ESPAÇO DE ENCONTRO E REFLEXÃO ENTRE CRISTÃOS HOMOSSEXUAIS em blog desde 03-06-2007
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publicado por Riacho, em 30.12.07 às 12:49link do post | favorito

 

Caríssimos,

Embora tenha ficado algo surpreendido com o amável convite do Quim para dar continuidade à proposta inicial que tinha apresentado para os Encontros, pois desconhecia se esta se iria manter ou não, não quero deixar de dar o meu singelo contributo.

Considerando o escasso tempo até à realização do encontro, tendo em consideração o que já deixei escrito atrás e alguns afazeres profissionais, parece-me que seria uma boa ideia aproveitar algumas rubricas do caderno do «Retiro de Preparação para o Natal».

Tal aproveitamento, traz-nos a vantagem dos conteúdos do caderno já serem do conhecimento de todos o que possibilita dar continuidade ao trabalho de todos os que iriam estar presentes no Retiro e facilitar o trabalho dos que se irão juntar a nós somente agora.

Além disso, os próprios textos de reflexão, que tínhamos então proposto, falam-nos de esperança. Ora isto vai de encontro também à esperança no ano que se avizinha e da mensagem do Papa para a celebração do Dia Mundial da Paz: «… votos de paz, acompanhados duma calorosa mensagem de esperança…».

É, pois, esta sugestão que aqui vos deixo e que, estou certo, iluminados pelo poder do Espírito Santo a saberemos trabalhar da melhor forma e que num ambiente de Fé e de Esperança sejamos em 2008 a semente que caiu em boa terra: nasceu e deu fruto.

Obviamente que deixo ao Quim, se assim o entender, a possibilidade de efectuar as modificações que julgar necessárias.

O caderno proposto para o Encontro pode ser consultado/ descarregado aqui.

Um abraço fraterno,

Zé (Évora)


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publicado por Riacho, em 29.12.07 às 01:25link do post | favorito

 

Dia 19 de Janeiro às 21h

 

Iremos continuar a reflectir nos textos tal como proposto pelo Zé de èvora( Zé por favor envia os anexos)
 
Até lá abraço
 
Quim

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publicado por Riacho, em 23.12.07 às 00:18link do post | favorito

 

Uma esposa que te ame,
Meu Filho, dar-te queria,
Que por teu valor mereça
Ter a nossa companhia,
E a uma mesa comer pão,
Do mesmo pão que eu comia,
Para que conheça os bens
Que em tal Filho eu possuía,
E se compraza comigo
De tua graça e louçania”
(S. João da Cruz)


E a dádiva do Pai ao Filho aconteceu:
O Filho vem desposar a humanidade inteira e nela cada um de nós,
Habitar em nossa casa, comer do nosso pão,
Servir-se à nossa mesa.
O Filho de Deus é nosso hóspede
O seu nascimento é já (também) as suas bodas.
O amor do Pai busca casa e casar-se no humano.
Bodas de amor eterno, mesa posta de Deus numa manjedoura,
Vida repartida, amor que procura esponsalidade, parceiro,
Cumplicidade, aventura de ternura na casa comum do afecto.
Deus connosco, Deus para nós.
Um esposo, uma esposa, uma boda.
Somos casa de Deus, na «esponsalidade», na «fraternidade», na «paternidade»
Das nossas relações, na aventura do amor, êxodo e êxtase.

Santo Natal a todos.
Dando espaço à fecundidade esponsal do amor.
Porque o amor divino e humano só se pode cumprir esponsalmente.
E na diversidade de tantas expressões.

A.


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publicado por Riacho, em 22.12.07 às 22:03link do post | favorito

 

CARTA ABERTA AOS MEMBROS DO “RIACHO”


Caros amigos,

Gostaríamos de partilhar convosco algumas reflexões acerca da recente mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial da Paz de 2008.

A mensagem do Papa, que tem por título “Família Humana, Comunidade de Paz”, num ponto que muito especificamente nos concerne, diz : “Deste modo quem, mesmo inconscientemente, combate o instituto familiar”, entendido na exclusiva acepção da família fundada sobre o matrimónio entre um homem e uma mulher, “debilita a paz na comunidade inteira, nacional e internacional, porque enfraquece aquela que é efectivamente a principal ‘agência’ de paz. Este é um ponto que merece especial reflexão : tudo o que contribui para debilitar a família fundada sobre o matrimónio de um homem e uma mulher (…) constitui um impedimento objectivo no caminho da paz.”

