ESPAÇO DE ENCONTRO E REFLEXÃO ENTRE CRISTÃOS HOMOSSEXUAIS em blog desde 03-06-2007
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publicado por Riacho, em 12.05.14 às 19:29link do post | favorito

Um livro que parece ser uma longa carta ao Papa Francisco sobre a questão homossexual depois da famosa frase:"Quem sou eu para julgar um gay?". A pergunta da qual se parte: o que é a violência para Jesus? "Violência, paraJesus, é imputar aos diferentes, aos rejeitados e aos oprimidos que eles são constitutivamente negativos, colocando no coração da sua autoconsciência a culpa e o desprezo por serem o que são, mesmo não tendo feito mal a ninguém".

A resenha é da filósofa e jornalista italiana Delia Vaccarello, vencedora do prêmio For Diversity Against Discrimination, da União Europeia. O artigo foi publicado no jornal L'Unità, 07-05-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Se a violência é induzir os "diferentes" a punirem a si mesmos com as próprias mãos, assimilando os ditames de uma doutrina segundo a qual a condição homossexual é uma tendência de "desordem objetiva", torna-se evidente a contradição entre o anúncio de salvação de Jesus e a condenação do amor gay e lésbico por parte da doutrina oficial católica.

Essa é a tese na base do livro de Paolo Rigliano, a partir do dia 12 de maio nas livrarias, intitulado Gesù e le persone omosessuali (ed. La meridiana), que abre à esperança. Com a carta-livro, Rigliano (autor, dentre outros, de Amori senza scandalo, Ed. Feltrinelli; Curare i gay?, Ed. Cortina) reúne entrevistas realizadas ao longo de quatro anos com personalidades de destaque entre as quais aparecem Alberto MaggiVito MancusoFranco BarberoElizabeth Green.

A questão dirigida a todos é: "como seguir Jesus?". E ela é formulada a partir deste princípio: "Para Simone Weil, violência é impor aos outros – os oprimidos – que sonhem e realizem o sonho do dominador, egocêntrico e exclusivo. A mensagem de Jesus nega na raiz essa violência, toda violência: compromete a criar as condições interiores e exteriores para que floresça o desejo e o sonho de cada um – dos diferentes e dos rejeitados em primeiro lugar".

A pergunta, então, torna-se uma vara divinatória que busca uma solução capaz de promover uma "relacionalidade nova" reconhecida pela doutrina: "Eu perguntei aos meus interlocutores como seguir Jesus e, portanto, dialoguei com eles sobre por que e como realizar uma acolhida integral da vida e do amor das pessoas lésbicas e gays: como fundamentá-lo e anunciá-lo, como antecipá-lo e suscitá-lo".

Das respostas de Elizabeth Green, vem à tona que Jesus não fala de homossexualidade porque isso não lhe interessa, porque o Evangelho "nos liberta da necessidade de criar categorias como 'homossexuais', 'mulheres', 'imigrantes', das quais eu tenho que me separar e que eu tenho que excluir para conseguir ser eu mesmo ou eu mesma".

Para Green, a "grandeza de Jesus está no fato de que ele se faz próximo de todos e de todas, vai ao encontro de todos e de todas", enquanto a oposição heterossexualidade/homossexualidade enrijece, multiplica as exclusões, engessa a sexualidade.

Alberto Maggi convida a buscar novas respostas: "A grande força que Jesus deu ao Evangelho é quando ele diz: 'O Espírito os acompanhará nas coisas futuras'. Ou seja, a comunidade tem a capacidade, graças ao Espírito Santo, de dar novas respostas às novas necessidades. Não se pode dar respostas velhas para as novas necessidades, portanto não se pode buscar nas Escrituras respostas a essa problemática".

Maggi se mostra confiante nas capacidades da Igreja de encontrar caminhos para evitar a exclusão, justamente porque os fechamentos sobre a sexualidade são e foram muito fortes, a ponto de serem paradoxais, e a reflexão está em andamento: "Ora, o pecado do divórcio é pior do que o de homicídio - diz o padre de Marche –, porque, se você matar a sua esposa e depois se arrepender, você retorna novamente à comunhão da Igreja. Mas se você se divorciar, não há mais perdão para você. É possível que seja mais grave se divorciar de um cônjuge do que matá-lo? Portanto, há comissões estudando isso, também o divórcio e a condição homossexual".

A propósito de "lei natural", com base na qual a homossexualidade é definida como "contra a natureza", Vito Mancusofornece uma leitura alta disso, alinhada com os Evangelhos: "A lei que vivifica a natureza é a lei da relação. Tudo o que favorece a relação está em conformidade com a lei natural; tudo o que impede a relação é contrário à lei natural". E o Evangelho é "relação que busca alimentar os outros a ponto de se fazer alimento, relação que se esvazia para saciar os outros". Portanto, argumenta Mancuso, o Evangelho diz "que esses afetos que você desenvolve em nível físico devem poder ser vividos sob a insígnia da relação total harmoniosa".

