ESPAÇO DE ENCONTRO E REFLEXÃO ENTRE CRISTÃOS HOMOSSEXUAIS em blog desde 03-06-2007
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publicado por Riacho, em 31.01.13 às 21:26link do post | favorito

Recusar a tomar conhecimento de certas obras ou de trocar argumentos com certos parceiros sem mostrar um a priori benevolente e propenso ao debate não é a melhor maneira de progredir rumo à verdade.

A opinião é de Anne-Marie de la Haye, secretária do Comité de la Jupe, grupo de católicos e católicas leigos franceses, em artigo publicado no sítio da entidade, 27-01-2013. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Somos cristãs e cristãos, vinculados à mensagem do evangelho, e vivemos fielmente esse vínculo no seio da Igreja Católica. A nossa experiência profissional, os nossos engajamentos associativos e as nossas vidas de homens e de mulheres nos dão a competência para analisar as evoluções das relações entre os homens e as mulheres nas sociedades contemporâneas, e para discernir os sinais dos tempos.

Tomamos conhecimento das recomendações do nosso Santo Padre, o Papa Bento XVI, dirigidas ao Pontifício Conselho Cor Unum, nas quais ele expressa a sua oposição contra o que ele chama de "teoria do gênero", colocando-a no mesmo plano das "ideologias que exaltam o culto da nação, da raça, da classe social". Consideramos essa condenação infundada e difamatória. A recusa que a acompanha de colaborar com toda instituição suscetível a aderir a esse tipo de pensamento é, a nosso ver, um erro grave, tanto do ponto de vista do caminho intelectual, quanto da escolha das ações tomadas a serviço do evangelho. Afirmamos aqui, com a máxima solenidade, que não podemos subscrevê-la.

Em primeiro lugar, ela é esterilizante. Com efeito, no domínio do pensamento, recusar a tomar conhecimento de certas obras ou de trocar argumentos com certos parceiros sem mostrar um a priori benevolente e propenso ao debate não é a melhor maneira de progredir rumo à verdade. O que teria acontecido se Tomás de Aquino tivesse se abstido de ler Aristóteles, com o pretexto de que ele não conhecia o verdadeiro Deus e que as suas obras lhe haviam sido transmitidas por tradutores muçulmanos?

Além disso, in loco, saber se se deve ou não colaborar com atores animados por ideias diferentes das nossas é uma decisão que só pode ser tomada naquele lugar e naquele determinado momento, em função das forças políticas e da urgência da situação. O que teria acontecido, a propósito da luta contra o nazismo e o fascismo, se os resistentes cristãos tivessem se recusado a lutar ao lado dos comunistas, ateus e solidários de um regime criminoso?

Vamos agora ao fundo da questão: deixemos de permitir que se diga que a noção de gênero é uma máquina de guerra contra a nossa concepção de humanidade. É falso. Ela é o resultado de uma luta social, isto é, a luta pela igualdade entre homens e mulheres, que se desenvolveu há cerca de um século, inicialmente nos países desenvolvidos (Estados Unidos Europa), e da qual os países em desenvolvimento estão agora começando a sentir os frutos. 

Essa luta social estimulou a reflexão de pesquisadores em inúmeras disciplinas das ciências humanas; essas pesquisas ainda não terminaram e não constituem, de fato, uma "teoria" única, mas sim um campo diversificado e sempre em movimento, que não deveria ser reduzido algumas de suas expressões mais radicais.

O verdadeiro problema, portanto, não é o que se pensa da noção de gênero, mas sim o que se pensa da igualdade homem/mulher. E, de fato, a luta pelos direitos das mulheres coloca novamente em discussão a concepção tradicional, patriarcal, não igualitária, dos papéis atribuídos aos homens e às mulheres na humanidade. Nas sociedades em desenvolvimento, em particular, a situação das mulheres ainda é tragicamente não igualitária. O acesso das mulheres à educação, à saúde, à autonomia, ao controle da sua fertilidade se depara com fortes resistências das sociedades tradicionais. 

