ESPAÇO DE ENCONTRO E REFLEXÃO ENTRE CRISTÃOS HOMOSSEXUAIS em blog desde 03-06-2007
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publicado por Riacho, em 16.07.12 às 22:44link do post | favorito

Gays e lésbicas episcopalianos dos Estados Unidos estão celebrando a aprovação por parte da sua Igreja, no dia 10 de julho, de ritos litúrgicos para abençoar casais do mesmo sexo. Mas os conservadores estão ameaçando tomar medidas "drásticas" para se distanciarem da Igreja Episcopal.

A reportagem é de Daniel Burke, publicada no sítio Religion News Service, 12-07-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Os episcopalianos reunidos em sua Convenção Geral trienal em Indianápolis, nos EUA, aprovaram os novos ritos por maioria esmagadora. Membros leigos e pastores somaram 171 votos a favor e 41 contra as bênçãos do mesmo sexo. Os bispos tiveram 111 votos a favor e 41 contra, com três abstenções.

Fazendo isso, a Igreja Episcopal se juntou a um pequeno mas crescente número de grupos religiosos nos EUA que sancionaram ritos para celebrar uniões do mesmo sexo. Poucos, no entanto, fazem parte de órgãos internacionais.

Os episcopalianos, por outro lado, formam o ramo norte-americano da Comunhão Anglicana, uma irmandade com 85 milhões de membros no mundo inteiro e com raízes na Igreja da Inglaterra. Preocupados em manter a comunhão intacta, os líderes anglicanos alertaram a Igreja Episcopal contra a adoção de políticas pró-gays. Muitos anglicanos na África e em outras partes do mundo consideram o homossexualismo como pecaminoso.

No dia 11, David Brownlie-Marshall, representante do arcebispo de CanterburyRowan Williams, líder espiritual daComunhão Anglicana, disse: "O arcebispo não está planejando divulgar um comunicado nesta fase". Williams planeja se aposentar no fim deste ano.

A bispa episcopaliana presidente, Katharine Jefferts Schori, votou a favor das bênçãos do mesmo sexo no dia 9. Uma porta-voz disse que ela não estava disponível para comentar.

Rev. Susan Russell, antiga ativista dos direitos gays na Igreja Episcopal, louvou as novas bênçãos como um "passo rumo à plena inclusão de todos os batizados em todos os sacramentos". Mas o associado sênior da All Saints Church, de PasadenaCalifórnia, disse que o trabalho está incompleto.

Os ritos do mesmo sexo se assemelham a uma cerimônia de casamento, com uma troca de votos e de anéis – mas não são, tecnicamente, um matrimônio. Assim como não são as bênçãos incluídas no Livro de Oração Comum, o livro oficial da Comunhão Anglicana para celebrações e ritos, que define o matrimônio como sendo a união entre um homem e uma mulher.

Alguns ativistas gays já criticaram os novos ritos episcopalianos como "separados e desiguais".

Russell disse que as bênçãos, que a resolução aprovada no dia 10 chama de "provisórias", são uma fase do caminho, não o ponto final. "Estou bastante confiante de que, em três anos, voltaremos a nos encontrar e nos moveremos em direção à plena igualdade do matrimônio", disse.

Mas será que os episcopalianos conservador ainda estarão por perto para debater com eles?

A delegação da diocese da Carolina do Sul abandonou a Convenção Geral em protesto, no dia 11.

"Devido às ações da Convenção Geral, a delegação da Carolina do Sul concluiu que não podemos continuar como se não houvesse acontecido nada", disse a diocese em um comunicado. "Todos nós concordamos que não podemos e não permaneceremos no plenário da Câmara nem agiremos como se tudo estivesse normal".

No dia 10, o Rev. Kendall Harmon, teólogo canônico da diocese da Carolina do Sul, chamou a aprovação das bênçãos do mesmo sexo de "não bíblicas" e "inconvenientes".

"Ao tomar essa decisão, a Igreja Episcopal se move para longe de Jesus Cristo e seus ensinamentos", disseHarmon. "Assim, torna-se necessário para a diocese da Carolina do Sul tomar ações mais decisivas e dramáticas para se distanciar desse passo em falso".

