ESPAÇO DE ENCONTRO E REFLEXÃO ENTRE CRISTÃOS HOMOSSEXUAIS em blog desde 03-06-2007
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publicado por Riacho, em 27.02.09 às 19:47link do post | favorito

Olá

 

O padre brasileiro Luis Couto foi suspenso de funções porque defende o uso de preservativo como medida de saúde publica, defende o celibato dos padres como opção e não como obrigação e tem defendido abertamente a não discriminação dos homossexuais. Claramente ideias demoníacas. O bispo suspendeu-o porque "a doutrina católica ficou ferida e comprometida". Claro que para os cristãos o mais importante é a doutrina e não o amor a Cristo e aos irmãos. A doutrina imposta pelo Vaticano está a tornar a Igreja desfasada da realidade e do mundo. A doutrina não está claramente a servir o povo de Deus. É por tudo isto que o teólogo suiço Hans Kung afirma hoje numa entrevista publicada na Unisinos que a Igreja corre o risco de converter-se numa seita. Muitos católicos não esperam mais nada desse Papa. E isso é muito doloroso.

 

Aqui fica a triste notícia.

 

Abraço

 

Carlos

 

"João Pessoa - O padre e deputado federal Luiz Couto (PT) perdeu ontem o direito de exercer o sacerdócio. A decisão foi tomada pelo arcebispo da Paraíba, dom Aldo di Cillo Pagotto, em virtude de uma entrevista publicada na edição de ontem de O Norte, jornal integrante dos Diários Associados, grupo ao qual o Diario de Pernambuco faz parte. Na reportagem "Padre, deputado e adversário do celibato", Couto afirma, entre outras coisas, que é contra a obrigatoriedade do celibato e a discriminação de homossexuais, além de ser favorável ao uso de preservativo.

Durante a entrevista, o padre-deputado alega que a restrição à vida afetiva e sexual dos religiosos deveria ser opcional e não uma imposição. "Não tem fundamentação bíblica. Deveria ser optativo", afirmou. Ele também opinou sobre outros temas considerados tabus dentro da Igreja como o uso de preservativo e a diversidade sexual. "Defendo o uso da camisinha como uma questão de saúde pública", declarou.

Luiz Couto, que votou a favor do projeto de lei que torna crime a discriminação por causa da orientação sexual, ressaltou seu posicionamento em favor da punição para os que cometem atos de preconceito em relação aos homossexuais. "Devemos lutar no dia a dia contra o preconceito e a intolerância", disse. O parlamentar fez as declarações durante entrevista concedida ao site Congresso em Foco (www.congressoemfoco.com.br).

Por conta dessas declarações, Couto teve o uso de Ordem suspenso por dom Aldo Pagotto. "Quero que ele se retrate publicamente porque foram declarações infelizes e ambíguas", exigiu o arcebispo. Ainda segundo dom Aldo, "a doutrina católica ficou ferida e comprometida com as declarações de Luiz Couto".

Em nota divulgada ontem pela Arquidiocese da Paraíba, dom Aldo argumenta que tomou a decisão tendo como base a confusão que as afirmações de Couto teriam gerado entre os fiéis. "Preposto à Arquidiocese da Paraíba, vejo-me na grave obrigação de suspender o referido sacerdote do uso de Ordem em nossa circunscrição eclesiástica, porquanto, por suas afirmações sumárias, e enquanto perdurem sem retratação explícita, provoca confusão entre os fiéis cristãos, e contraria 'in noce' as orientações doutrinais, éticas e morais sustentadas pela Igreja Católica (Cf. Cânon 1317 CDC)", diz o arcebispo na nota.

Luiz Couto foi informado da determinação de dom Aldo pela reportagem do O Norte. O padre se disse surpreso com a decisão principalmente porque ele e o arcebispo teriam um encontro hoje. O deputado também preferiu não polemizar e alegou apenas que ele tem o direito de expressar suas opiniões, assim como dom Aldo possui suas obrigações dentro da arquidiocese.