Pior ainda: em alguns lugares, é constantemente ameaçado até mesmo o simples direito das mulheres à vida, à segurança e à integridade física. Não se pode, como faz o papa nos seus discursos sobre esse assunto, fingir que se saúda como autêntico progresso o acesso das mulheres à igualdade dos direitos e, ao mesmo tempo, continuar defendendo uma concepção de humanidade em que a diferença dos sexos implica uma diferença de natureza e de vocação entre os homens e as mulheres. Há nisso uma distorção intelectual insustentável.

Como negar, de fato, que as relações homem/mulher são objeto de aprendizagens influenciadas pelo contexto histórico e social? Fingir conhecer absolutamente, e com o desprezo de toda pesquisa realizada com as aquisições das ciências sociais, qual parte das relações homem/mulher deve fugir da análise sociológica e histórica manifesta um bloqueio do pensamento nada justificável. 

Por trás desse bloqueio do pensamento, suspeitamos que há uma incapacidade de tomar partido na luta pelos direitos das mulheres. Porém, essa luta não é, talvez, a dos oprimidos contra a sua opressão, e o papel natural dos cristãos talvez não é o de derrubar os poderosos de seus tronos?

Levantar-se a priori contra até mesmo o uso da noção de gênero é confundir a defesa do evangelho com a de um sistema social particular. A Igreja, de fato, cometeu esse erro há dois séculos e meio, confundindo defesa da fé e defesa das instituições monárquicas, e mais tarde dos privilégios da burguesia. Refazendo um erro semelhante, nós nos condenaríamos a uma marginalização ainda maior do que a que já nos encontramos. 

Como não temer que essa condenação apressada seja uma das correntes de uma cruzada antimodernista que visa a demonizar uma evolução contrária às posições adquiridas pela instituição?

É por isso que, com profunda preocupação, nós apelamos aos fiéis católicos, aos padres, aos religiosos e religiosas, aos diáconos, aos bispos, para que evitem à nossa Igreja esse impasse intelectual e para que saibam reconhecer, por trás de uma disputa sobre termos, o que verdadeiramente está em jogo na luta pelos direitos das mulheres e o lugar certo da sua Igreja nessa luta evangélica.


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publicado por Riacho, em 28.04.12 às 15:57link do post | favorito

Menos católicos mais católicos?

por ANSELMO BORGES


Foi publicada há dias uma síntese do estudo sobre "Identidades religiosas em Portugal: identidades, valores e práticas - 2011", realizado pela Universidade Católica.

A primeira nota a realçar é o nível científico do estudo, destacado por todos os peritos na matéria. Deve--se também sublinhar o patrocínio da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e a transparência da publicação, apesar de os resultados não serem favoráveis à Igreja.

No estudo, mostra-se que o número dos católicos em Portugal caiu, entre 1999 e 2011, de 86,9% (1999) para 79,5% (2011). O número dos católicos diminuiu, mas aumentou a percentagem de pessoas com outra religião: de 2,7% em 1999 para 5,7% em 2011, sendo a posição dos protestantes e dos evangélicos a que mais cresceu: de 0,3% para 2,8%. Aumentou também o número dos sem religião: de 8,2% para 14,2% (neste universo dos que não têm religião, todas as categorias apresentam um acréscimo percentual: indiferentes, de 1,7% para 3,2; agnósticos, de 1,7% para 2,2%; ateus, de 2,7% para 4,1%).

Como conclui o relatório assinado por Alfredo Teixeira, do Centro de Estudos de Religiões e Culturas, da UC, referindo-se à reconfiguração da pertença religiosa em Portugal, "pode observar-se um decréscimo relativo da população que se declara católica e um incremento da percentagem relativa às outras posições de pertença religiosa, com um particular destaque para o universo protestante (incluindo os evangélicos)". "Globalmente, o crescimento relativo dos sem religião em relação ao número de católicos é mais pronunciado do que o crescimento do número dos pertencentes a outras denominações religiosas. Isto é particularmente relevante no caso da categoria 'crentes sem religião'" (4,6%). O conjunto constituído pelos não crentes concentra-se na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Como escreveu Vasco Pulido Valente, a diminuição percentual dos católicos "não se pode tratar como uma catástrofe" (já a sua afirmação de que "o católico típico português, como se esperaria, é hoje uma mulher da província e de meia-idade, longe de qualquer cidade importante e sem educação escolar (ou sem quase educação escolar)" é uma caricatura apressada). De qualquer modo, dizer, como fez o porta-voz da CEP, que "o que é essencial é a qualidade e não a quantidade" pode ser uma resposta preguiçosa.

