. Ele apontou que o Poder Judicial não pode ter ingerência em matéria própria da igreja, porque “goza de reconhecida autonomia” e por tratar-se de uma organização interna da instituição.

Na ação encaminhada à Justiça Robles argumentou que “existiu omissão arbitrária e ilegal de parte do arcebispo de Santiago que me privou e perturbou no livre exercício de meu direito à liberdade de consciência, da manifestação de todas as crenças e do exercício livre de todos os cultos”, garantidos na Constituição.

Diante da resposta do arcebispo, Robles propôs um amplo debate sobre as contradições da Igreja Católica, “que defende autonomia, mas intervém em decisões políticas, legislativas e jurídicas relativas a matérias educacionais,  sexuais e reprodutivas, exercendo pressões sobre o Estado”.

 

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=38466


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publicado por Riacho, em 13.11.10 às 12:05link do post | favorito

"E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!" (João, 8:32)


1) Não há, na Bíblia, nenhuma só vez as palavras homossexual, lésbica ou homossexualidade. Todas as Bíblias que empregam estas expressões estão erradas e mal traduzidas. A palavra homossexual só foi criada em 1869, reunindo duas raízes lingüísticas: Homo (do Grego, significando "igual") e Sexual (do latim). Portanto, como a Bíblia foi escrita entre 2 e 4 mil anos atrás, não poderiam os escritores sagrados terem usado uma palavra inventada só no século passado. Elementar, irmão!

2) A prática do amor entre pessoas do mesmo gênero, porém, é muito mais antiga que a própria Bíblia. Há documentos egípcios de 500 anos antes de Abraão, que revelam práticas homossexuais não somente entre os homens, mas também entre Deuses Horus e Seth. Segundo o poeta e escritor Goethe, "a homossexualidade é tão antiga quanto a humanidade". Certamente, cada tempo com sua experiência singular, mas com o mesmo direcionar de desejo: o igual.

3) No antigo Oriente, a homossexualidade foi muito praticada. Entre os Hititas, povo vizinho e inimigo de Israel, havia mesmo uma lei autorizando o casamento entre homens (1.400 antes de Cristo). Como explicar, então, que, entre as abominações do Levítico, apareça esta condenação: "O homem que dormir com outro homem como se fosse mulher, comete uma abominação, ambos serão réus de morte" (Levítico, 18:22 e 20:12). Segundo os Exegetas (estudiosos das escrituras sagradas), fazia parte da tradição de inúmeras religiões de localidades circunvizinhas à Israel, a prática de rituais homoeróticos, de modo que esta condenação visa fundamentalmente afastar a ameaça daqueles rituais idolátricos e não a homossexualidade em si. Prova disto é que estes versículos condenam apenas a homossexualidade masculina: teria Deus Todo Poderoso se esquecido das lésbicas ou, para Javé, a homossexualidade feminina não era pecado? Considerando que, do imenso número de leis do Pentateuco, apenas duas vezes há referência à homossexualidade (e só à masculina), concluem os exegetas que a supervalorização que os cristãos conferem a este versículos é sintoma claro e evidente de intolerância machista de nossa sociedade, um entulho histórico, e não um desígnio eterno de Javé, do mesmo modo que inúmeras outras abominações do Levítico, como os tabus alimentares (por exemplo, comer carne de porco) e os tabus relativos ao esperma e ao sangue menstrual, hoje completamente abandonadas e esquecidas. Por que católicos e protestantes conservam somente a negação contra a homossexualidade, enquanto abandonaram dezenas de outras proibições decretadas pelo mesmo Senhor?. Intolerância machista e ignorância que Freud explica!