Com a suspensão da ordem, que coincide com o início da quaresma, Couto fica impedido de desempenhar atividades próprias de um sacerdote, como celebrar batizados, casamentos e as missas que realizava todos os sábados e domingos na paróquia de São José Operário, em João Pessoa."
 

in: http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/02/26/brasil1_0.asp

 


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publicado por Riacho, em 25.02.09 às 19:40link do post | favorito


 

 


 


"Born to be gay. História da homossexualidade"

Um livro de William Naphy, professor de teologia, história e filosofia da universidade de Aberdeen. Tal como o nome indica, este livro trata da história da homossexualidade, desde as cidades bíblicas de Sodoma e Gorroma, o início da homofobia, as civilizações clássicas e o advento do cristianismo e consequente estreitar da mentalidade social e a propagação dos ditos "valores cristãos". De referir o comportamento social e a rotulação das pessoas e a descoberta para a diversidade.

Ref:
"Born to be gay. História da homossexualidade"
William Naphy
Edições 70 - www.edicoes70.pt

Disponível nas lojas: Bertrand (19,95€), Almedina (19,95€)



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Publicada por Vitor em o blog de un niño ® 2 a 2/24/2009 04:15:00 PM


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publicado por Riacho, em 24.02.09 às 10:43link do post | favorito
Na primeira pessoa
Manvendra Singh Gohil: o príncipe que fez parar a Índia quando assumiu ser gay 
22.02.2009 - 19h44 Margarida Santos Lopes
Manvendra Singh Raghubir Singh Sahib Gohil é o meu nome completo, mas podem chamar-me Pink Prince. Não me ofendo, pelo contrário. Os meus antepassados, provavelmente, já adivinhavam que teriam um descendente gay, porque eu vivo num palácio vitoriano cor-de-rosa em Rajpipla, distrito de Gujarat, um dos mais prósperos estados da Índia.

Nasci a 23 de Setembro de 1965 e sou o yuvaraj (príncipe) herdeiro do marajá (grande rei) Shri Raghubir Rajendrasinghji Sahib e da maharani (grande rainha) Rukmani Devi Sahiba. Tenho uma irmã mais nova, uma princesa que se casou com um príncipe de Jammu e Caxemira.

A minha dinastia, Gohil, tem aproximadamente 600 anos. À semelhança de outras famílias reais que governavam os seus domínios durante o Império Britânico, a minha aceitou integrar-se na União Indiana, após a independência em 1947. Em 1968, a República da Índia invalidou os títulos de nobreza. O meu bisavô foi o último rei reconhecido, mas ainda mantivemos poderes e privilégios.

Em 1971, a primeira-ministra, Indira Gandhi, desconfiada de que as famílias reais se estavam a tornar demasiado poderosas politicamente, retirou-nos prerrogativas e privilégios. Hoje, o nosso papel é meramente protocolar, mas ainda muito respeitado pelo povo, porque somos guardiões das tradições.

Nasci num berço de ouro. Tive todos os luxos reservados a um príncipe herdeiro. Nada me faltou – a melhor educação, a melhor alimentação, as melhores roupas, o melhor de tudo para a vida. Estudei em Bombaim (actual Mumbai). Fiz aqui toda a minha formação. Licenciei-me em Direito, mas nunca tive intenção de praticar. O objectivo era ter conhecimento para gerir as nossas propriedades e bens. Se sabemos direito, não dependemos de advogados.

Chegámos a ter 11 palácios, agora só temos três. Muitos foram vendidos e alugados. O palácio onde nasci tinha 35 quartos – alguns fazem agora parte de um hotel, gerido por nós. Temos mais de 100 funcionários, 25 dos quais criados da família. Eu tenho cinco. A minha cozinheira, por exemplo, tem 65 anos, e o meu secretário 85 – vão comigo para todo o lado. Há mais de dois séculos que os seus parentes trabalham para nós.

Dependo muito dos meus criados. Tinha 15 anos quando atravessei sozinho uma rua, pela primeira vez. Só para conduzir é que dispenso o chauffeur – ele viaja comigo no banco de trás. Apenas conduz quando eu estou cansado. De resto, fica a guardar o meu jipe ou o meu automóvel, e encarrega-se das questões de oficina.

A relação com os meus criados é tão estreita que, quando comecei a ter lições de condução, fiz mal uma manobra, embati numa árvore e o instrutor saiu pelo vidro da frente com dois dentes partidos. Nunca quis ir ao dentista – disse-me que estar desdentado é uma boa recordação.

Talvez tenha sido essa dependência que levou Steve McLean, do diário britânico The Guardian, a achar “fraquinho” o meu aperto de mão quando me entrevistou. Disse que eu estou “mais habituado a vénias”, o que é verdade. O importante foi ele ter concluído que sou “um tipo doce, franco e amigável, embora um pouco desligado da realidade, talvez por ser da realeza”.

