ESPAÇO DE ENCONTRO E REFLEXÃO ENTRE CRISTÃOS HOMOSSEXUAIS em blog desde 03-06-2007
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publicado por Riacho, em 27.10.15 às 20:46link do post | favorito

A Rede Global de Católicos do Arco-Íris (1) comenta o Relatório Final do Sínodo dos Bispos de 2015 sobre A Vocação e a Missão da Família na Igreja e no Mundo Contemporâneo.

A tradução é de Lula Ramires, do Grupo de Ação Pastoral da Diversidade de São Paulo. O texto nos foi remetido porFrancis McDonagh.

Eis o texto.

Reconhecemos que a apresentação pelos Bispos aos Papa Francisco não é mais do que um passo no processo do Sínodo e aguardará uma resposta e reflexão mais abrangentes por parte dele da maneira que ele irá determinar.

Sentimo-nos encorajados pelo Discurso de Encerramento do Papa ao Sínodo, sobretudo pelos seus comentários de que "também se tratava de se por a nu aqueles corações fechados, que frequentemente se escondem por detrás dos ensinamentos da Igreja ou das boas intenções, a fim de sentar-se na cadeira de Moisés e julgar, às vezes com superioridade e superficialidade, situações difíceis e famílias feridas... Tratava-se de tentar abrir horizontes mais amplos, colocar-se acima das teorias conspiratórias e pontos de vista cegos e inflexíveis, para defender e estender a liberdade dos filhos de Deus e para transmitir a beleza da Boa Nova cristã, por vezes incrustadas numa linguagem que é arcaica ou simplesmente incompreensível."

É claro que os Bispos não conseguiram chegar a um consenso mais positivo quanto à inadequação da terminologia utilizada anteriormente para descrever as variações da orientação sexual. Contudo, notamos nitidamente no Relatório Final do Sínodo (Parágrafo 76) o início de uma nova era de cuidado pastoral inclusivo para e com as pessoas LGBT, e suas família, algo que se espera será implementado pelas Dioceses no mundo inteiro. Uma vez que é explicitamente mencionado que `se deve dar atenção específica às famílias que tenham um membro com tendências homossexuais', não há, portanto, mais qualquer razão para não se incluir os próprios casais do mesmo sexo, bem como os filhos e filhas de pais ou mães do mesmo sexo neste enfoque pastoral.

Lamentamos que tenha ficado subentendido que o interesse maior de uma criança, em situação de adoção, necessariamente exige que a mesma seja criada por casais de sexos opostos. Tal afirmação está em franca contradição com consideráveis pesquisas nas ciências sociais e rebaixa a generosidade de casais de lésbicas e gays, bem a de pais e mães solteiros, no cuidado de crianças indesejadas (Parágrafo 65).

Também é infeliz que o Relatório Final conceda grande credibilidade ao termo 'ideologia de gênero', criado até mesmo sem qualquer comprovação científica, por pessoas que buscam uma desculpa para não ouvir e responder pastoralmente às realidades das vidas de LGBTs, bem como de seus pais e familiares (Parágrafo 8).

Rejeitamos firmemente a acusação sem base de que o socorro financeiro a países pobres esteja condicionado à introdução de leis que instituam o casamento entre pessoas do mesmo sexo (Parágrafo 76) e estamos alarmados com a não rejeição da criminalização, tortura e pena de morte infligida às pessoas LGBT em muitos países.

Embora o Sínodo de 2015 não tenha conseguido produzir uma declaração mais sólida quanto à aceitação de LGBTs, valorizamos os pedidos de desculpas ocorridos durante o encontro. Havia frases que se desculpavam pela linguagem anterior que era imprecisa e nociva ao se dirigir às pessoas LGBT e seus pais juntamente com um desejo de prosseguir com um estudo e reflexão mais intensivos sobre as realidades dos relacionamentos de casais do mesmo sexo e sua vida familiar. Foi aberta uma porta para uma escuta mais atenta e sensível às questões LGBT na Igreja através dos processos sinodais de 2014-2015 as quais, apesar da oposição, não pode mais ser fechada.