4) Se a homossexualidade fosse prática tão condenável, como justificar a indiscutível relação homossexual existente entre David e Jônatas?! Eis a declaração do salmista para seu bem-amado: "Tua amizade me era mais maravilhosa do que o amor das mulheres. Tu me eras deliciosamente querido!" (II Samuel, 1:26). Alguns crentes argumentarão que se tratava apenas de um amor espiritual, ágape. Preconceito primário, pois só as coisas materiais são referidas com a expressão "delicioso", e não resta a sobra da menor dúvida que David, em sua juventude, foi adepto do "amor que não ousava dizer o nome". Não foi gratuitamente que o maior escultor de nossa civilização, Miguel Ângelo, ele próprio, também homossexual, escolheu o jovem Davi, nu, como modelo de sua famosa escultura de Florença, na Itália. Negar o amor homossexual entre estes dois importantes personagens bíblicos ("amizade mais maravilhosa que o amor (Eros) das mulheres") é negar a própria evidência dos fatos. "Tendo olhos, não vedes? E tendo ouvido, não ouvis?!" (Marcos, 8:18).

5) Pelo visto, embora o Levítico fosse extremamente severo contra a prática da cópula anal (determinando igualmente a pena de morte contra o adultério e o bestialismo), outros livros sagrados revelam maior tolerância face ao homoerotismo. O Eclesiastes ensina: "É melhor viverem dois homens juntos do que separados. Se os dois dormirem juntos na mesma cama se aquecerão melhor" (4:11). Num país quente como a Judéia, o interesse em dormir junto só podia ser mesmo erótico. Portanto, na teoria o Levítico era uma coisa e a prática, desde os tempos bíblicos, parece ter sido outra. "Deus nos fez ministros da nova aliança, não a da letra e sim a do Espírito. Porque a letra mata, mas o Espírito vivifica." (II Coríntios, 3:6)

6) A destruição de Sodoma e Gomorra? Indagarão alguns. Oferecemos três informações fundamentais e cientificamente comprovadas que, em geral, são propositadamente escondidas e desconhecidas pelos cristãos: 1) não há evidência histórica ou arqueológica que confirme a real existência dessas cidades; 2) este relato é obra dos "Javistas" (escritores bíblicos do século X a.C.), que se apropriaram de relatos mitológicos de outros povos anteriores aos judeus; 3) a própria destruição da suposta intenção homoerótica dos habitantes de Sodoma em relação aos três visitantes de Abraão (anjos ou homens?) apresenta dificuldades sérias de interpretação, pois quando os habitantes de Sodoma declararam desejar conhecer os visitantes, maliciosamente se interpretou o verbo "conhecer" como sinônimo  de "ato sexual". Segundo os exegetas, das 943 vezes que aparece esta palavra no Antigo Testamento ("yadac" em hebraico), em apenas 10 ela tem significado heterossexual - nenhuma vez o sentido homossexual. A associação do pecado dos "sodomitas e gorromitas" com a homossexualidade é um grave erro histórico, que tem sua oficialização pela igreja católica apenas na Idade Média, a "idade das trevas".

7) A própria Bíblia e o filho de Deus nos dão a chave para corrigir esta maliciosa identificação de Sodoma e Gomorra com a homossexualidade. Segundo os mais respeitados estudiosos das Sagradas Escrituras, o pecado de  Sodoma é a injustiça e a anti-hospitalidade, nunca a violação homossexual. Prova disto, é que todos os textos que aludem à Sodoma no Antigo Testamento atribuem sua destruição a outros pecados e não ao "homossexualismo": falta de justiça (Isaías, 1:10 e 3:9), adultério, mentira e falta de arrependimento (Jeremias, 23:14); orgulho, intemperança na comida, ociosidade e "por não ajudar o pobre e indigente" (Ezequiel, 16:49); insensatez, insolência e falta de hospitalidade (Sabedoria, 10:8; 19;14; Eclesiástico, 16:8). No Novo Testamento, não há qualquer ligação da destruição de Sodoma com a sexualidade e, muito menos, com a homossexualidade (Mateus,10:14; Lucas, 10:12 e 17:29). Só nos livros neotestamentários tardios de Judas e Pedro, é que aparece em toda a Bíblia alguma conexão entre Sodoma e a sexualidade (Judas, 6:7, Pedro, 2:4 e 6;10). Mesmo aí, inexiste relação com o "homoerotismo".