Sim, é mais próxima a minha relação com os criados do que com os meus pais biológicos. Uma governanta cuidou de mim desde que nasci. Não chamo mãe à minha mãe, nem pai ao meu pai. Trato ambos por Sua Alteza. Eles chamamme príncipe. Se eu quiser encontrarme com o meu pai, tenho de marcar dia e hora com os seus secretários pessoais. É uma relação muito fria, formal. Não há amor, não há afecto.

Por isso, não foi um grande desgosto quando o meu pai anunciou – depois de eu ter assumido publicamente a minha homossexualidade – que me retirava o título de príncipe herdeiro e me deserdava. Ou quando a minha mãe publicou um anúncio nos jornais ameaçando processar quem dissesse que eu era filho dela.

Eu até percebo por que agiram assim. Foram pressionados por outros membros de famílias reais, receosos que eu, o primeiro a ousar “sair do armário”, identificasse quem, entre eles, eram os gays e as lésbicas – e eu sei bem quem são. Em todo o caso, as acções dos meus pais foram consideradas ilegais pelo Supremo Tribunal da Índia.

Um casamento infeliz
A descoberta da minha homossexualidade não foi fácil. Eu tinha 13 anos e percebi que não me sentia atraído por raparigas. A minha avó escolheu um rapaz de 12 anos para tomar conta de mim, porque eu não podia misturarme com plebeus, e as mulheres e homens têm aposentos separados nos palácios. Foi com esse rapaz que percebi a atracção por pessoas do meu sexo. Andávamos a cavalo e nadávamos. Eu não gostava de actividades desportivas e preferia ler livros e ouvir música clássica. Aos cinco anos, aprendi a tocar harmónio. Ainda hoje tenho lições em Bombaim, onde vou frequentemente. Tenho aqui um grande apartamento (e uma antiga mansão, que aluguei a um banco), onde me instalo com os meus cinco criados.

A princípio, pensei que o casamento mudaria a minha orientação sexual. Julgava que era uma fase temporária. Estava confuso e não tinha ninguém com quem desabafar. Comecei a ser apresentado a várias princesas e escolhi uma, Chandrika Kumari, de Jhabua, estado de Madhya Pradesh. Casámo-nos em 1991. Eu tinha 25 anos e ela 22. Foram 15 meses de fracasso. Era uma relação de irmãos que não foi consumada. A princesa nunca chegou a saber que eu era homossexual. Nunca falámos no assunto. Ela pensou, inicialmente, que eu tinha outra mulher, mas depois convenceu-se de que não havia ninguém.

Em 1992, decidimos separar-nos e, no ano seguinte, anulámos o casamento. Em tribunal, assegurei que ela continuava virgem, e provei que não era impotente – ambos apresentámos atestados médicos. Quando ela saiu do palácio, deu-me um conselho: “Por favor, que mais nenhuma rapariga seja infeliz por tua culpa.” Fiquei emocionado, e prometi que não voltaria a casar-me.

Por volta de 2000, começou a ser publicada uma newsletter chamada Bombay Dost (Amigo de Bombaim). Tinha uma tiragem limitada e eu comprava-a às escondidas. Lia-a na minha casa de banho. Comecei a corresponder-me com alguns leitores usando endereços de amigos, para ninguém me identificar.

Um dia telefonei a uma das pessoas que me escreviam e combinámos encontrar-nos na cantina da minha universidade. Foi assim que conheci Ashok Row Kavi, o director de Bombay Dost, e o primeiro activista gay da Índia. Ele, curiosamente meu vizinho, retirou-me o sentimento de culpa, o peso na consciência. Garantiume que eu era normal. Em 2000, juntámos uns 60 homossexuais num dos meus palácios e, na presença de representantes do governo, fundei o Lakshya Trust, a primeira organização de prevenção contra o HIV/sida entre a comunidade gay de Bombaim.

Dou a esta instituição, que tem três centros de aconselhamento e tratamento em Gujarat, 65 por cento dos meus rendimentos. O meu próximo projecto é abrir um hospício para doentes terminais. Em 2006, reconhecendo o valor do meu trabalho – também sou director da APCOM, uma coligação da Ásia- Pacífico que lida com a saúde sexual masculina –, a ONU atribuiu ao Lakshya Trust o Civil Society Award. O prémio foi entregue pela Fundação de Melinda e Bill Gates.

