ESPAÇO DE ENCONTRO E REFLEXÃO ENTRE CRISTÃOS HOMOSSEXUAIS em blog desde 03-06-2007
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publicado por Riacho, em 22.01.10 às 23:52link do post | favorito

Que autoridade tem o cardeal pariarca para fazer as afirmações que a seguir se publicam quando ele próprio não se junta a nenhuma mulher para procriar? Onde estão as razões teológicas para excluir os homossexuais de formar uma família? Quer com estas declarações afirmar que os casais heterossexuais que não procriam não são verdadeiras famílias?  Só temos medo do que desconhecemos e o senhor cardeal patriarca mostra desconhecer o que a ciência diz sobre a homossexualidade e que esta condição não se pega às famílias heterossexuais pelo que na família humana há lugar para todos com igual dignidade. Queira Deus que ainda seja no tempo do cardeal patriarca que a chamada teologia gay abra uma nova visão aos responsáveis da Igreja e esta seja cada vez mais inclusiva e mais una não afastando nenhum irmão da dignidade de filho de Deus só porque tem diferenças sejam elas de que natureza forem. 

 

Carlos

 

O cardeal patriarca de Lisboa afirmou hoje que a Igreja “nunca aceitará” o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, argumentando que a família se baseia no “contrato entre um homem e uma mulher”, “onde acontece a procriação”.

D. José Policarpo entende que a cidade precisa de famílias tradicionais D. José Policarpo entende que a cidade precisa de famílias tradicionais (Joana Bougard (arquivo))

D. José Policarpo escolheu o dia de São Vicente, principal padroeiro de Lisboa, para, numa homilia na Sé Patriarcal, declarar que “não se salvará a cidade se não se salvar a família”.

Esta é a primeira intervenção pública do cardeal patriarca de Lisboa após a polémica em torno da inclusão de casamentos entre homossexuais nos casamentos de Santo António, admitida pelos serviços camarários e depois recusada pelo presidente da Câmara de Lisboa, António Costa (PS).

“Ajudar a família é, antes de mais, respeitá-la na sua dignidade e na sua natureza antropológica de instituição baseada no contrato entre um homem e uma mulher, que origine uma comunidade específica, onde acontece a procriação e a caminhada em conjunto na descoberta da vida”, declarou D. José Policarpo.

Este é um dos “pontos concretos que desafiam o compromisso cooperante de todos os intervenientes na construção da cidade” referidos pelo patriarca, que afirmou que “a participação da Igreja na construção da cidade tem de processar-se em convergência cooperante com outras instituições com responsabilidade, os poderes políticos, de modo particular o poder autárquico, a Santa Casa da Misericórdia, outras instituições da sociedade civil”.

“Nessa participação no bem-comum da cidade, a Igreja está com os seus valores próprios”, recordou, depois de sublinhar que “o princípio da cooperação entre Igreja e os poderes públicos inspira a nova Concordata”.

Para o cardeal patriarca, “o projecto de lei, recentemente votado na Assembleia da República, em ordem a reconhecer que uniões entre pessoas do mesmo sexo são casamento e fundam uma família, altera a dignidade da família natural, levará ao enfraquecimento da sua auto-estima e contribuirá para o enfraquecimento da comunidade familiar”.

“A Igreja nunca aceitará a equivalência ao casamento das uniões entre pessoas do mesmo sexo, seja qual for o enquadramento legal que, porventura, lhe venha a ser dado”, declarou.

D. José Policarpo afirmou também que a Igreja nunca permitirá, em nenhuma expressão da sua acção com famílias, “que as uniões de pessoas do mesmo sexo toldem a beleza e a verdade dos autênticos casamentos”.

Com a aprovação da lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o patriarca prometeu um “empenhamento renovado no apoio aos casais, valorizando a complementaridade e a estabilidade dos esposos”.

Segundo o cardeal patriarca, a “fidelidade” e “harmonia” dos casais são “ameaçadas pela cultura ambiente, que veicula a provisoriedade de tudo e a dimensão consumista do próprio amor”.

“A comunhão entre os esposos é bela, mas não é fácil. Os católicos sabem que a fidelidade e a profundidade do seu amor só é possível com a força de Deus, garantida no sacramento do matrimónio”, sustentou.

Fonte: http://www.publico.pt/Sociedade/igreja-nunca-aceitara-o-casamento-entre-homossexuais_1419319

 

 


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