Nota:

1.- Uma rede internacional de 13 organizações de/com Católicos LGBT Catholics reuniu-se pela primeira vez durante o Sínodo de 2014 em Roma. Foi substituída pela Rede Global de Católicos do Arco-Íris (RGCAI) que foi formalmente lançada em sua Assembleia de Fundação, de 1 a 4 de outubro de 2015, com representantes de 30 países de todos os continentes.

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/548329-quma-nova-era-de-cuidado-pastoral-inclusive-as-pessoas-lgbt-vai-se-iniciar-apos-o-sinodoq-afirma-rede-global-de-catolicos-do-arco-iris


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publicado por Riacho, em 04.11.14 às 19:40link do post | favorito

"Os relatórios produzidos desde a convocação do Sínodo apontam claramente nesta direção: não mudar a doutrina e o ideal sobre a família, mas acolher sem condenar as pessoas que vivem em outros modelos familiares, incluindo as uniões homossexuais e seus filhos", afirma aritigo publicado pelo blog da Equipe Diversidade Católica, 02-11-2014. O artigo não é assinado.

Eis o artigo.

A Igreja Católica viveu um momento efervescente com a Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Família. A mensagem cristã neste campo tem uma grandeza e uma beleza inegáveis, mas também problemas e questionamentos inevitáveis. Só se considera matrimônio, base da família, a união exclusiva e indissolúvel entre um homem e uma mulher, que entre os fiéis deve ser celebrada com um rito religioso próprio. Só se aceitam as relações sexuais praticadas no matrimônio, excluindo os métodos artificiais de controle da natalidade. No mundo atual, estas posições destoam da vida da grande maioria dos fiéis e contrastam com as novas configurações familiares. Os nós da moral sexual católica também dizem respeito aos gays.

Ao convocar o Sínodo, o papa Francisco enviou a todas as dioceses do mundo um documento preparatório com 39 perguntas, a fim conhecer melhor esta realidade e começar a transpor este abismo entre doutrina e prática. Entre as perguntas, que atenção pastoral se pode dar às pessoas vivendo em uniões do mesmo sexo? E, no caso de adotarem crianças, o que fazer para lhes transmitir a fé? Portanto, não se trata simplesmente de reiterar a doutrina. Buscam-se caminhos de inclusão e cidadania eclesial.

No ensinamento do papa, sobretudo em sua carta a Alegria do Evangelho (Evangelii Gaudium), o anúncio do amor salvador de Deus precede a obrigação moral e religiosa. Este anúncio deve curar todo tipo de ferida e fazer arder o coração, como o dos discípulos de Emaús ao encontrarem o Cristo ressuscitado. A Igreja deve ser sempre a casa aberta do Pai, onde há lugar para todos os que enfrentam fadigas em suas vidas, e não uma alfândega pastoral. O confessionário não deve ser uma sala de tortura, mas um lugar de misericórdia, no qual o Senhor nos estimula a fazer o melhor que pudermos. A Eucaristia não é prêmio dos perfeitos, mas alimento aos que necessitam e remédio generoso. Matizando a moral, o papa dá grande importância ao bem possível, às etapas de crescimento das pessoas que vão se construindo dia a dia.

Os relatórios produzidos desde a convocação do Sínodo apontam claramente nesta direção: não mudar a doutrina e o ideal sobre a família, mas acolher sem condenar as pessoas que vivem em outros modelos familiares, incluindo as uniões homossexuais e seus filhos. Pela primeira vez, não se fala em atos ‘intrinsecamente desordenados’ e contrários à lei natural, algo tão comum até recentemente. O que permanece é a recusa veemente de se equiparar legalmente união homo e união hétero. Estes relatórios não são ensinamento oficial da Igreja, e nem as conclusões da futuraAssembleia Ordinária do Sínodo, convocada para outubro de 2015. Tudo tem valor apenas consultivo. Só será ensinamento oficial a exortação pós-sinodal, a ser escrita pelo papa em 2016.