O Lakshya Trust tem três centros em Gujarat. O seu trabalho é educar gays e toxicodependentes para prevenirem a propagação do HIV/ sida. Planeamos também, para breve, a abertura de um hospício para doentes terminais. Temos cerca de 150 funcionários e ajudamos uns 17 mil homens. A Índia tem 2,5 milhões de infectados – são dados oficiais, mais realistas do que os da ONU (que aponta para 5,7 milhões), porque se baseiam em censos locais, levados a cabo também com a nossa colaboração. Não deixa de ser trágico, a Índia é segundo país do mundo, depois da África do Sul, mais assolado pelo HIV/sida.

O problema é tanto mais grave quanto 80 por cento dos gays são casados – a homossexualidade permanece um crime ao abrigo do Artigo 377 do Código Penal da Índia, resquício dos tempos coloniais. Uma das nossas acções é distribuir preservativos, alertar para o risco de múltiplos parceiros e promover o sexo seguro.

Em 2006, eu já me sentia mais confiante. Quatro anos antes, tinha sido hospitalizado, com um colapso nervoso, porque a minha mãe insistia em que voltasse a casar-me para me curar do que ela considerava ser “uma doença”. Quando uma jornalista me pediu uma entrevista para falar sobre o meu papel no Lakshya (Alvo), decidi assumir-me, publicamente, como homossexual.

Não esperava o impacto que a notícia teria. Foi uma espécie de terramoto que fechou o país. A entrevista espalhou-se pela Índia. Estava em todos os noticiários, e ninguém falava em mais nada. Não foram só os meus pais que me repudiaram por “actividades objectáveis pela sociedade”, os 100 mil habitantes de Rajpipla queimaram as minhas fotos e efígies.

Ir ao show da Oprah Winfrey, em 2007, foi como uma revolução nas mentalidades. As reacções homofóbicas diminuíram, pelo menos em Rajpipla. Muitas pessoas desconheciam o meu activismo no Lakshya e ficaram sensibilizadas. E as que beneficiavam da minha ajuda – dou aulas de ioga, ensino técnicas de agricultura biológica (tenho a minha própria quinta), faço doações para hospitais e escolas, ofereço oportunidades de emprego – voltaram a tratar-me como um nobre e não como um pária.

Participei depois numa parada gay na Suécia – o melhor lugar do mundo para os homossexuais viverem. Fiquei impressionado ao ver ministros e deputados a desfilarem pelas ruas sem quaisquer complexos.

Também entrei num reality show da BBC 3, Undercover Princes, juntamente com os príncipes Remigius Kanagarajah, do Sri Lanka, e Africa Zulu, da casa real sul-africana Onkweni. Foram quatro episódios, uma hora cada [o último foi exibido este mês de Fevereiro], gravados numa casa em Brighton, onde assumíamos falsas identidades, em busca do “amor verdadeiro”. Para não ser reconhecido, rapei o meu bigode, pela primeira vez. Fingi ser camareiro no New Madeira Hotel, e foi muito duro. Nunca antes tinha ido a um supermercado, e muito menos lavado pratos ou o chão.

Amor demasiado plebeu
Também foi complicada a convivência com o príncipe zulu. Ele ficou escandalizado quando soube que eu era gay. Levou uma Bíblia, e avisou-me que era pecado um homem gostar de outro homem. Eu respondi que, felizmente, era hindu e que o Kama Sutra já existia antes de Jesus Cristo nascer.

Seja como for, encontrei o meu amor. Foi num bar, em Agosto de 2008. Ele chama-se Michael Lower e tem 35 anos. O programa jamais passará na Índia, por causa da criminalização da homossexualidade. Não há cenas de sexo, mas há muitos abraços, beijos e mãos dadas. Levei-o para Rajpipla, e apresentei-o ao meu pai, que o aceitou – com as câmaras da BBC a gravar este encontro.

Foi uma bonita experiência, mas chegámos à conclusão de que não daria certo. Havia uma grande diferença social entre nós. Ele era empregado de um quiosque de jornais cujo dono é um indiano. Eu sou um príncipe. Continuamos amigos. Falamos quase todos os dias, por telefone ou e-mail. Ele voltará em Outubro para assistir ao festival de música e belas-artes que eu organizo todos os anos.

Como é tão difícil encontrar um companheiro (há mais homens interessados no meu dinheiro do que em amar-me), decidi que, quando o meu pai morrer e eu subir ao trono, vou adoptar um filho. Será alguém, sensível e inteligente, da minha família alargada. Não quero que esta linhagem termine comigo, que sou o 39º.

