ESPAÇO DE ENCONTRO E REFLEXÃO ENTRE CRISTÃOS HOMOSSEXUAIS em blog desde 03-06-2007
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publicado por Riacho, em 28.06.12 às 22:37link do post | favorito

Filme muito bonito. Sem tradução mas que se compreende facilmente!

 


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publicado por Riacho, em 24.06.12 às 11:05link do post | favorito

É destas "modernices" que a Igreja católica precisa cada vez mais!

 


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publicado por Riacho, em 22.06.12 às 12:35link do post | favorito

Sr. Cardeal Patricarca, pedofilia na Igreja portuguesa? Era o que faltava! Prisão para quem pratica e para quem sabe e não denuncia o crime!

 

Em Azambuja a Polícia Judiciária prendeu um sacristão pedófilo. As famílias não acreditavam, por isso uma criança capta com um telemóvel os abusos de Rodrigo Pereira, na igreja, a menino de 11 anos.

Segundo o Correio da Manhã, Rodrigo Marques ajudava o padre na missa e cometia crimes na catequese. O homem de 28 anos gozava de reputação intocável. Até que no início desta semana, uma entre as mais de três vítimas filmou o pedófilo a abusar de um colega de 11 anos.

 

Fonte: http://www.dn.pt/especiais/interior.aspx?content_id=2624480&especial=Revistas%20de%20Imprensa&seccao=TV%20e%20MEDIA


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publicado por Riacho, em 20.06.12 às 23:31link do post | favorito

As declarações do Sr. Cardeal Patriarca são muito infelizes. De facto a Igreja tem que "andar ao ritmo" das mudanças culturais, políticas, jurídicas porque senão ainda hoje a Igreja considerava, por exemplo, o casamento entre negros e brancos — chamado, na época, “casamento inter-racial” — “antinatural e contrário à lei de Deus” e uma ameaça contra a civilização. Actualmente já não considerará. Mas é a mesma argumentação usada para os casamentos entre pessoas do mesmo sexo. "A Igreja não pode dizer que nós, só por amarmos, só por reclamarmos que o nosso amor seja respeitado e reconhecido, somos “uma ameaça”. Aliás, porque esse tipo de frases têm uma história. “Os judeus são a nossa desgraça!” (“Die Juden sind unser Unglück!”), disse o historiador Heinrich von Treitschke, e essa desgraçada expressão, publicada na revista alemã Der Sturmer e logo usada como lema pelos nazis, deu no que deu. Nós, homossexuais, também sabemos disso: o nosso destino na Alemanha nazi, onde Bento XVI passou sua juventude, era o mesmo dos judeus, só que em vez da estrela de David, o que nos identificava nos campos de concentração era o triângulo rosa.

A tragédia do nazismo deveria ter servido para aprender que o outro, o diferente, não é uma ameaça, nem uma desgraça, nem o inimigo. E nós, homossexuais, não ameaçamos ninguém. Ameaças à humanidade são as guerras (muitas delas étnicas ou religiosas), a fome, a miséria económica, a desigualdade e as injustiças sociais, a violência, o tráfico de drogas e de armas, a corrupção, o crime organizado, as ditaduras de todo tipo, a supressão das liberdades em diferentes países, os genocídios, a poluição ambiental, a destruição das florestas, as epidemias. O nosso amor é tão belo e saudável como o de qualquer um. E merecemos o mesmo respeito e os mesmos direitos que qualquer um" (Jean Wyllys) e sabemos que ele há-de ser sempre abençoado por Deus, mesmo que a Igreja na sua cegueira actual, não seja capaz de o reconhecer. 

 

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. José Policarpo, disse esta quarta-feira, em Fátima, que a Igreja tem "uma mensagem perene" e "não tem que andar ao ritmo das mudanças do Mundo" e atacou os "exageros antropológicos" como a adopção por casais gay.

O também cardeal patriarca de Lisboa falava numa conferência de imprensa de divulgação das jornadas pastorais dos bispos católicos que se iniciaram na segunda-feira em Fátima e que decorrem até quinta-feira, tendo como tema central de reflexão os 50 anos do Concílio Vaticano II (1962/1965).

"Há um pressuposto de que a Igreja tem que mudar ao ritmo das mudanças do mundo e não. A Igreja tem uma mensagem perene, acredita nela, e tem valores perenes, e acredita neles", disse José Policarpo quando questionado sobre a actualidade do Concílio Vaticano II perante questões fracturantes da sociedade.

Para o presidente da CEP, o Concílio e a doutrina da Igreja têm uma mensagem que "ajuda a corrigir e a denunciar os exageros antropológicos", como as "modernices" de pessoas do mesmo sexo puderem constituir família, sublinhando que a civilização ocidental "acabará por ser vítima dessas mudanças que fez".