É certo que esta Exortação vai estar na linha do papa Francisco, estimulando a flexibilidade e o acolhimento. O valor de todo este processo até agora, mais do que os textos, são os debates abertos na Igreja como nunca se viram nas últimas décadas. É muito bom o superior geral dos jesuítas dizer publicamente que pode haver mais amor cristão em uma união irregular do que em um casal casado na Igreja. Ou um arcebispo nigeriano opor-se à criminalização da homossexualidade em seu país, e apoiar famílias que acolhem seus filhos gays com os respectivos companheiros. Tudo isto ajuda a formar na Igreja uma opinião pública que aceita e estima a diversidade sexual.

O cristão adulto, que está atento aos sinais dos tempos e encontra razões em favor da plena cidadania dos LGBT, não precisa esperar o apoio total da hierarquia católica para agir nesta direção. Porém, é muito importante aproveitar as oportunidades que podem surgir na Igreja, sobretudo em nível local, para o acolhimento das pessoas e a superação do preconceito. A homofobia religiosa tem uma longa história e uma considerável abrangência. Mas ninguém deve ser proibido de mudar para melhor, nem as pessoas, nem as instituições.


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publicado por Riacho, em 14.09.12 às 23:18link do post | favorito

O que nais choca no bispo não é a homofobia mas a ignorância!

 

O casamento entre pessoas do mesmo sexo pode levar a "uma ruptura social" que abre portas para a poligamia e o incesto, afirmou nesta sexta-feira o arcebispo de Lyon na França, Philippe Barbarin, em um debate sobre a legalização das uniões entre pessoas do mesmo sexo.

Depois de se reunir com o ministro do Interior francês, Manuel Valls, o clérigo afirmou em entrevista à rádio RCF que, uma vez adotado o casamento homossexual, "as consequências podem ser incontáveis".

"Depois vão querer formar casais de três ou quatro pessoas. Depois, um dia, a proibição do incesto vai cair", afirmou Barbarin.

O arcebispo definiu o casamento como "uma fortaleza" para proteger "o elemento mais frágil da sociedade, ou seja, a mulher que dá à luz uma criança, e permite todas as condições para que isso ocorra da melhor maneira possível".

Barbarin, que no passado afirmou que o legislativo não pode substituir "Deus Pai", disse hoje que "para os cristãos, a Bíblia, que diz em sua primeira página que o casamento une um homem a uma mulher, tem mais força e verdade para atravessar as culturas e os séculos do que as decisões circunstanciais e passageiras de um Parlamento".

O governo francês deve apresentar o projeto de lei que autoriza as uniões homossexuais no dia 28 de outubro, embora ainda não tenha definido todos os detalhes.

Concretamente, ainda não se sabe se a lei vai autorizar o direito dos casais de lésbicas a terem o reconhecimento do direito de maternidade das crianças geradas por inseminação artificial.

 

Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6155586-EI294,00-Arcebispo+diz+que+casamento+gay+abre+portas+para+incesto+e+poligamia.html


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publicado por Riacho, em 14.01.12 às 17:14link do post | favorito

''Que o Estado reconheça as uniões gays'', afirma bispo italiano

Que o Estado reconheça as uniões homossexuais. Que a Igreja se reserve, ao contrário, o juízo moral. Esse é o desejo expresso pelo bispo de RagusaPaolo Urso, em uma longa entrevista ao sítioQuotidiano.net, que aparece na página eletrônica de notícias da Cúria, Insieme.

A reportagem é do sítio Vatican Insider, 12-01-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

"Quando duas pessoas decidem, mesmo que sejam do mesmo sexo, a viver juntas – afirma –, é importante que o Estado reconheça esse estado de fato, que deve ser chamado com um nome diferente do matrimônio, senão não nos entendemos".