Com uma prosa discursiva, o livro, através dos diálogos, mostra como o livre pensamento está presente dentro da Igreja. Ele oferece aos fiéis homossexuais uma nova forma de ler a própria experiência, colocando em primeiro lugar não a lei que exclui, mas sim a relação e o amor de Deus. Ele se inscreve no rastro da interrogação traçada pelo Papa Francisco.


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publicado por Riacho, em 10.02.13 às 23:44link do post | favorito

Blaine (Nicholas Downs) é um típico jovem gay à procura do amor verdadeiro, porém sem muito sucesso até encontrar numa sala de chat Xander (David Loren), o homem dos seus sonhos. Eles rapidamente começam um relacionamento virtual. Em pouco tempo, eles decidem encontrar-se cara-a-cara para um encontro. Mas no mundo de Blaine, nada é fácil. Ele descobre que está a conversar com o seu novo namorado online com o perfil do seu companheiro de quarto: Cameron. O problema é que Cameron (Adam Huss) é um dançarino go-go boy sexy, e esse é o tipo que Xander está à espera para ver. Blaine convence o seu colega de quarto a passar-se por ele até que ele possa conquistar Xander com a sua inteligência e charme.




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publicado por Riacho, em 23.09.12 às 21:58link do post | favorito


Um caso de uma noite dá origem a um relacionamento. Uma história de amor pouco convencional entre dois jovens que tentam dar sentido a suas vidas. Passou no Queer e é um filme muito terno e que puxa muitos temas à reflexão. Para quem não viu pode ver online aqui: http://www.movie2k.to/Weekend-watch-movie-1245029.html Bons filmes!


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publicado por Riacho, em 23.05.12 às 22:52link do post | favorito

 

O cardeal de BerlimRainer Maria Woelki (foto), disse numa importante conferência católica na Alemanha, oKatholikentag que os relacionamentos de pessoas do mesmo sexo devem ser tratados de forma igual aos dos casais heterossexuais.

A análise é de Francis DeBernardo, publicada no sítio daNew Ways Ministry, 20-05-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Um artigo publicado no sítio The Local, uma agência de notícias em inglês da Alemanha, noticia:

"Ele disse a uma multidão na quinta-feira, 17, que a Igreja deveria ver, a longo prazo, as relações homossexuais fiéis assim como fazem com as heterossexuais. 'Quando dois homossexuais assumem a responsabilidade um pelo outro, se eles se relacionam uns com os outros de uma forma fiel e a longo prazo, então você tem que ver isso da mesma forma como as relações heterossexuais', disse Woelki a uma multidão estupefata, de acordo com uma notícia do jornal Tagesspiegel.

"Woekli reconheceu que a Igreja vê o relacionamento entre um homem e uma mulher como base para a criação, mas acrescentou que é hora de pensar mais sobre a atitude da Igreja com respeito às relações do mesmo sexo".

Falando na 98º Katholikentag, uma conferência que reuniu 60 mil católicos em MannheimWoelki se juntou a um crescente coro de vozes episcopais que estão clamando por uma mudança na recusa tradicionalmente absolutista da hierarquia a reconhecer a bondade moral das relações lésbicas e gays.

Em dezembro passado, o arcebispo Vincent Nichols, de Londres, ganhou as manchetes ao apoiar as uniões civis para casais de lésbicas e gays no Reino Unido. Naquele mesmo mês, o padre Frank Brennan, jesuíta estudioso de Direito na Austrália, também pediu o reconhecimento similar para os relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo. Em janeiro, Dom Paolo Urso, bispo de RagusaItália, também pediu o reconhecimento das uniões civis em seu país.

O mês de março de 2012 assistiu a uma explosão de questionamentos de prelados à proibição da hierarquia acerca da igualdade do casamento. No 7º Simpósio Nacional da New Ways MinistryDom Geoffrey Robinson, bispo australiano, pediu um total re-exame da ética sexual católica para permitir, dentre outras coisas, a aprovação moral dos relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo. A diocese de Manchester, em New Hampshire, apoiou um projeto de lei que legaliza as uniões civis (embora como uma medida paliativa para evitar a igualdade do casamento).

Dom Richard Malone, bispo de PortlandMaine, anunciou que a diocese não assumiria um papel ativo na oposição do próximo referendo do Estado sobre a igualdade do casamento, como havia feito em 2009. Na Itália, o cardeal Carlo Maria Martini, de Milão, afirmou em seu livro Credere e Conoscere (Crer e conhecer), que "eu não compartilho as posições daqueles que, na Igreja, criticam as uniões civis".

Embora a oposição à igualdade do casamento por parte da hierarquia, especialmente nos EUA, ainda seja grande e forte, é significativo que essas recentes declarações estejam todas desenvolvendo um tema similar de ao menos algum reconhecimento do valor intrínseco das relações lésbicas e gays, assim como da necessidade de proteção civil a elas. Que essa tendência continue e cresça


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publicado por Riacho, em 11.05.12 às 23:14link do post | favorito

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