Lamentando que a "grande comunicação" trate as posições da Igreja como se esta tivesse que "andar ao ritmo" das mudanças culturais, políticas, jurídicas, José Policarpo rematou com a expressão "era o que faltava".

Segundo disse, a "grande mudança" do Concílio Vaticano II foi a de, sobretudo, "anunciar uma perspectiva bela da vida humana, quer individual quer em comunidade", e, ao invés de condenar, querer anunciar.

As jornadas de "estudo" que estão a decorrer em Fátima visam "aprofundar" as temáticas do Concílio Vaticano II "no que pode significar para a Igreja" dos tempos actuais, afirmou.

Além de conferências, o encontro, que tem por tema geral "A recepção do Concílio Vaticano II na Igreja em Portugal", tem contado com a realização de mesas redondas com a participação de especialistas laicos, como foi o caso do presidente do Centro Nacional de Cultura, Guilherme d´Oliveira Martins, ou do anterior Procurador-geral da República José Souto Moura.

Para José Policarpo é evidente que as mudanças introduzidas pelo Concílio Vaticano II são hoje uma realidade adquirida, se bem que algumas dimensões devam ainda ser aperfeiçoadas.

Como exemplo apontou a forma como ainda é feita a celebração da palavra em muitas eucaristias, sublinhando que se algumas homilias são "belíssimas" outras continuam a "não ter em conta nem a mensagem nem os destinatários".

 

Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/d-policarpo-ataca-modernices-como-a-adopcao-por-gays


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publicado por Riacho, em 18.06.12 às 23:41link do post | favorito

É muito interessante ver as cautelas com que a Rádio Renascença divulga a notítica: "A Igreja Luterana é a única confissão religiosa afectada". A Igreja Católica há-de bater o pé por mais 20, mais 50 ou mesmo mais 100 anos mas vai acabar por aceitar o óbvio bíblico: celebrar também o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo nas suas igrejas. Amen!

 

"A Igreja Luterana da Dinamarca vai ser obrigada a celebrar “casamentos” entre pessoas do mesmo sexo. 

O Governo dinamarquês alterou a lei do casamento ontem por esmagadora maioria para permitir aos homossexuais poder “casar” em cerimónias religiosas e não apenas nas cerimónias civis que eram a opção até agora. 

A Igreja Luterana é a única confissão religiosa afectada, uma vez que se trata da religião oficial do Estado."

 

Fonte: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=29&did=65538


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publicado por Riacho, em 18.06.12 às 23:25link do post | favorito

Parabéns Dinamarca!

 

 

O Parlamento da Dinamarca aprovou hoje (7-6-2012) a legalização do  casamento de homossexuais em templos da Igreja Evangélica Luterana, que é a religião oficial. Dos 111 deputados, 85 votaram a favor.

O governo tem um ministério para a religião, cujo titular é Manu Sareen, um agnóstico. Se o Estado dinamarquês fosse laico, ele não poderia se impor aos religiosos nessa questão.

A Igreja já tinha de aceitar a união gay, mas não estava obrigada a realizar um serviço religioso completo para sacramentá-la e o que havia era apenas uma benção. Pastores que discordam do casamento entre pessoas do mesmo sexo ficam dispensados de conduzir a cerimônia. 

Percentual de descrentes
na Dinamarca 

A nova lei entra em vigor no próximo dia 15. Na Islândia e Suécia já existe casamento no civil e religioso entre pessoas do mesmo sexo. 

Em 1989, a Dinamarca foi o primeiro país do mundo a legalizar o casamento gay em cartório. Em 2009, reconheceu o direito dos homossexuais de adotarem crianças. 

A Dinamarca tem cerca de 5,5 milhões de habitantes. Trata-se de uma monarquia constitucional. Embora não haja uma separação formal entre Estado e Igreja, o número de ateus no país é elevado.

O sociólogo americano Phil Zuckerman apurou em diferentes pesquisas que o percentual de descrentes varia de 43% a 80% da população. A variação é grande por causa da metodologia de cada uma das pesquisas. 

Com informação das agências



Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2012/06/lei-da-dinamarca-obriga-igreja-celebrar.html#ixzz1yBcrlaPR 
Paulopes informa que reprodução deste texto só poderá ser feita com o CRÉDITO e LINK da origem. 


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publicado por Riacho, em 13.06.12 às 11:53link do post | favorito

Proclamado pelo papa Pio XI, em 1934, patrono da cidade de Lisboa, Santo António, celebrado a 13 de Junho, é considerado um santo padroeiro contra todos os males.