Harmon disse que a Carolina do Sul não está necessariamente ameaçando se separar da Igreja Episcopal, como quatro dioceses fizeram desde que a Igreja consagrou um bispo gay em 2003. Mas a sua diocese já começou a se afastar da Igreja nacional, e os episcopalianos locais esperam agora que essa distância aumente, disse Harmon.

De acordo com as diretrizes aprovadas com as bênçãos do mesmo sexo, os bispos não têm que permiti-las em sua diocese. Os pastores também não podem ser forçados a realizá-las.

O bispo do TexasC. Andrew Doyle, disse que as congregações e os clérigos podem tomar suas próprias decisões, um plano publicamente apoiado pelo ex-secretário de Estado, James A. Baker.

"Pessoas 'linha-dura' dos dois lados da questão podem achar essa proposta falha", escreveu Baker, episcopaliano, no site da diocese. "Mas, para mim, essa parece ser a melhor forma de estabelecer uma situação em que os dois lados ganham, em que não há um grupo de vencedores e um grupo de perdedores".

O bispo Paul Marshall, de BethlehemPensilvânia, autoriza a bênção de casais do mesmo sexo desde 2009, quando a Igreja Episcopal removeu uma proibição temporária.

"Por um lado, há para nós, então, muito pouca novidade em ação por parte da Convenção Geral hoje", escreveu Marshall no dia 10 no site de sua diocese.

Mas "há algo muito novo no fato de a Igreja adotar publicamente um único rito para se usar sempre que as bênçãos sejam celebradas – em uma igreja tão liturgicamente centrada como a nossa, isso torna as bênçãos mais oficiais, mais ritualmente 'reais' e teologicamente substanciosas", disse Marshall.

Outras crenças

Os ramos conservador, reformista e reconstrucionista do judaísmo também permitem o casamento gay, assim como a Associação Unitária Universalista e a Sociedade Religiosa dos Amigos (Quakers).

Igreja Unida de Cristo, que tem cerca de 1,5 milhões de membros, é a única Igreja Protestante principal a sancionar o casamento gay. A porta-voz Barbara Powell disse que a Igreja começou a oferecer os mesmos ritos litúrgicos para casamentos hetero e homossexuais em 2005.

No início deste mês, a Igreja Presbiteriana dos EUA votou contra uma resolução que sancionaria os casamentos do mesmo sexo. A votação de uma proposta semelhante foi cancelada na convenção da Igreja Metodista Unida em maio.

 

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/511491-bencao-para-casais-homossexuais-na-igreja-episcopal-gera-reacoes-mistas


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publicado por Riacho, em 11.07.12 às 23:23link do post | favorito

Com quase 2 milhões de membros nos Estados Unidos, a Igreja Episcopal se tornou a primeira importante instituição religiosa americana a abençoar a união homossexual ontem.

A informação é do jornal Folha de S. Paulo, 11-07-2012.

Em convenção nacional em Indianápolis, a Câmara de Bispos da igreja apoiou, por 111 votos contra 41, a união entre pessoas do mesmo sexo em todo o país.

A decisão também passou com folga na câmara que reúne clérigos e leigos.

A igreja, no entanto, destacou que o movimento não autoriza o casamento entre pessoas do mesmo sexo, já que isso vai além da decisão religiosa, envolvendo autoridades civis.

A grande maioria dos Estados americanos ainda não aprovou esse tipo de união.

"Uma bênção é diferente de um casamento. Uma bênção é uma resposta teológica a uma relação de compromisso, monogâmica", disse Nancy Davidge, representante da instituição. A cúpula episcopal discute a questão desde 2009.

Entretanto, mesmo com a medida aprovada, os bispos poderão decidir se vão colocá-la em prática. Membros do clero que se opuserem à união homossexual não serão obrigados a dar sua bênção.

Até agora, a principal instituição religiosa a apoiar a união entre pessoas do mesmo sexo em todo o país era a protestante Igreja Unida de Cristo.

Recentemente, as igrejas Presbiteriana Metodista dos EUA se recusaram a fazer o mesmo movimento.

Ligada à Igreja Anglicana, a Episcopal teve a aprovação de seu primeiro bispo assumidamente gay em 2003. Ontem, também deu seu aval à ordenação de transexuais.