8) Dirão, agora, os crentes mais intolerantes: e as condenações de São Paulo aos homossexuais? Autoridades exegetas protestantes e católicas - como Mcneill, Thevenot, Noth, Kosnik, e muitos outros -, ao examinarem, cuidadosamente, na língua original, os textos das Epístolas aos Romanos 1:2, I Coríntios 6:9, Colosences 3:5 e I Timóteo 1:10, concluíram que, até agora, os cristãos têm dado uma interpretação errada a estas passagens. Quando Paulo diz que certas categorias de pecadores não entrarão no Reino dos Céus - ao lado dos adúlteros, bêbados, ladrões etc... - muitas Bíblias incluem nesta lista os "efeminados" e "homossexuais". Logo de início, há uma condenação injusta, pois muitos efeminados (como muitas mulheres masculinizadas no comportamento) não são necessariamente homossexuais. As mais modernas e abalizadas pesquisas exegéticas concluem que, se Paulo de Tarso quisesse condenar especificamente os praticantes do homoerotismo, teria empregado o termo corrente em sua época e de seu perfeito conhecimento, "pederastas". Em vez desta palavra, Paulo usou as expressões gregas "malakoi", "arsenokoitai" e "pornoi" - que as melhores edições da Bíblia em português traduzem por "pervetores", "pervertidos" e "imorais". Portanto, foram estes pecadores que Paulo incluiu na lista dos afastados do Reino dos Céus, e não os "pederastas", e muito menos os "homossexuais", palavra desconhecida na Antigüidade. Segundo os historiadores, vivendo São Paulo numa época de grande licenciosidade sexual - tempo de Calígula, Nero e de Satiricon -, esperando o próximo retorno do Cristo e o fim do mundo, ele condenou, sim, os excessos e abusos sexuais dos povos vizinhos, mas nunca o amor inocente e recíproco, tal qual o de David e Jônatas. Há teólogos protestantes que chegam a diagnosticar Paulo de Tarso como homossexual latente (alusão feita por ele próprio ao misterioso "espinho na carne" que tanto o preocupava, além de sua manifesta e cruel "misoginia" ou ódio às mulheres). E, se a condenação paulina inclui também os bêbados, corruptos, caluniadores, por que atirar tanta pedra somente nos homossexuais? Também aqui, Freud explica! E tem mais: o próprio Filho de Deus disse que "há eunucos que assim nasceram desde o seio de suas mães" (Mateus 19:12), ensinando, num sentido figurado, que faz parte dos planos do Criador que alguns homens tenham uma sexualidade não reprodutora biologicamente. Todos somos imagem de Deus!

9) O maior argumento para se comprovar que as Escrituras Sagradas não condenam o amor entre pessoas do mesmo gênero, é o fato de Jesus Cristo nunca ter falado nenhuma palavra contra os homossexuais! Se o "homossexualismo" fosse uma coisa tão abominável, certamente o Filho de Deus teria incluído esse tema em sua mensagem. O que Jesus condenou, sim, foi a dureza de coração, a intolerância dos fariseus hipócritas, a crueldade daqueles que dizem Senhor, Senhor!, mas esquecem da caridade e do respeito aos outros (Mateus, 7:21). E foi o próprio Messias quem deu o exemplo de tolerância em relação aos "desviados", andando e comendo com prostitutas, pecadores e publicanos. E tem mais: Jesus Cristo mostrou-se particularmente aberto à homossexualidade, revelando carinhosa predileção por João Evangelista, "o discípulo que Jesus amava", o qual, na última Ceia, esteve delicadamente recostado no peito do Divino Mestre. Há teólogos que chegam a sugerir que Jesus era homossexual, pois além de nunca ter condenado o homoerotismo, conviveu predominantemente com companheiros do seu próprio gênero, manifestou particular predileção pelo adolescente João e nunca se casou, além de revelar muita sensibilidade com as crianças e com os lírios do campo, comportamentos muito mais comuns entre homossexuais do que entre machões. O ensinamento do discípulo que Jesus amava não podia ser mais claro: "Filhinhos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e tudo o que é amor é nascido de Deus e conhece a Deus" (I João, 4:4).

