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Crispin Blunt, político conservador britânico e actual ministro responsável pelas prisões no Reino Unido, anunciou ter-se separado da mulher depois de ter assumido ser homossexual.
A informação foi revelada por meio de um comunicado, publicado pelo Ministério da Justiça, que refere “não haver uma terceira pessoa envolvida” no fim do seu casamento.
O comunicado explica que Blunt, de 50 anos, “decidiu reconhecer a sua homossexualidade e explicou a sua decisão à família. A consequência desta acção é a separação”.
O documento acrescenta que este é “momento difícil” para a família de Blunt e que “a família prefere não comentar publicamente este assunto e espera que seja respeitada a sua privacidade”.
Blunt casou-se com a sua mulher em 1990 e tem dois filhos.
O chefe da campanha para a re-eleição de 2004 de George W. Bush e antigo alto dirigente do Partido Republicano afirmou ser homossexual em entrevista a uma revista.
Em declarações publicadas na edição online da The Atlantic, Ken Mehlman, que há já algum tempo tinha deixado o partido Republicano, revela que só teve consciência da sua orientação sexual há relativamente pouco tempo. E justifica a sua abertura ao mundo sobre esta questão pois pretende participar na defesa do casamento para gays e lésbicas. E um primeiro passo nesta direcção será participar num jantar de recolha de fundos em Setembro de uma organização que defende o direito ao casamento na Califórnia.
"Demorei 43 anos a sentir-me confortável com esta parte da minha vida", afirmou Mehlman, "Todos temos os nossos próprios percursos de viagem, e para mim, nos últimos meses, informei a minha família, amigos e antigos colegas e atuais colegas, e eles tem sido maravilhosos e apoiaram-me." Também revela que todo este processo o fez "mais feliz" e uma "melhor pessoa", concluindo que era algo que "gostaria de ter feito há anos atrás".
A revelação de Ken Mehlman é mais relevante tendo em conta o histórico não muito favorável de medidas contra o reconhecimento de direitos das pessoas LGBT por parte do partido Republicano. Ele próprio reconhece que poderia ter uma diferença significativa ele ter tomado esta posição de abertura sobre a sua sexualidade quando estava activamente na política do Partido Republicano. Em particular sente-se culpado por ter aberto mentalidades dentro do partido sobre múltiplas questões, mas não ter tido a capacidade de fazer o mesmo sobre as questões LGBT.
Ken Mehlman é a pessoa com mais poder no partido republicano a aparecer em público abertamente como homossexual e diversos activistas dos direitos LGBT reconhecem o seu potencial político para a causa mesmo tendo em conta o seu silêncio no passado.
Fonte: http://portugalgay.pt/news/260810A/eua:_chefe_de_campanha_de_george_bush_afirma:_sou_gay
O sacerdote José de Jesús Aguilar (foto), subdiretor da Radio e Televisão da Arquidiocese do México, pronunciou-se a favor da adoção de crianças entre pessoas do mesmo sexo – contrário à posição dos cardeais Norberto Rivera e Juan Sandoval Íñiguez – e disse que a "Igreja Católica está cheia de homossexuais" que participam no trabalho pastoral. A reportagem é de Eugenia Jiménez, publicada no jornal Milenio, 23-08-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto. Para ler mais:
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=35633 |
Uma revolução "pode já ter começado" na Igreja Católica da Irlanda. Essa foi uma afirmação ouvida na Humbert Summer School, em Castlebar, no condado de Mayo, na Irlanda, na noite da última quinta-feira.
A reportagem é de Patsy McGarry, publicada no jornal Irish Times, 20-08-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
O comentarista religioso norte-americano Robert Blair Kaiser (foto) disse em um discurso que as notícias da última semana sobre a convocatória de Jennifer Sleeman, 80 anos, a um boicote da missa dominical do dia 26 de setembro em protesto contra o tratamento do Vaticano para com as mulheres sugere que "essa avó de Cork" pode "já ter começado uma revolução".
"Ela obviamente acredita no que eu acredito, que vocês podem ter voz e voto em sua própria Igreja e ainda serem católicos e, ao mesmo tempo, irlandeses", disse.
Autor de 13 livros, muitos sobre a reforma da Igreja Católica, Kaiser foi homenageado com um um prêmio Overseas Press Club pela sua cobertura do Concílio Vaticano II como correspondente da revista Time.