Se lermos o documento “Considerações acerca dos projectos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais”, de 3 de Junho de 2003, aprovado pelo Papa João Paulo II e assinado pelo então Cardeal Ratzinger, não se torna muito difícil entender o que significa, para o Papa Bento XVI, “combater” o instituto familiar ou “debilitar” a família : entre outros assuntos, no elenco das coisas nocivas, estão as uniões homossexuais. Na tentativa social e política de reconhecimento legal das uniões do mesmo sexo, a Congregação Para a Doutrina da Fé vê uma concorrência e um ataque à instituição da família e do casamento. “Reconhecer legalmente as uniões homossexuais, ou equipará--las ao matrimónio, significaria não só aprovar um comportamento desviante, com a consequência de torná-lo um modelo na sociedade actual, mas também ofuscar valores fundamentais que pertencem ao património comum da humanidade”, lê-se nesse documento.

Não será, portanto, totalmente despropositado concluir, quanto à mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz, que os homossexuais que aspirem, “mesmo inconscientemente”, ao reconhecimento legal das uniões do mesmo sexo são considerados por Bento XVI, pessoas que “debilita[m] a paz na comunidade inteira, nacional e internacional”. Sendo a expressão “mesmo inconscientemente” uma expressão de longo alcance, podemos dizer que as palavras do Papa abrangem, na prática, todos os homossexuais, isto é, qualquer um de nós.

Assim, desde o Catecismo da Igreja Católica, que continua a afirmar que “os actos homossexuais são intrinsecamente desordenados”, passando pelo documento “Considerações acerca dos projectos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais”, até à recente mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz de 2008, estende-se um arco cada vez mais definido ideologicamente, sempre à volta do tema da família, de incompreensão da homossexualidade. Só nos restava, por fim, sermos considerados ameaças à paz, “mesmo inconscientemente”.

Como católicos de condição homossexual, perante a magnitude da incompreensão, é preciso reagir e fazer alguma coisa. Talvez a constituição de uma Associação de Pais, Amigos e Familiares de Pessoas Homossexuais, de carácter não-confessional, seja uma possível resposta, humilde e pacífica.

Trata-se de dar voz a experiências positivas de integração da homossexualidade nas famílias em que nascemos e nos círculos de amigos, muitos deles heterossexuais, em que fomos crescendo, experiências vividas por alguns de nós e partilhadas com todos no grupo. É uma vivência humana e espiritual valiosa, vivência de pessoas comuns e amadas por Deus, fora das convenções que pretendem transformar a família num mero artefacto ideológico, vivência de tantas coisas belas que não se pode perder e deve ser testemunhada num contexto mais amplo e público, de forma a dar muito fruto, e frutos de bem, que o mesmo é dizer, frutos de paz.

Da mesma forma, as experiências negativas vividas por outros de nós, experiências de violência homofóbica sofrida no dia-a-dia nas mais diversas circunstâncias, clarificaram-nos interiormente a percepção da raiz profunda do preconceito e podem também tornar-se úteis e portadoras de alguma mudança positiva na sociedade.

Temos de lutar mais e melhor, sem olhar ao imprevisível resultado do esforço, num atrasado país católico como o nosso, pelo reconhecimento da dignidade da nossa condição, pela defesa dos nossos direitos enquanto homossexuais, pela transformação das mentalidades e erradicação do preconceito que está na origem de todas as formas de violência que padecemos.

Lembrámo-nos de escolher a oliveira, árvore que simboliza a paz, para sigla e nome da Associação, por tudo o que ficou dito. E é igualmente num propósito de concretizar a esperança, recordados das exortatórias reflexões do Papa Bento XVI na sua segunda carta encíclica “Salvos na esperança”, que este projecto, de carácter não--confessional, ensaia os primeiros passos. São as próprias palavras do Sumo Pontífice, nessa encíclica, que queremos citar aqui para exprimir a razão desta proposta : “A fé em Cristo nunca se limitou a olhar só para trás nem só para o alto, mas olhou sempre também para a frente”.

Votos de paz e de bom ano,


João Noronha José António Almeida

Como é óbvio eu subscrevo ! Quim


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publicado por Riacho, em 22.12.07 às 22:03link do post | favorito

 

CARTA ABERTA AOS MEMBROS DO “RIACHO”


Caros amigos,

Gostaríamos de partilhar convosco algumas reflexões acerca da recente mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial da Paz de 2008.

A mensagem do Papa, que tem por título “Família Humana, Comunidade de Paz”, num ponto que muito especificamente nos concerne, diz : “Deste modo quem, mesmo inconscientemente, combate o instituto familiar”, entendido na exclusiva acepção da família fundada sobre o matrimónio entre um homem e uma mulher, “debilita a paz na comunidade inteira, nacional e internacional, porque enfraquece aquela que é efectivamente a principal ‘agência’ de paz. Este é um ponto que merece especial reflexão : tudo o que contribui para debilitar a família fundada sobre o matrimónio de um homem e uma mulher (…) constitui um impedimento objectivo no caminho da paz.”