Dom Urso fala de uma Igreja de "portas abertas" e aborda as questões cruciais como a imigração, o pacifismo, a coabitação, a fecundação assistida. Mas é sobretudo sobre as uniões entre gays que Dom Urso expressa a opinião mais comprometedora. Pergunta-se ao bispo: há um atraso sobre essas questões? "Um Estado laico como o nosso – é a resposta – não pode ignorar o fenômeno da coabitação, deve se mexer e definir direitos e deveres para os parceiros. Depois, a avaliação moral caberá a outros".

Em 2005, por ocasião do referendo sobre a fecundação assistida, Dom Urso declarou ao Corriere della Sera que iria votar deixando a liberdade de consciência aos fiéis. Assim, pôs-se em contraste com o então presidente da CEI[Conferência dos Bispos da Itália], o cardeal Camillo Ruini, que tinha pedido a abstenção da Igreja.

Ele faria novamente essa escolha? "Sem dúvida, eu a faria novamente", responde. "Fui educado – acrescenta – na laicidade do Estado e no respeito das leis civis. Quando o cidadão é chamado a fazer escolhas concretas, a tarefa da Igreja é a de oferecer aos fiéis instrumentos para decidir autônoma e conscientemente. Por isso, eu disse ao meu povo: 'Informem-se, documentem-se, vejam se esse tipo de soluções são justas e julguem por si mesmos".

A ação de Ruini foi, segundo o prelado, "uma ação de estratégia política". "Mas eu acredito – concluiu – que os bispos não devem ter nada a ver com a política e com as suas lógicas".

 

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/505718-que-o-estado-reconheca-as-unioes-gays-afirma-bispo-italiano


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publicado por Riacho, em 06.01.12 às 19:21link do post | favorito

A Igrega católica americana nos seus laivos diabólicos de influenciar o poder político prepara-se para ajudar a lançar um candidato a presidente ultraconservador que se oponha ao casamento civil entre homossexuais por causa do "descaramento" de Obama em apoiar tais uniões num total desrespeito do evangelho e do serviço de toda a pessoa humana. Hipocrisias II

 

A frase homófoba do cardeal: um sinal para as eleições dos EUA

Agora que os pastores das grandes dioceses foram nomeados como chefes das congregações romanas, a púrpura, que uma vez pacificava as aspirações, é vivida por alguns como uma etapa. E, para aqueles que têm a ambição de ter um papel no próximo conclave, ao menos de grande eleitor, é o momento de dar um sinal. Mesmo que seja um sinal desgostoso como uma frase homofóbica.

A análise é Alberto Melloni, historiador da Igreja italiano, professor da Universidade de Modena-Reggio Emilia e diretor da Fundação João XXIII de Ciências Religiosas de Bolonha. O artigo foi publicado no jornal Corriere della Sera, 04-01-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

O cardeal Francis George (foto) é um homem de experiência. Arcebispo de Chicago desde 1997, presidente da Conferência Episcopal dos EUA por três anos, ele se declarou parte da maioria do conclave de 2005. Não despreza as frases de efeito.

O seu comentário sobre a lei de Illinois sobre as uniões civis ("Eu morrerei no meu leito, o meu sucessor morrerá na prisão, o seu morrerá mártir") causou rumores pelo seu vitimismo rosnento. Em uma recente entrevista sobre a possível celebração da Parada do Orgulho Gay em Chicago, ele foi além. Disse também que, em seu opinião, corre-se o risco de que o movimento se transforme em um "Ku Klux Klan que se manifesta nas ruas contra o catolicismo". A comparação não indignou apenas uma comunidade que passou por violências infinitas.

National Catholic Reporter escreveu no dia 3 de janeiro que essa frase corre o risco de levar a estaca zero "a estatura que a Igreja ainda pode ter no debate público". Mas se George lança uma bomba contra os gays (e contra o catecismo católico que prega respeito), não o faz por acaso.