10) A Bíblia é um livro muito antigo, repleto de imagens simbólicas, parábolas e figurações. Interpretar as Escrituras ao pé da letra é ignorância, fanatismo e até pecado, pois o próprio Filho de Deus garantiu: "Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora.
Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á a verdade" (João, 16:12). Do mesmo modo como Galileu ensinou-nos a verdade a respeito da Astronomia, corrigindo a Bíblia e opondo-se à crença dos cristãos de sua época, assim também hoje todos os ramos da Ciência garantem que a homossexualidade é um comportamento normal, saudável e tão digno moralmente como a orientação sexual da maioria das pessoas. Negar esta evidência científica é repetir a mesma ignorância intolerante do Papa que condenou Galileu. Não devemos temer a verdade que liberta, pois o próprio Jesus nos mandou imitar "o escriba instruído nas coisas do Reino dos Céus, que como um pai de família, tira de seu tesouro coisas novas e velhas" (Mateus, 13:52). Mesmo que o Papa ou os pastores continuem a negar os direitos humanos dos gays e lésbicas, mesmo que cristãos ignorantes continuem a repetir as ultrapassadas abominações do Velho Testamento, para os verdadeiros crentes o que vale é o exemplo do Filho de Deus, Jesus Cristo, que nunca condenou a prática da homossexualidade. "E conhecereis a verdade, a verdade vos libertará!" (João, 8:32).


INDICAÇÕES DE LEITURA:
 
1. Homossexualidade: Ciência e Consciência, de Marciano Vidal (Edições Loyola, SP, 1985).
2. A sexualidade humana: novos rumos do pensamento católico americano, de Anthony Kosnik (Editora Vozes de Petrópolis, RJ, 1982).
3. Pastoral com homossexuais, do Padre José Transferetti (Editora Vozes de Petrópolis, RJ, 1999).

 

Fonte: http://www.ggb.org.br/cristao.html


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publicado por Riacho, em 25.10.10 às 21:25link do post | favorito

Nas últimas semanas, diversos jovens nos EUA cometeram suicídio depois de suportarem anos de bullying anti-gay.

O escritor homossexual Dan Savage, jornalista e conselheiro em questões sexuais, publicou um texto lamentando o facto de que nunca terá a oportunidade de sentar-se com tais jovens e dizer-lhes que “apesar das coisas negativas, apesar de ter sido isolado e ficado sozinho, as coisas hão-de ficar melhores”. Embora tenha sido tarde demais para Savage falar com esses jovens, ele percebeu que existem muitos como eles que estão a passar pela mesma dificuldade e não é tarde demais para falar com eles.

Em resposta a estes acontecimentos, ele criou o Projeto “It gets better”. Savage decidiu compartilhar com o mundo as suas terríveis experiências no ensino secundário e, mais importante, ele e o seu marido discutiram como eles sobreviveram a essas experiências e passaram a viver uma vida feliz e saudável como adultos gays. O vídeo com tais informações foi postado no YouTube, dando inicio ao projeto:

 

 

“Quando um adolescente gay se suicida é porque ele não pode imaginar para si mesmo uma vida cheia de alegria pela qual valha a pena lutar. Então eu senti que era realmente importante que, como adultos gays, nós mostrassemos que as nossas vidas são boas e felizes e saudáveis e que há uma vida digna”.

O canal do YouTube foi inundado com vídeos de homens e mulheres LGBT em todo o mundo que desejam compartilhar as suas histórias de sobrevivência e esperança.

Aqui fica mais um testemunho do projecto "It gets better" com Joel Burns na assembleia municipal de Forth Worth, Texas sobre a recente onda de suicídios de jovens gays.

 

 

Não deixa de ser triste que muitas das pessoas que testemunham neste projeto sejam oriundas de famílias cristãs que não são capazes de amar, compreender e apoiar os filhos homossexuais baseados numa doutrina homofóbica cristã tão contrária ao espírito evangélico. E, presentemente, muitos cristãos, continuam a apoiar a homofobia explicita e implicita, sem pingo de amor cristão, com a conivência das autoridades católicas, protestantes e ortodoxas em todo o mundo. 

Apoiem o projecto. Nós podemos fazer a diferença: It gets better!


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