 

Nascido em Lisboa, junto da Sé, ou Igreja de Santa Maria Maior, no seio de uma família de pequena nobreza, no ano de 1189, 1191, 1192 ou 1195, supostamente no dia 15 de Agosto, de seu nome Fernando de Bulhões, Santo António de Lisboa, ou Santo António de Pádua, por ter vivido e pregado nesta cidade de Itália, terá iniciado a sua instrução na escola capitular que funcionava nas dependências da catedral.

 

Aos quinze anos entra para o Mosteiro de São Vicente de Fora, dos frades Agostinhos, transitando depois para o Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, onde se entregou, fervorosamente, ao estudo e à mística. Ordenado padre aos vinte e cinco anos, troca o hábito branco dos Agostinhos pelo castanho dos Franciscanos e entra no Convento de Santo Antão nos Olivais, altura em que muda de nome, passando a chamar-se António.

 

Adquiridos em Portugal os conhecimentos intelectuais possíveis para a época, parte para Marrocos com a intenção de poder levar a cabo a missão que mais ambicionava desenvolver – a de evangelizar. Pouco tempo depois, devido ao clima, adoece gravemente e embarca de regresso a Portugal. O navio, porém, apanhado por uma tempestade, aporta na Sicília, onde se encontra, então, São Francisco de Assis, pelo qual nutria devotada admiração e de quem se torna amigo.

 

Corria o ano de 1221 e António radica-se no Convento de Arcella, em Pádua, cidade que pouco a pouco se rende aos seus dotes de grande pregador, extasiando-se perante a simplicidade, a força e a fé dos seus sermões – por vezes a denunciarem lúcida e corajosamente os males sociais do seu tempo. A fama da sua santidade, caridade para com os pobres, sabedoria e eloquência depressa se espalhou pelo Mundo, não havendo templo que albergasse as multidões que acorriam a ouvi-lo, facto que levava a que as suas pregações fossem feitas ao ar livre.

 

Célebre ficou o seu sermão aos peixes, que proferiu, de acordo com a tradição, na costa do Adriático, região onde imperavam os hereges cátaros e patarinos: «Ouvi a palavra de Deus, vós, peixes do mar e do rio, já que não a querem escutar os infiéis hereges», logo acudindo à tona milhares de peixes, mostrando a cabeça fora da água. Vários foram também os templos que se construíram em seu louvor por todo o país, entre eles o sumptuoso Convento de Mafra, que lhe foi consagrado na altura do nascimento de D. José I, em cumprimento da promessa de D. João V, que desejava um herdeiro.

 

Denominado pelo povo cristão como «o Santo de Todo o Mundo» (conforme a famosa frase de Leão XIII), Santo António, consumido pelo esforço e pela doença, morre a 13 de Junho de 1231, no Convento de Arcella, em Camposampiero. É canonizado a 30 de Maio do ano seguinte, constituindo a sua canonização a mais rápida da história da Igreja, por bula do papa Gregório IX, que, segundo dizia, se orgulhava de o ter conhecido e escutado e a quem chamou «Arca das Escrituras».

 

Santo António deixou os Sermões, que lhe valeram a inclusão do seu nome entre o reduzido número dos Doutores da Igreja, distinção que lhe foi atribuída pelo papa Pio XII, a 16 de Janeiro de 1946. Devido aos seus inúmeros milagres, fizeram-se peregrinações ao seu sepúlcro, em Pádua, à semelhança das que foram feitas a Jerusalém, a Roma e a outros importantes santuários. Teve ainda a honra, reservada a poucos santos, de possuir uma liturgia particular, privilégio que na sua Ordem só compartilhou com São Francisco.

 

Iconograficamente, Santo António apresenta-se como um jovem vestido de franciscano, mas também de cónego regrante de Santo Agostinho ou de Menino de Coro, segurando um livro na mão esquerda, sobre o qual se senta o Menino Jesus (a partir do século XVI elemento inseparável da imagem do santo), e com a direita uma cruz e um lírio, símbolo da pureza, que aparece como seu atributo em meados do século XV.

 

Soledade Martinho Costa

Do livro «Festas e Tradições Portuguesas», Vol. V

Ed. Círculo de Leitores


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publicado por Riacho, em 08.06.12 às 22:35link do post | favorito

papa e o Vaticano estão cada vez mais defendendo a ideia de uma Igreja remanescente – uma Igreja pequena e pura que se vê muitas vezes em oposição ao mundo ao seu redor. Parece como se as autoridades da Igreja não estão nada preocupadas com aqueles que deixam a Igreja. Qualquer outra organização tomaria medidas fortes para remediar a perda de um terço de seus membros.