O cardeal fala junto com as primárias para a eleição presidencial: e, portanto, dá a entender aos republicanos que, segundo ele, o cristão "liberal"Obama deve ser desafiado por um ultraconservador de tons brutais, que não teme o risco de radicalizar as posições e de dividir sociedade, mas, ao contrário, que ponha isso como objetivo.

Mas o cardeal também fala em um momento muito particular do pontificado de Bento XVI. Infinitamente mais saudável do que seu antecessor na mesma idade, Ratzinger se prepara para se tornar o papa mais longevo do último século.

Embora com alguns resguardos óbvios com relação à fadiga e com alguma distância com respeito aos assuntos correntes, o pontífice viaja e fala regularmente. As pequenas fragilidades típicas da sua idade criam um protagonismo cardinalício não incomum. Agora que os pastores das grandes dioceses foram nomeados como chefes das congregações romanas, a púrpura, que uma vez pacificava as aspirações, é vivida por alguns como uma etapa. E, para aqueles que têm a ambição de ter um papel no próximo conclave, ao menos de grande eleitor, é o momento de dar um sinal. Mesmo que seja um sinal desgostoso como uma frase homofóbica.

 

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/505444-a-frase-homofoba-do-cardeal-um-sinal-para-as-eleicoes-dos-eua


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publicado por Riacho, em 08.02.11 às 20:01link do post | favorito
8/2/2011
 
Os bispos alemães avaliam o manifesto dos teólogos como positivo
 

A Conferência Episcopal Alemã considera que o manifesto crítico à Igreja católica, subscrito por um grupo de professores de Teologia, é uma contribuição para a discussão sobre o futuro da fé e da Igreja neste país e reagiu positivamente a essa iniciativa.

A reportagem está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 04-02-2011. A tradução é do Cepat.

Cento e quarenta e quatro professores de Teologia católica da Alemanha, Áustria e Suíça subscreveram um manifesto no qual exigem profundas reformas da Igreja católica, que incluem, entre outras, o fim do celibato, o sacerdócio feminino e a participação popular na escolha de bispos.

Um comunicado tornado público na sexta-feira passada, dia 4, pelo secretário da Conferência, Peter Hans Langendördf, destaca que o memorando resume em princípio ideias frequentemente discutidas e “não representa mais que um primeiro passo” no debate aberto neste país após os escândalos de pederastia no interior da Igreja no ano passado.

Uma série de questões do memorando dos teólogos “se encontra em tensão” com as convicções teológicas e os princípios eclesiásticos de elevado compromisso, reconhece Langendördf.

“Os diferentes temas necessitam de um urgente esclarecimento”, assinala o porta-voz da Conferência Episcopal, que destaca que falta mais que uma aproximação dos bispos para enfrentar os difíceis desafios da Igreja.

Os erros e fracassos do passado devem ser tratados e reconhecidos, assim como os déficits e exigências de reformas da atualidade, admite Langendördf, que reconhece que “não se pode evitar os temas conflitivos” e anuncia que a Conferência Episcopal fará suas propostas durante a sua próxima reunião plenária.

Para ler mais:

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=40452


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publicado por Riacho, em 27.11.10 às 15:10link do post | favorito

 

Dear Bishop,

I house discarded LGBT youth; 8 so far this year. I have bandaged a child who has been beaten. I have prayed over the nearly-lifeless body of a child who attempted suicide. I house, feed, counsel and love these children. I speak at vigils, write letters to fundamentalists, and remind clergy not to tell these children that they are hell bound because of their orientation. You might call me a gay activist. I am, and I would ask you to join me. Do you have a homeless shelter that will reach out to LGBT youth in your diocese??? Non discrimination clauses in schools and hiring? Oh and ...I wear a rainbow pin every day because...

· I believe that the rainbow is a symbol of a promise from God.

· I believe we are all His children, and have an inheritance in that promise.