Rajpipla era governado pelos Parmar, que não tinham herdeiros masculinos. Uma princesa deste clã casou-se então com o marajá de Bhavnagar e um dos seus filhos foi adoptado pelos Parmar. Assim nasceu, com uma adopção, a minha dinastia Gohil.

(A partir de uma entrevista telefónica com o príncipe, em Bombaim, e uma troca de e-mails com o jornalista Gareth McLean, do diário The Guardian, em Londres)
in: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1366442&idCanal=62

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publicado por Riacho, em 23.02.09 às 22:13link do post | favorito

 

 

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publicado por Riacho, em 23.02.09 às 22:03link do post | favorito

 

 

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publicado por Riacho, em 22.02.09 às 18:06link do post | favorito

 

 

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publicado por Riacho, em 20.02.09 às 21:53link do post | favorito

 

Olá

 

A nossa conferência episcopal continua a fazer a sua cruzada contra umas criaturas de Deus, coitadinhas, nascidas homossexuais. Nós não escolhemos ser homossexuais. Fomos criados assim e temos orgulho nisso não para nos exibirmos na praça, mas porque somos criaturas feitas à imagem e semelhança de um Pai de amor infinito.

Hoje não me consegui calar diante do que vi escrito e decidi fazer umas considerações que aqui partilho com todos vocês. Os meus comentários estão entre parentesis e em cor de tijolo intercalados no meio do texto.

 

Abraço

 

Carlos

 

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) renovou esta sexta-feira, numa nota pastoral, as críticas à legalização dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, considerando que a medida é uma «tentativa de desestruturar a sociedade portuguesa».
Na nota pastoral intitulada «Em favor do verdadeiro casamento», o Conselho Permanente da CEP considera que a adopção de leis que equiparem as uniões homossexuais ao casamento entre um homem e uma mulher está longe de contribuir para o «progresso e unidade» da sociedade e manifesta «uma concepção desfocada dos valores que se encontram na base» do seu modo de viver. (Em que é que o casamento civil homossexual afecta o verdadeiro casamento? Em que é que as comunidades de freiras, de frades e de padres afectam o verdadeiro casamento? Em que é que os casais heterossexuais que não têm filhos afectam o verdadeiro casamento? Todos vão continuar a existir. Não há judeu nem grego, não há escravo nem homem livre, não há homem nem mulher, porque todos sois um só em Cristo Jesus (Gl 3, 27-28). Unidade na diversidade).
«A verdade da vida humana assenta na complementaridade do homem e da mulher», sublinham os bispos (quem faz uma afirmação destas está longe de conhecer toda a verdade), lembrando que esta é a «base antropológica da família», pois «só assim esta pode desempenhar a relevantíssima função de célula base da sociedade, que assegura a sua renovação harmoniosa». (E ainda bem que a assim é, porque os homossexuais nascem de famílias heterossexuais, não se tornam homossexuais).
Igreja não quer «misturas nem confusões»
A CEP entende que pretender redefinir os conceitos de casamento e família «constituiria fonte de perturbação para adolescentes e jovens, com a sua identidade em estruturação, e enfraqueceria a instituição da família, célula base de todas as sociedades». (Os jovens e adolescentes têm felizmente muita informação e um espírito muito aberto. Hoje, graças a Deus já vemos pela cidade casais de homossexuais e de lésbicas que manifestam afectos publicamente tal como os casais heterossexuais. A fonte de perturbação poderá ser sobretudo para os menos jovens. Manter um espírito aberto aprende-se e cultiva-se).
«A família, fundada no casamento entre um homem e uma mulher, tem o direito a ver reconhecida a sua identidade única, inconfundível e incomparável, sem misturas nem confusões com outras formas de convivência», lê-se na nota pastoral. (Tem todo o direito concerteza como tem todo o direito a família homossexual o direito a ver reconhecida a sua identidade própria, inconfundível e incomparável).
Os bispos com assento no Conselho Permanente sustentam ainda que o «prolongamento da homossexualidade pela idade jovem e adulta denota a existência de problemas de identidade pessoal»,(quem faz uma afirmação destas denota a existência de problemas de desactualização face aos conhecimentos científicos actuais) mas rejeita «todas as formas de discriminação ou marginalização das pessoas homossexuais», dispondo-se mesmo a acolhê-las e a ajudá-las. (Não precisamos de ser olhados como coitadinhos mas com a dignidade de filhos assim criados por Deus).
Na nota pastoral, os prelados não se pronunciam sobre as formas como o Estado «possa ir ao encontro dos problemas e das aspirações das pessoas homossexuais», mas reiteram discordância perante a possibilidade de a união entre pessoas do mesmo sexo ser «equiparada à família estavelmente constituída através do casamento entre um homem e uma mulher». (Deve ser por isso que alguns padres aconselham homossexuais masculinos a casarem-se com mulheres para manter o status e a vontade da Igreja, mesmo que isso implique destruir a vida da mulher ou dos filhos desse falso casamento).
O mesmo se aplica, diz a Igreja Católica, perante «uma lei que permita a adopção de crianças por homossexuais».
«Tal constituiria uma alteração grave das bases antropológicas da família e com ela de toda a sociedade, colocando em causa o seu equilíbrio», adianta a mesma nota, que defende a «necessidade de iniciativas que ajudem as famílias estavelmente constituídas a superar os problemas económicos que muitas atravessam, que as valorizem como lugar primordial de educação dos filhos e que favoreçam a sua importância na vida social». Na adopção de crianças, o mais importante é a criança. Se houver casais homossexuais que as queiram adoptar serão certamente mais responsáveis do que muitos pais de casais heterossexuais que agridem sistematicamente os filhos até que estes caiam em instituições que não serão certamente o exemplo da família. Finalmente esta nota pastoral denota tanta falta de amor e de um coração pequeno. Dá-nos Senhor um coração grande para amar. Dá-nos um coração forte para lutar!