As polêmicas decisões já levaram à criação de um organização episcopal separada, por líderes conservadores.

 

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/511388-igreja-episcopal-dos-eua-dara-bencao-a-uniao-gay


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publicado por Riacho, em 17.05.10 às 19:30link do post | favorito

A Igreja Episcopal dos Estados Unidos – que representa o anglicanismo no país – ordenou neste sábado sua primeira bispa abertamente lésbica. A ordenação de Mary Glasspool foi realizada apesar das advertências do arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, que disse que isso aprofundaria a disputa em torno da orientação sexual dos prelados.

Glasspool se tornou bispa auxiliar em uma cerimônia celebrada em Long Beach, Califórnia, da qual participaram 3.000 pessoas.

A reportagem é do sítio Religión Digital, 16-05-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Em 2003, Gene Robinson se tornou o primeiro bispo abertamente gay dos EUA. A Comunhão Anglicana – a afiliação mundial de Igrejas anglicanas – ficou à beira da ruptura.

Junto com Mary Glasspool, Diane Jardine Bruce também foi ordenada bispa neste sábado.

Ambas foram designadas em dezembro como as primeiras bispas mulheres da diocese de Los Angeles, que tem 114 anos de história.

Robert Pigott assegurou que a ordenação de Mary Glasspool foi interpretada como uma deselegância da liberal Igreja Episcopal dos EUA com outras Igrejas anglicanas de todo o mundo.

O arcebispo de Canterbury pediu que a Igreja Episcopal não realizasse a ordenação, advertindo que ela aprofundaria as diferenças com os tradicionalistas anglicanos que consideram a homossexualidade ativa um pecado.

É provável que a ordenação de Glasspool acelere a marginalização da Igreja Episcopal e aumente a tensão entre anglicanos em outros lugares.

No começo, a Igreja Episcopal aceitou suspender a ordenação de bispos abertamente homossexuais, mesmo que depois tenha revogado essa decisão.

Para ler mais:

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=32496


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publicado por Riacho, em 16.03.10 às 23:05link do post | favorito

"For the Bible Tells Me So" é um documentário de 2007 dirigido por Daniel G. Karslake sobre homossexualidade e o conflito com a religião, mostrando também algumas interpretações sobre o que a bíblia realmente diz sobre a sexualidade entre duas pessoas do mesmo género. Os vídeos (7/10, 8/10, 9/10 e 10/10) também incluem segmentos de entrevistas com grupos de pais religiosos, expondo as suas experiências pessoais na criação e aceitação dos seus filhos homossexuais.

 

 

 

 


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publicado por Riacho, em 07.12.09 às 19:22link do post | favorito

Bispa lésbica: um novo escândalo entre os episcopalianos dos EUA
 

Igreja Episcopal dos Estados Unidos elegeu uma mulher lésbica como seu segundo bispo abertamente gay, uma medida que poderia reavivar a polêmica que surgiu há seis anos com a primeira nomeação de um hierarca homossexual nesse país, Gene Robinson.

A reportagem é do sítio Religión Digital, 06-12-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A reverenda Mary Glasspool, de 55 anos, foi eleita bispa assistente na diocese de Los Angeles.

"Estou muito contente com o futuro de toda a Igreja Episcopal e vejo a diocese de Los Angeles liderando o caminho para esse futuro", disse Glasspool, segundo o site da diocese.

Sua nomeação deverá ser aprovada pela liderança nacional da Igreja norte-americana, que faz parte do movimento anglicano no resto do mundo.

Em julho, a Igreja Episcopal de dois milhões de fiéis levantou uma moratória à eleição de bispos homossexuais, que havia sido interpretada por alguns grupos como um "cessar fogo" entre facções liberais e mais conservadoras e a comunidade mundial de 77 milhões  de fiéis anglicanos.

Os conservadores norte-americanos formaram uma Igreja rival após a designação, em 2003, de Gene Robinson, um religioso homossexual, como bispo de New Hampshire.

Desde essa data, o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, que lidera os fiéis anglicanos em todo o mundo, foi pressionado para aceitar a nomeação de religiosos homossexuais.

Os tradicionalistas insistem que a Bíblia proíbe a homossexualidade de forma taxativa, enquanto que os liberais defendem que o texto sagrado deveria ser interpretado de acordo com uma visão contemporânea.