· I believe that wearing it reminds those who would deny my child a place at His table that they don't own the guest list.

· I believe that wearing it gives hope to a gay youngster that there are adults who can love him.

· I believe that wearing it gives parents an open door to talk to me about their gay children; and that leads to affirmed and healthy children.

· I believe that it starts the conversation with those who are ignorant of the struggles of gay folk.

· So, if you see me in your communion line with a rainbow cross, or pin, or peace sign; I would hope you realize that wearing the pin is my way of reaching out to the marginalized, and reminding them that they are welcome, loved.

· When I serve as extraordinary minister of the Eucharist, I wear it to remind me not to judge anyone who comes forward, but instead to share with them the table of the Lord. We are all God's children, He loves us all.

Sponsored by Equally Blessed, a coalition of faithful Catholics who support full equality for lesbian, gay, bisexual and transgender (LGBT) people both in the church and civil society.

www.newwaysministry.org
www.fortunatefamilies.com
www.DignityUSA.org
www.cta-usa.org


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publicado por Riacho, em 28.07.10 às 01:13link do post | favorito

Um bispo que se encontra com um grupo de fiéis gays e um jornal diocesano que dá um amplo destaque ao evento seria algo impensável até poucos anos atrás.

A reportagem é de Valerio Gigante, publicada na revista Adista, 26-07-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Mas o fato de que alguma coisa está se movendo na relação entre hierarquia católica e grupos homossexuais já foi demonstrado por diversos episódios recentes: do surgimento, em Cremona, de um grupo diocesano para a pastoral com as pessoas homossexuais, até a publicação por parte da diocese de Turim de um livrinho sobre "Fé e homossexualidade"; da hospitalidade concedida pelos padres somascos de Albano Laziale, em março passado, ao I Fórum Italiano dos Cristãos Homossexuais, até a organização, em muitas igrejas cristãs, de vigílias de oração por ocasião da IV Jornada Mundial contra a Homofobia.

E mesmo que nem todas as dioceses tenham uma mesma abordagem pastoral acerca do tema da homossexualidade – basta lembrar as palavras de alguns bispos eméritos ou, mais recentemente, a proibição do vicariato de Roma aos párocos da cidade de hospedar as iniciativas do grupo "Nuova Proposta" –, a linha do diálogo parece ter quase decisivamente conseguido o seu espaço.

Assim, foi possível que o grupo de cristãos homossexuais de Parma "Arco" (que reúne, desde 1998, crentes e não crentes em Deus, com a presença também de duas missionárias xaverianas que animam a oração, embora o grupo se autoadministre tanto na escolha dos trechos quanto dos subsídios para a meditação bíblica) recebesse, nas últimas semanas, a visita do bispo da cidade, Dom Enrico Solmi (foto).

Uma visita de uma certa importância, especialmente se considerarmos que, no dia 26 de março passado, na ocasião da última Assembleia Geral da Conferência dos Bispos da Itália (CEI), Dom Solmi foi eleito o responsável da Comissão Episcopal para a Família e a Vida, no lugar do bispo de Aosta, Dom Giuseppe Anfossi.

É provável, portanto, que, justamente na sequência do seu novo cargo, Solmi tenha pretendido dar ressonância à sua visita ao grupo "Arco", para assinalar uma vontade de abertura não só por parte da Cúria de Parma, mas da própria Conferência Episcopal.

Senão, não se explicaria o fato de que, no dia 2 de julho passado, o jornal diocesano Vita Nuova tenha dedicado uma página inteira ao relato do encontro, comentando seu êxito. Dom Solmi, escreveu a publicação, "encontrou o grupo de Parma no seu encontro de maio. Ele se inseriu na sua oração: uma hora abundante sobre a Palavra de Deus". "Um sinal não só da sensibilidade pessoal de Dom Solmi", mas principalmente "um apelo claro a se não discriminar ninguém (e Deus sabe o quanto é necessário esse apelo aos nossos dias)".