A opinião é do teólogo norte-americano Charles E. Curran, professor da cátedra Elizabeth Scurlock de Ética Cristã daSouthern Methodist University. O artigo foi publicado no sítio do jornal National Catholic Reporter, 06-06-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

A condenação por parte da Congregação para a Doutrina da Fé ao premiado livro da Ir. Margaret Farley, das Irmãs da MisericórdiaJust Love: A Framework for Christian Sexual Ethics, não é nenhuma surpresa. A Congregação insiste que o livro "não pode ser usado como uma expressão válida da doutrina católica" porque discorda do magistério hierárquico sobre masturbação, atos homossexuais, uniões homossexuais, indissolubilidade do casamento, divórcio e segundo casamento.

Há uma longa lista de teólogos morais católicos cujas obras sobre ética sexual, em um veio semelhante, foram condenados ou censurados pela Congregação para a Doutrina da Fé ao longo dos últimos 40 anos. O Papa João Paulo II escreveu a sua encíclica Veritatis splendor, em 1993, por causa da discrepância entre o ensino oficial da Igreja sobre questões morais e o ensino de alguns teólogos morais, até mesmo nos seminários. Segundo o papa, a Igreja está "enfrentando o que certamente é uma crise genuína, que não se trata já de contestações parciais e ocasionais, mas de uma discussão global e sistemática do patrimônio moral".

Todos têm que reconhecer que há uma crise real como essa na Igreja hoje. Mas a crise não é apenas uma crise na teologia moral: ela envolve uma crise na Igreja como um todo e na nossa própria compreensão da Igreja Católica. De acordo com o respeitado Pew Forum on Religion & Public Life, uma em cada três pessoas que foram educadas como católicas romanas nos Estados Unidos já não é mais católica. A segunda maior "denominação" nos EUA é de ex-católicos. Uma em cada 10 pessoas nos EUA é ex-católica. Todos nós temos experiência pessoal daqueles que deixaram a Igreja por causa do ensino sobre questões sexuais. Questões relacionadas, incluindo o papel das mulheres na Igreja, o celibato para o clero e o fracasso das lideranças eclesiais em lidar com o escândalo dos abusos infantis e o seu encobrimento, também foram reconhecidas como razões pelas quais muitas pessoas abandonaram a Igreja Católica.

A reação de papas e bispos até teólogos morais revisionistas é apenas uma parte de uma realidade crescente em nossa Igreja hoje. Há uma ladainha de outras ações similares tomadas pelo Vaticano – as restrições impostas àLeadership Conference of Women Religious (LCWR); o controle sobre as atividades da Caritas Internationalis, a agência da Igreja dedicada à ajuda aos pobres; a reação muito negativa das associações de padres na Áustria e naIrlanda; a remoção de Dom William Morris, bispo de Toowoomba, na Austrália, por ter meramente incentivado a discussão sobre o celibato e o papel das mulheres; a nomeação apenas de clérigos muito seguros como bispos etc. E a lista continua.

O que está acontecendo aqui é que o papa e o Vaticano estão cada vez mais defendendo a ideia de uma Igreja remanescente – uma Igreja pequena e pura que se vê muitas vezes em oposição ao mundo ao seu redor. Parece como se as autoridades da Igreja não estão nada preocupadas com aqueles que deixam a Igreja. Qualquer outra organização tomaria medidas fortes para remediar a perda de um terço de seus membros. Mas a Igreja remanescente se vê como uma Igreja forte de fiéis verdadeiros e, portanto, não está preocupada com essas partidas.

Esse conceito de Igreja opõe-se à melhor compreensão da Igreja Católica. A palavra "católico", em sua própria definição, significa grande e universal. A Igreja abraça tanto santos e pecadores, ricos e pobres, homens e mulheres, e conservadores e liberais políticos. Sim, há limites para o que significa ser católico, mas a compreensão de "católico" com "c" minúsculo insiste na necessidade de ser o mais inclusivo possível. Muitos de nós ficaram profundamente impressionados com os gestos do Papa Bento XVI no início do seu papado, ao ir ao encontro emdiálogo com Hans Küng e de Dom Bernard Fellay, chefe do grupo originalmente fundado pelo arcebispo Marcel Lefebvre. Infelizmente, hoje, o diálogo ainda está em andamento com Dom Fellay, mas não com Hans Küng.

O problema básico de tudo isso é a compreensão e o papel da autoridade na Igreja Católica. Essa questão é muito vasta e complicada para ser discutida aqui com detalhes, mas três pontos deveriam orientar qualquer consideração sobre a autoridade na Igreja.