"Para uma comunidade anglicana já dividida pela questão da homossexualidade, essa eleição é mais um sinal das divisões da Igreja", indicou o correspondente de assuntos religiosos da BBC, Chris Landau.

"Para a maioria dos anglicanos africanos, um hierarca eclesiástico abertamente gay é algo impensável. No entanto, para muitos nos EUA eleger bispos reconhecidamente homossexuais simplesmente reflete a diversidade proclamada pela Igreja há muito tempo", acrescentou.

A máxima hierarca da Igreja Episcopal, a bispa presidente Katherine Jefferts Schori, indicou que consagrará qualquer bispo cuja eleição siga as normas eclesiásticas.

Para ler mais:

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=28124


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publicado por Riacho, em 06.08.09 às 23:09link do post | favorito

 Uma coalizão de 13 grupos progressistas da Igreja Episcopal da Inglaterra (Anglicana) está fazendo um lobby para que a instituição regularize a ordenação de LGBT para o bispado e a bênção a casais do mesmo sexo.

 

Com a proximidade das eleições em 2010, os grupos planejam lutar por uma maioria liberal nos assentos do Sínodo Geral, para mudar de vez a posição oficial da Igreja sobre a aceitação de homossexuais.

 

Um documento oficial das 13 organizações criticou a sugestão do Arcebispo de Canterbury, Dr. Rowan Williams, de que a questão sobre os gays tivesse “dividido a Igreja em duas”. O parecer coletivo também pede a ‘inclusão total de pessoas LGBT em todos os níveis do ministério’.

 

O Arcebispo tinha escrito em seu site no fim de julho que a Igreja poderia ter que encarar ‘duas formas de se testemunhar a herança anglicana’ para evitar um cisma, acrescentando que ‘a escolha do estilo de vida homossexual tem certas consequências’. O texto se referia à decisão da Igreja Episcopal dos EUA de rejeitar uma moratória de três anos na ordenação de bispos LGBT. Nesta semana, foram indicados os nomes de um gay e uma lésbica para o bispado de Los Angeles e outra lésbica para o cargo em Minnesota.

 

A coalizão pró-LGBT publicou nesta terça-feira (04/08) o documento “Sobre as Reflexões do Arcebispo”, em que ataca o uso da expressão ‘escolha de estilo de vida’ e afirma que as palavras deles são ‘inconsistentes com afirmações anteriores’. “Reflexões” traz ainda a seguinte afirmação:

 

“Enquanto aplaudimos a afirmação [do Arcebispo] de que somos chamados para ‘nos tornarmos a Igreja que Deus deseja que sejamos, para a melhor proclamação do gospel libertário de Jesus Cristo’, não achamos qualquer indicação de como isso pode ser conseguido por aqueles que não são heterossexuais”.

 

O grupo planeja realizar um censo anônimo no clero para determinar a proporção de pessoas LGBT, quantas estão em relacionamentos com pessoas do mesmo sexo e quantas já realizaram bênçãos para casais desse tipo. A estimativa é de que cerca de 20% do clero episcopal de Londres seja formado por lésbicas, gays e pessoas trans.

 

O Reverendo Canon Giles Goddard, à frente do Grupo Igreja Inclusiva, descreveu o documento como “uma afirmação do amplo espectro da crença anglicana” e disse que “esperamos ter finalizado esse processo em cinco, no máximo dez anos. Estamos entediados com essa demora. Todas as pessoas da Igreja, LGBT ou não, esperam que ela as faça se sentirem bem-vindas. Essas pessoas aguardam em silêncio o fim dessa questão”.

 

 

 

Os grupos que assinam o documento são: Accepting Evangelicals, Changing Attitude,
The Clergy Consultation, Courage, Ekklesia, Evangelical Fellowship of Lesbian and Gay Anglicans, General Synod Human Sexuality Group, Group for the Rescinding of the Act of Synod, Inclusive Church, Lesbian and Gay Christian Movement (Anglican Matters), Modern Churchpeople’s Union, Sibyls e WATCH National Committee.

 

 

Fonte: Pink News, publicado em 5 de agosto de 2009.

Versão para o português: Eduardo Peret


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