Uma forma de reafirmar, "com autoridade inequívoca, que ninguém está excluído da comunhão eclesial por causa de seu pertencimento a determinadas categorias sociais". Uma atitude "inclusiva" de Dom Solmi, que, para o Vita Nuova, sempre foi "explícita", também por parte do magistério eclesiástico, "desde o documento de 1975 sobre a Pessoa Humana", e do "Catecismo da Igreja Católica, no número 2357".

Portanto, continua a publicação, se o encontro entre um bispo e um grupo gay provocasse "perplexidade em algum leitor", bastaria citar "o texto magisterial da Congregação para a Doutrina da Fé, emitido em 1986, com o título 'O cuidado pastoral das pessoas homossexuais'", em que se afirma que a Igreja "rejeita considerar a pessoa puramente como um 'heterossexual' ou um 'homossexual' e destaca que todos têm a mesma identidade pessoal: ser criatura e, por graça, filho de Deus, herdeiro da vida eterna".

E é "muito positivo – afirma o Vita Nuova – que, com a sua visita, o bispo Enrico tenha reforçado isso para a nossa diocese. É um encorajamento para quem se acha vivendo essa condição existencial e um apelo à comunidade, para que exerça, com relação a eles, a acolhida da fraternidade. O novo encargo confiado pela CEI talvez o levará a se interessar mais diretamente por esse problema em nível nacional".

No número posterior, do dia 9 de julho, o Vita Nuova publicou outra página dedicada ao encontro dos gays com o bispo, desta vez comentado, em termos extremamente positivos, por meio das palavras de uma leitora.

Recentemente, Dom Solmi havia manifestado uma certa abertura com relação ao mundo gay. Em um encontro em fevereiro de 2009 com os estudantes de um instituto superior, o "Toschi", entre os numerosos temas "sensíveis" sobre os quais aceitou abordar com os jovens (castidade, contracepção, casamento, política), o bispo tocou também a questão da homossexualidade.

"Não acho que se deva afirmar – disse naquela ocasião – que o projeto de Deus é ter homossexuais, mas digo que aquela pessoa é uma grande riqueza, que ama e tem certamente uma boa relação com Deus. Todos têm o direito de viver plenamente a sua existência, com o próprio conceito de amor e na aceitação dos ideais alheios".

Para ler mais:

http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=34704


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    publicado por Riacho, em 10.06.10 às 15:34link do post | favorito

    Pequenos sinais de abertura por parte da hierarquia católica são sempre de saudar...

     

    O bispo de Catamarca, Argentina, D. Luis Urbanc, pediu ontem que sejam “respeitadas as uniões entre pessoas do mesmo sexo’, porque “é preciso reconhecer e respeitar que existem outras uniões entre as pessoas”. Este tipo de uniões – que não tem a mesma característica jurídica que o casamento – foram aprovadas na cidade de Buenos Aires e outras municipalidades do interior da Argentina. No Uruguai foi aprovada a união civil de homossexuais e lhes foi concedido o direito de adoção.

    A notícia é de Patrício Downes e publicada pelo sítio Religión Digital, 09-06-2010. A tradução é da IHU On-Line.

    Para ler mais:

    Uniões homoafetivas. A luta pela cidadania civil e religiosa. Revista IHU On-Line, no. 253

     

    http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=33293


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    publicado por Riacho, em 03.03.10 às 20:26link do post | favorito

    Alguns bispos começam a afirmar que a posição da Igreja católica em relação aos homossexuais tem de mudar. O caminho vai começar a fazer-se por aqui. Abertura, diálogo e muita caridade para que a cúpula da Igreja católica veja as pessoas homossexuais de outra forma.

     

    "Devemos nos habituar a considerar os homossexuais como irmãos e irmãs, com os seus problemas (como todos nós os temos), ajudando-os a viver serenamente a sua vida, sem discriminá-los a priori, corrigindo com prudência e caridade aquilo que surja publicamente de menos aceitável".

