ESPAÇO DE ENCONTRO E REFLEXÃO ENTRE CRISTÃOS HOMOSSEXUAIS em blog desde 03-06-2007
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publicado por Riacho, em 20.06.10 às 11:47link do post | favorito

E uma marcha saiu do armário. Assim se poderia traduzir a 11ª Marcha do Orgulho LGBT, ontem, sábado, em Lisboa, que conseguiu mobilizar mais de cinco mil pessoas. Se o recente casamento gay se festejou, a parentalidade foi uma das exigências que mais se fizeram ouvir.

Quando a marcha LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros) parou por breves minutos junto à Igreja de São Roque, no Largo Trindade Coelho, no Bairro Alto (Lisboa), ontem, sábado, pelas 17.30 horas, já as autoridades tinham uma certeza maior que os organizadores do próprio evento: mais de cinco mil pessoas estavam nas ruas contra a vergonha e pelos direitos da diversidade sexual.

Muitas delas estrangeiras que, por relações afectivas ou em passagem por Lisboa, se associaram à marcha criada em 2000, como Wolfang Kraus.

“Os portugueses estão de parabéns, porque não só conseguiram o casamento gay, mas também porque têm uma marcha muito mais organizada e calma”, referiu. Porquê mais calma? “É que na Alemanha é tudo festivaleiro e perdeu-se a ideia da luta pelos direitos. Aqui não”, respondeu aquele psicoterapeuta alemão, de 45 anos, acompanhado pelo namorado português.

Para perceber a importância de números basta regressar à edição de 2008, quando – segundo a PSP – menos de 300 pessoas deram a cara na Baixa Chiado. Mas se o casamento gay não deixou de ser motivo dos sorrisos estampados na cara de muita gente, a verdade é que foram mais as reivindicações ao poder político – e este esteve lá, pelo menos PS, PCP e BE –, do que mensagens de agradecimento.

“Pelo casamento mas também pelo orgulho inerente a este evento, é claro que se trata de um momento de festejos. Só que não podemos esquecer que é premente a resolução de questões como a parentalidade, e aí falamos da adopção e da PMA (procriação medicamente assistida), ou de legislação para as pessoas transgénero”, disse, ao JN, Salomé Coelho, dirigente da União de Mulheres Alternativa e Resposta, um dos 18 colectivos organizadores da marcha, em que pela primeira vez participaram polícias homossexuais.

Uma semana após agressões de gays, no local de partida da marcha, no Príncipe Real, incidentes ontem não houve. Só mesmo a voz dissonante de uma utente da Carris, na Praça da Figueira: “raios partam esta ‘gaitagem’ que me atrasa o autocarro”. A resposta chegou, já em pleno Martim Moniz, pela voz de Daniel Cardoso, do colectivo Poliamor, debitada de uma carrinha de caixa aberta: “amor não empata amor”.

 

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1597901


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