Se lermos o documento “Considerações acerca dos projectos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais”, de 3 de Junho de 2003, aprovado pelo Papa João Paulo II e assinado pelo então Cardeal Ratzinger, não se torna muito difícil entender o que significa, para o Papa Bento XVI, “combater” o instituto familiar ou “debilitar” a família : entre outros assuntos, no elenco das coisas nocivas, estão as uniões homossexuais. Na tentativa social e política de reconhecimento legal das uniões do mesmo sexo, a Congregação Para a Doutrina da Fé vê uma concorrência e um ataque à instituição da família e do casamento. “Reconhecer legalmente as uniões homossexuais, ou equipará--las ao matrimónio, significaria não só aprovar um comportamento desviante, com a consequência de torná-lo um modelo na sociedade actual, mas também ofuscar valores fundamentais que pertencem ao património comum da humanidade”, lê-se nesse documento.

Não será, portanto, totalmente despropositado concluir, quanto à mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz, que os homossexuais que aspirem, “mesmo inconscientemente”, ao reconhecimento legal das uniões do mesmo sexo são considerados por Bento XVI, pessoas que “debilita[m] a paz na comunidade inteira, nacional e internacional”. Sendo a expressão “mesmo inconscientemente” uma expressão de longo alcance, podemos dizer que as palavras do Papa abrangem, na prática, todos os homossexuais, isto é, qualquer um de nós.

Assim, desde o Catecismo da Igreja Católica, que continua a afirmar que “os actos homossexuais são intrinsecamente desordenados”, passando pelo documento “Considerações acerca dos projectos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais”, até à recente mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz de 2008, estende-se um arco cada vez mais definido ideologicamente, sempre à volta do tema da família, de incompreensão da homossexualidade. Só nos restava, por fim, sermos considerados ameaças à paz, “mesmo inconscientemente”.

Como católicos de condição homossexual, perante a magnitude da incompreensão, é preciso reagir e fazer alguma coisa. Talvez a constituição de uma Associação de Pais, Amigos e Familiares de Pessoas Homossexuais, de carácter não-confessional, seja uma possível resposta, humilde e pacífica.

Trata-se de dar voz a experiências positivas de integração da homossexualidade nas famílias em que nascemos e nos círculos de amigos, muitos deles heterossexuais, em que fomos crescendo, experiências vividas por alguns de nós e partilhadas com todos no grupo. É uma vivência humana e espiritual valiosa, vivência de pessoas comuns e amadas por Deus, fora das convenções que pretendem transformar a família num mero artefacto ideológico, vivência de tantas coisas belas que não se pode perder e deve ser testemunhada num contexto mais amplo e público, de forma a dar muito fruto, e frutos de bem, que o mesmo é dizer, frutos de paz.

Da mesma forma, as experiências negativas vividas por outros de nós, experiências de violência homofóbica sofrida no dia-a-dia nas mais diversas circunstâncias, clarificaram-nos interiormente a percepção da raiz profunda do preconceito e podem também tornar-se úteis e portadoras de alguma mudança positiva na sociedade.

Temos de lutar mais e melhor, sem olhar ao imprevisível resultado do esforço, num atrasado país católico como o nosso, pelo reconhecimento da dignidade da nossa condição, pela defesa dos nossos direitos enquanto homossexuais, pela transformação das mentalidades e erradicação do preconceito que está na origem de todas as formas de violência que padecemos.

Lembrámo-nos de escolher a oliveira, árvore que simboliza a paz, para sigla e nome da Associação, por tudo o que ficou dito. E é igualmente num propósito de concretizar a esperança, recordados das exortatórias reflexões do Papa Bento XVI na sua segunda carta encíclica “Salvos na esperança”, que este projecto, de carácter não--confessional, ensaia os primeiros passos. São as próprias palavras do Sumo Pontífice, nessa encíclica, que queremos citar aqui para exprimir a razão desta proposta : “A fé em Cristo nunca se limitou a olhar só para trás nem só para o alto, mas olhou sempre também para a frente”.

Votos de paz e de bom ano,


João Noronha José António Almeida

Como é óbvio eu subscrevo ! Quim


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publicado por Riacho, em 21.12.07 às 23:29link do post | favorito

Vai ser Natal.....que correria, que azáfama, que compras, que prendas....

Gasta-se tintas em postais e a língua em selos.