    A opinião é de Luigi Bettazzi, bispo emérito de Ivrea e ex-presidente da Pax Christi, em artigo para a agência italiana Adista, nº. 18, 27-02-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

    Eis o texto.

    Ao término de uma conferência sobre o Concílio promovida no início de fevereiro pelo grupo de homossexuais católicos Il Guado de Milão, a discussão acabou caindo bem rapidamente sobre temas ligados a esses problemas específicos. A primeira pergunta se referia à notícia de que um bispo emérito italiano teria declarado que não se pode dar a Comunhão ao homossexuais.

    Eu respondi que essa declaração deveria ser inserida em seu contexto, mas poderia também expressar a opinião difundida de que homossexual é sempre quem compartilha a vida sexual física com uma pessoa do mesmo sexo e que, se a moral sexual cristã não admite o uso pleno da sexualidade senão no casamento, que consagra a união plena – espiritual e física – de duas pessoas, obviamente ela não o admite para duas pessoas do mesmo sexo.

    Essa imediata identificação com uma homossexualidade ativa pareceria confirmada, por exemplo, pela recente determinação vaticana que exclui os homossexuais dos seminários. Também nesse caso, os homens da Igreja dão a impressão de compartilhar a mentalidade difundida que, no campo social, tende a discriminar e marginalizar quem é julgado diferente.

    Acredito, mais do que nunca nesse caso, que se deve levar em conta o amadurecimento do conhecimento e da cultura. Na antiguidade, considerava-se que a homossexualidade era uma escolha feita arbitrariamente por motivos práticos (desse modo, os filósofos – segundo o próprio Sócrates – podiam evitar as complicações do casamento e da família), ou para satisfazer a passionalidade (eram conhecidos em alguns templos, ao lado das prostitutas sagradas, também os prostitutos sagrados), da qual derivavam então as duras condenações da Bíblia e da Igreja.

    Hoje, a raiz da homossexualidade pode ser encontrada na própria estrutura fisiológica ou em situações de fato que incidiram inconscientemente na constituição pessoal. Ora, se até no casamento chegou-se a destacar que o fim primeiro é o amor e que a procriação é a sua consequência mais significativa, por que não reconhecer a amizades homossexuais graus de afetividade e de amor de intensidade tal a constituir entidades significativas na sociedade humana?

    O fato de que, depois, esses laços possam às vezes levar a situações reprováveis (o que moralmente é chamado de pecado) é um problema para as consciências individuais (como o é também para os heterossexuais no exercício da sua sexualidade), mas isso não pode levar a reprovar automaticamente a característica de "homossexual".

    Devemos reconhecer que, talvez, certas manifestações organizadas para reivindicar a dignidade dos homossexuais contra a difundida e antiga "homofobia" (a que levava o nazismo, e hoje certos países islâmicos, a condenar a homossexualidade como crime) podem se expressar de formas tão barulhentas e provocatórias (também contra a Igreja) que resultam contraproducentes, corroborando a atitude de desconfiança e de condenação. Mas cabe justamente aos cristãos, mesmo na clareza das suas próprias convicções, dar testemunho de respeito e de amor.

    Há na Igreja sinais de repensamento. Penso, por exemplo, na diocese de Turim, que fez com que o assunto gerasse uma reflexão específica, com um livrinho (com prefácio até do cardeal arcebispo) que sugere as modalidades de uma pastoral concreta.

    Acredito que devemos nos habituar a considerar os homossexuais como irmãos e irmãs, com os seus problemas (como todos nós os temos), ajudando-os a viver serenamente a sua vida, sem discriminá-los a priori, corrigindo com prudência e caridade aquilo que surja publicamente de menos aceitável, lembrando sempre o antigo ditado: "Unidade nas coisas necessárias e devidas, liberdade e respeito naquelas opináveis, mas, em tudo e sempre, caridade".

     

    Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=30285

     


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