Ao falar na noite dessa quinta-feira sobre o tema "Reforma da Igreja Católica: Tronos nunca mais", ele disse que, "até a revolução copernicana, os monarcas exerceram o controle absoluto sobre seus súditos por direito divino. Mas quando os povos do mundo, informados sobre uma nova cosmologia, colocaram o direito divino dos reis na lixeira da história, eles se esqueceram de também jogar no lixo o direito divino dos papas".
E enfatizou: "Não estou atacando a nossa fé católica. Estou falando sobre a tirania especial e corrosiva que os papas têm exercido sobre os católicos em todos os lugares".
O primeiro cardeal da Irlanda, Paul Cullen, no século XIX, e o arcebispo de Dublin, John Charles McQuaid, no século XX, "estabeleceram a cultura clerical na Irlanda, que a juíza Yvonne Murphy identificou como a causa central dos escândalos irlandeses que fizeram com que vocês e o seu país vacilassem".
Ele disse que "durante mil anos, os papas promoveram uma Igreja clerical em vez de uma Igreja de Jesus. Os Padres do Concílio Vaticano II trabalharam durante sérios quatro anos para dar a Igreja novamente para o povo. E os papas João Paulo II e Bento XVI passaram os 30 anos seguintes anulando seus trabalhos e permitindo que a corrupção reinasse, um movimento que deixou a nossa Igreja, que é o corpo de Cristo na terra, despedaçada".
"Vocês podem ajudar a criar uma Igreja do povo?", questionou. "Sim! Vocês podem, se quiserem. Nesse contexto, eu gostaria de citar o Papa João Paulo II. Em 1978, ele viajou para Varsóvia e disse a milhões de poloneses: 'Vocês podem pegar o seu país de volta se exigirem isso'. Vocês poderiam dizer a mesma coisa: 'Nós podemos tomar de volta a nossa Igreja se exigirmos isso'".
"Os poloneses estavam lutando contra todas as possibilidades – o próprio poderio militar da União Soviética. Mas venceram a batalha".
Ele disse que "as notícias da última década sobre a nossa Igreja em ruínas e que abusa de sua autoridade podem querer nos dizer que a mudança já está acontecendo, e acontecendo mais rápido do que se pensa".
Em resposta, o vice-editor do jornal Irish Catholic, Michael Kelly, disse que o clericalismo na Igreja "foi o cerne do escândalo dos abusos sexuais". Por "clericalismo", ele se referia a "uma mentalidade elitista, junto com estruturas e padrões de comportamento correspondentes a ela, que consideram como dado que os clérigos são intrinsecamente superiores aos outros membros da Igreja e merecem deferência automática. A passividade e a dependência são a sina dos leigos".
Para ler mais:
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=35603
Faz agora um ano que o João me ofereceu este livro. Por cansaço e excesso de trabalho não o tinha lido ainda. Trouxe-o para estas férias e acabei de o devorar. O livro aborda o amor, a traição, as famílias que se perdem e as familias que se ganham quando se revela uma característica intrínseca do ser: a homossexualidade. Lê-se de um trago.
Breve resumo: É um lugar comum dizer-se que determinada orientação sexual não é uma escolha, porque, se fosse, ninguém escolheria o caminho mais difícil. Foi esse caminho mais difícil que Teófilo teve de percorrer, desde a incompatibilidade com os pais, aos desencontros dentro de si próprio, chegando mesmo a acreditar que alguém lhe tinha trocado a alma...
Aos 26 anos decide sair do armário, perante a aparente indiferença da “noiva”, a cumplicidade da avó Jacinta (uma matriarca alentejana), o desespero da mãe e o ódio do pai.
Anos a fio a suportar o peso das normas, a pressão social, os equívocos da “normalidade”, em terreno sempre escorregadio, desde o dia longínquo em que descobriu o «rasgão no peito». Descoberta abrupta, à beira dos 13 anos, quando surpreende o Tinito, cinco anos mais velho, a masturbar-se: «foi quando vi o Tinito, todo nu, entretido com o seu próprio membro [...] a deliciar-se com o seu rapidíssimo jogo de mão.» Segue-se a iniciação às mãos do referido Tinito, cigano bem-parecido criado em casa da avó Jacinta. Nesse dia percebeu.