Será que é só no Natal que se deve desejar coisas boas , tais como Saúde , Paz, Amor? Alguns ousam ir mais longe...desejar muitas prendas (caras melhor ainda...) no sapatinho.

Foi simpático receber a mensagem de Feliz natal do Rumos Novos e desde já agradeço. As mailing list têm destas maravilhas, não é zé!

Entao vai aqui um desejo muito especial, não só para mim, mas para ti, e para ti...e para ti...sim tu ai, que vieste visitar este blog e tu ...ó´tu, que te enganaste e vieste aqui parar ...a todos : Homens , Mulheres, gays, Homos, Bi's, Heteros, Transgender, Lesbicas Coxos, Altos, Belos, Gordos, Pretos, Brancos, ...a todos....TODOS!

Desejo-vos Esperança SEMPRE

Desejo-vos Alegria SEMPRE

Desejo-vos Paz SEMPRE

Desejo-vos o Amor SEMPRE,

 e porquê SEMPRE,

porque Ele quando Nasceu foi para nos Salvar e SEMPRE!

Com amor fraterno

Quim


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publicado por Riacho, em 19.12.07 às 00:53link do post | favorito

 

"Muita gente me pergunta o que penso da homossexualidade. se tiverem uma religião é melhor decidirem o que fazer segundo a vossa crença. [....] Sendo assim não há qualquer razão para rejeitar os homossexuais ou ter para com eles uma atitude discriminatória.

Acrescentaria que tão pouco é justo denegrir sistematicamente as religiões que proscrevem a má conduta sexual, simplesmente por isso não condizer com as nossas ideias ou com a nossa maneira de ser. Antes de criticar uma regra é bom tentar compreender as verdadeiras razões que a motivam."

 

 in Conselhos do Coração, SS Dalai Lama, ed Asa p 56


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publicado por Riacho, em 18.12.07 às 00:07link do post | favorito

Vinha eu ver o vrede esperança..e afinal havia uma série de alterações que desformataram o belo trabalho do Zé de Évora. Acho que fui a tempo de reparar a minha asneira cibernautica!

Estou cansado..consola-me as festas da gata....é bom ter alguém que nos recebe sempre com tanta alegria:). ..Pronto salta para o meu colo e lá vão mais uma turras, umas lambidelas....

Sabe bem....

Li hoje um texto belo do dalai lama sobre os homossexuais, refere-se inclusivé aos homossexuais católicos e à posição da Hierarquia catolica...vou ver se tenho um bocadinho para o transcrever....

Boas noites..vou jantar

Quim

 

 

 


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publicado por Riacho, em 17.12.07 às 00:28link do post | favorito

Fui à missa ontem, facto que já não fazia, infelizmente há umas 3 semanas.

Soube-me bem, fui à paróquia que me viu crescer, cujos rostos, cheiros e sabores me são familiares. Sorrisos....olha quem é ele...desaparecido!

Ao entrar na Igreja a missa já tinha começado, cantava-se o salmo...e por uma voz, essa também, familiar. Triste anunciava com alegria a misericordia do Senhor!

As plantas que enfeitam a Igreja estavam maiores, algumas forma gentilmente mudadas para zonas mais discretas, perderam o seu protagonismo, porque cresceram, tornaram.se muito visiveis, ofuscavam...agora cabe-lhes manter verde as zonas mais discretas da Igreja.

As pessoas, sabiam ao mesmo. Mas estavam diferentes. A Dona C. cheia de caelos brancos, que bonita. A dona L, sempre com as suas maleitas e ontem uma nova para a qual me pediu a minha opinião.

Falava-se na Liturgia da palavra em Joao Batista. "Uma voz brada no deserto: preparai o caminho do Senhor!".

O Senhor está a chegar...

Tantos anos ouvi naquele mesmo sitio, com muita daquela gente este Evangelho. Muitos Natais celebrámos juntos....

Este ano será diferente? Que novos caminhos teremos que preparar?

Eu pensava em como a minha vida mudou, em como situações novas me surgem todos os dias. Em como preciso de manter constante este "endireitar das veredas". A começar pela frequência à Eucaristia.Alguns julgam que não é essencial, mas sabe-me bem....sinto-me bem...melhor...como se de um acto terapêutico se tratasse.

Ao preparar a minha caminhada pensava no Riacho. Nesta pequena linha de água, e pedia a Deus, que a segure. Nao a deixe secar apesar do calor abrasador que ás vezes se faz sentir...(ou do vazio frio da noite silenciosa!)

Afinal começei o Advento tarde, mas começei...e sabe bem...afinal Ele que é Esperança está a chegar...e sempre

 

Um abraço carinhoso e fraterno

Quim

 

 


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