in: http://diario.iol.pt/sociedade/igreja-casamento-gays-homossexuais-conferencia-episcopal/1044265-4071.html

 


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publicado por Riacho, em 19.02.09 às 22:21link do post | favorito

Olá

 

Que belo casamento gay, uma verdadeira festa de família!

 

Abreijo

 

Carlos

 

 


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publicado por Riacho, em 18.02.09 às 19:19link do post | favorito

Olá

 

O que de diferente esta notícia tem é o facto do cardeal concordar que o eventual "casamento" entre pessoas do mesmo sexo é uma questão de direitos e de leis, fora da alçada da Igreja. De resto tudo igual no desconhecimento do ser homossexual.

 

Abraço

 

Carlos

 

18.02.2009 - 08h28 Lusa, PÚBLICO
O cardeal D. José Saraiva Martins indicou ontem que a "homossexualidade não é normal" e reiterou que as mulheres que pensem casar com muçulmanos precisam de ter "muita cautela", manifestando-se "totalmente de acordo" com um aviso idêntico feito há um mês pelo Cardeal Patriarca de Lisboa.

"A homossexualidade não é normal, temos que dizê-lo (...) Não é normal no sentido de que a Bíblia diz que quando Deus criou o ser humano, criou o homem e a mulher. É o texto literal da Bíblia, portanto esse é o princípio sempre professado pela igreja", defendeu.

"[Os homossexuais] não podem providenciar a formação das crianças, porque uma criança para ser formada normalmente precisa de um pai e de uma mãe e não de dois pais ou de duas mães", indicou ontem à noite D. José Saraiva Martins, durante a tertúlia "125 minutos com Fátima Campos Ferreira", no Casino da Figueira da Foz.

O religioso argumentou que o pai e a mãe "são diferentes, têm diferentes qualidades, completam-se mutuamente de uma maneira maravilhosa".

Apesar de concordar que o eventual "casamento" entre pessoas do mesmo sexo é uma questão de direitos e de leis, fora da alçada da Igreja, D. José Saraiva Martins ressalvou, porém, que numa situação "ideal", a Igreja e o Estado deveriam colaborar. "Nestes casos, neste sector em concreto, é absolutamente necessária uma colaboração sincera, autêntica e eficaz entre o Estado e a Igreja". "E pode-se chegar a um acordo, cedendo um bocadinho dos dois lados. Não é opondo-se, é colaborando, é o diálogo", acrescentou.

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publicado por Riacho, em 17.02.09 às 00:58link do post | favorito

 

Olá

 

A RTP1 promoveu um grande debate sobre o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Vale a pena rever o debate no site da RTP1: http://ww1.rtp.pt/multimedia/index.php?tvprog=23414&idpod=22273&formato=flv

 

Abraço

 

Carlos


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