Mas quem o faz enfrentar a família e a sociedade é outro homem, Hugo, um advogado jovem sem problemas identitários. A acção do romance divide-se entre Lisboa, o Estoril (onde Teófilo e Hugo arranjam casa) e o monte alentejano da avó Jacinta, com rápida digressão parisiense, em ambiente burguês, com apontamentos certeiros sobre tiques, hábitos e costumes das classes médias urbanas. A fluência narrativa não tropeça no sexo: «Cala-te, patrão. Não digas nada se não queres ser violado à bruta. [...] Só sei que lhe gritei uma vez e outra e outra vez, amo-te estúpido, amo-te animal, amo-te cabrão, filho da puta, cigano de merda, meu amor.» Passa-se isto quando, já casado e pai de filhos, Tinito leva Teófilo a trair Hugo, seu companheiro.
Raquel, a “noiva” rejeitada, está na origem de uma sucessão de crimes: rouba os manuscritos de Teófilo, fazendo-os publicar com outro nome; encomenda o seu atropelamento; e depois o sequestro de uma criança. Acaba presa. Estas e outras peripécias dão colorido à acção.
Título: "A Alma Trocada"
Autor: Rosa de Lobato Faria
Editora: Edições ASA
A Igreja Católica continua a ter dificuldade em acatar as leis dos países em que se insere. Tem duas soluções possíveis: ou acata a lei de um país democrático ou desiste da sua actividade específica. Pedir isenção da lei britânica é um caminho que a pode deixar pelo caminho.
Londres, 19 ago (Lusa) - Uma agência católica de adoção perdeu um recurso no Reino Unido em que contestava a lei que proíbe a discriminação de homossexuais, anunciou hoje a entidade que fiscaliza o trabalho das instituições sociais. A agência Catholic Care, localizada na cidade de Leeds, pretendia ficar isenta da lei britânica, de modo a poder acatar os ensinamentos da igreja católica, que se opõe à adoção por casais gay. Segundo a Charity Commission, regulador britânico das instituições sociais, os homossexuais podem ser pais e as opiniões baseadas na religião não justificam a sua discriminação. Fonte: http://dn.sapo.pt/Inicio/interior.aspx?content_id=1644763
Além desta notícia não ser surpresa, o que tem afastado muita gente da Igreja católica, é que não há argumentação teológica contra o casamento gay e contra outras formas de família. A argumentação é “A Igreja não pode deixar de chamar o mal de mal”. Esta argumentação foi a mesma para justificar a guerra santa das cruzadas e a inquisição à conta da qual a Igreja enriqueceu com os bens dos judeus esquecendo a humanidade e santidade de Jesus. Os pastores da Igreja têm de aprender a argumentar teologicamente e centrar a sua actuação na vida e obra de Jesus Cristo, porque a da boa moral e dos bons costumes já não pega nos dias de hoje.
"O arcebispo primaz do México, Norberto Rivera Carrera, lamentou neste domingo a “aberrante” sentença da Suprema Corte de Justiça da Nação mexicana (SCJN), que, no dia 06 de agosto passado, declarou constitucionais as uniões entre pessoas do mesmo sexo no Distrito Federal, onde se encontra a capital do país.
A reportagem é da Agência Efe, 09-08-2010. A tradução é do Cepat.
Em uma mensagem dominical lida por um casal de leigos casados durante a missa do meio-dia celebrada na catedral da capital federal, Rivera qualificou de “imorais” essas uniões por considerar que desvirtuam os matrimônios tradicionais entre uma mulher e um homem com o sentido de procriação.
“A Igreja não pode deixar de chamar o mal de mal”, assinalou o cardeal mexicano na mensagem, que considerou que na realidade o que há são uniões “de fato ou legais” que “abusivamente” são chamadas “matrimônios”.
Segundo o cardeal, “tal atividade imoral jamais poderá ser equivalente à expressão sexual do amor conjugal, pois coloca em perigo a dignidade e os direitos da família que constituem o bem comum da sociedade”.
Na semana passada, o plenário da SCJN aprovou a constitucionalidade dos matrimônios entre homossexuais na Cidade do México por oito votos a dois.
Desde a sua entrada em vigor há quase cinco meses, o Registro Civil da Cidade do México celebrou 320 matrimônios entre pessoas do mesmo sexo, entre os quais se conta o caso de um homem de 87 anos, e outro de 81.
Do total de matrimônios, 173 foram entre casais de homens e 147 de mulheres, a maioria destes com idades que variam entre 31 e 40 anos.
Para esta segunda-feira estava previsto que o Alto Tribunal discutisse a constitucionalidade das adoções de menores por parte de casais homossexuais na capital mexicana.
O plenário da Corte debatia sobre si as uniões do mesmo sexo se aplicam em outros Estados do México."
Para ler mais:
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=35128