Primeiro, a principal autoridade na Igreja é o Espírito Santo, que fala de diversas maneiras; e todos os outros na Igreja, incluindo os detentores de cargos, devem se esforçar para ouvir e discernir o chamado do Espírito.

Segundo, a Igreja precisa dar corpo à compreensão de Tomás de Aquino de que algo é mandado e ordenado porque é bom, e não o contrário. A autoridade não faz algo certo ou errado. A autoridade deve se conformar ao que é verdadeiro e bom.

Terceiro, o perigo para a autoridade na Igreja é alegar uma certeza muito grande para o seu ensino e propostas.Margaret Farley desenvolveu esse ponto em um ensaio muito significativo, Ethics, Ecclesiology, and the Grace of Self-Doubt [Ética, Eclesiologia, e a Graça da Dúvida de Si]. A pressão por certeza fecha muito facilmente a mente e às vezes também o coração. A graça da dúvida de si permite a humildade epistêmica, condição básica para o discernimento moral comunitário e individual.


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publicado por Riacho, em 07.06.12 às 23:47link do post | favorito

Hospital católico nega medicamentos a Gay HIV+ "por ir contra a vontade de Deus"

Um hospital católico em Nova Jersey esta sendo acusado de negar a um homem gay e HIV-positivo, medicamentos antirretrovirais. Uma médica da equipe do hospital teria justificado o ato "por ir contra a vontade de Deus!"

O paciente João Simões está processando o "Trinitas Regional Medical Center", de Nova Jersey. Segundo o paciente, ele foi admito em agosto de 2011, mas os pedidos de medicamentos, que fazem parte do coquetel antirretroviral, foram negados, além disso sua irmã teria sido impedida de visitá-lo.

Susan V. Borja, do Departamento de Saúde Comportamental e Psiquiatria, atendeu Simões enquanto ele estava confinado na ala de doentes mentais do hospital. Susan teria perguntado a Simões como ele havia contraído o vírus HIV, ao que ele respondeu: "Eu fui contaminado ao fazer sexo desprotegido."

Segundo a denúncia, a Dra. Susan teria fechado o arquivo, olhado com desgosto para o paciente e perguntado friamente: "Relações sexuais com homens?"

Simões respondeu afirmativamente e, imediatamente depois de ouvir a resposta, a Dra. Susan saiu do quarto.

Ainda de acordo com a denúncia, após esta consulta, nenhum outro médico ou enfermeiro veio ver Simões, mesmo depois do paciente dizer que precisava tomar suas medicações antirretrovirais. Quando o hospital finalmente permitiu que Simões chamasse seu médico particular, no terceiro dia após sua internação, ele ficou sabendo que o médico já havia falado com a Dra. Sausan ao telefone sobre as medicações.

Na ocasião Susan supostamente declralou: "Você deve ser gay também, você e seu médico."

Além disso, aparentemente percebendo que o médico queixoso tinha sotaque, Dra. Susan exclamou: "O quê, você precisa de um tradutor?" O médico queixoso novamente respondeu a Dra. Susan sobre a necessidade do paciente receber as medicações anti-retrovirais. Ao que a Dra. Susan respondeu: "Isto é o que ele recebe por ir contra a vontade de Deus", e desligou o telefone.
A "University of California", em San Francisco e a "AIDS Research Institute" em nota declararam: O sucesso do tratamento pode ocorrer rapidamente com a adesão. Alguns estudos sugerem que a resistência às drogas podem se desenvolver após uma semana de falta de medicação, ou por uso irregular. Quando o paciente desenvolve uma resistência a uma droga, esta perde a sua eficácia para sempre, em alguns casos, a resistência cruzada a outras drogas ocorre, limitando ainda mais opções de tratamento.
João Simões disse nos documentos judiciais que ele havia perdido cinco doses, como resultado das ações do hospital. Presumivelmente, o processo vai revelar quais foram os danos causados ​​à sua saúde, bem-estar diário e capacidade de sobreviver.
O "Hastings Center", que se concentra em questões de bioética, afirmou: "Objeção de consciência nos cuidados de saúde não pode ser enquadrado apenas como uma questão de direitos individuais ou crenças. Profissionais de saúde com objeções morais a prestação de serviços específicos, têm a obrigação de minimizar a interrupção na prestação dos cuidados e os encargos sobre outros provedores."
O "Trinitas Regional Medical Center" é um hospital católico, onde afirma no seu site que tem uma "reverência pela vida", e: "Reconhece e respeita a dignidade e o valor da vida em cada fase e condição."
Desde de que a pessoa em questão professe a mesma crença, obviamente. Muito cristão isso né?

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