As explicações para a situação são múltiplas, e a Igreja não é a única responsável. Assim, não se pode esquecer a secularização da consciência nem o materialismo e o hedonismo da nossa cultura bem como a abertura maior do mercado religioso, também por causa da imigração. O sentido de mais autonomia, maior prosperidade e a escolarização poderão contribuir para a indiferença religiosa, o ateísmo e a crença sem pertença. Mas, por parte da Igreja, não poderá ignorar-se a influência negativa dos escândalos da pedofilia, a ostentação do Vaticano, a hierarquização, que não favorece a real participação dos fiéis e nomeadamente das mulheres, a quebra no dinamismo pastoral do clero, a inadaptação aos novos tempos, concretamente no domínio sexual, que conduz a fracturas face à doutrina oficial.

As comunidades católicas vivas assentam em três pilares. O primeiro tem que ver com uma fé viva e esclarecida, capaz de dar razões. Neste domínio, penso que a Universidade Católica poderia cumprir melhor as suas responsabilidades. O outro diz respeito à prática do amor. Não há dúvida de que os católicos tanto a nível institucional como a nível individual e familiar têm sido exemplares no atendimento às carências dos mais desfavorecidos. Mas não basta: não deixa de impressionar que, se, quanto ao sentido da vida e à moral humanitária ou aos valores altruístas, a influência da religião se manifesta forte, é débil quanto ao sentido cívico-político, o que leva à pergunta: são só os 20% não católicos os responsáveis pela actual crise dramática do País? O terceiro pilar tem que ver com as celebrações: aqui, impõe-se um enorme investimento a fazer tanto nas homilias como na música, na sua dignidade e beleza.

 

Fonte: http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=2445558&seccao=Anselmo%20Borges&tag=Opini%C3%A3o%20-%20Em%20Foco&page=-1


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publicado por Riacho, em 29.06.11 às 19:47link do post | favorito

Para viver bem e verdadeiramente em andamento, Jean-Michel Dunand escolheu escrever e contar o seu itinerário, que resultou no livro De la honte à la lumière. (Presses de la Renaissance). Atualmente, animador de pastoral em um grande liceu católico de Montpellier, passou “da vergonha à luz”...

A entrevista é de Elisabeth Marshall e está publicada no sítio da revista francesa La Vie, 31-05-2011. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Desde muito cedo você sentiu que não era “semelhante aos outros”. Quando e como você descobriu sua homossexualidade?

Desde quando possa me lembrar eu era sensível ao corpo dos homens. Quando eu tinha seis anos, indo com meus pais para a festa popular, eu descobri que a beleza dos corpos masculinos me fascinava. Eu realmente não entendia e pensava que era o único no mundo a fazer esta experiência. Na minha pequena cidade de Albertville, na Sabóia, eu não tinha nenhum modelo homossexual com quem me identificar. Em almoços de família, às vezes se fazia menção a um primo, com mais de dez anos, exilado em outra cidade e que, segundo eles, tinha “costumes estranhos”, mas eu não sabia que ele e eu compartilhávamos talvez a mesma experiência.

Não se escolhe, você escreve, ser homossexual, assim como não se escolhe ser heterossexual. Isso não está no domínio da liberdade?

Levei um tempo para perceber que eu não tinha feito uma escolha, que eu não podia mudar. Minha homossexualidade se impôs a mim da mesma maneira que a minha estatura ou o meu porte físico. Eu nunca fui afeminado, refinado, mas quando eu jogava, era natural que eu exibisse os trejeitos de uma garota. Atraído pela vida religiosa, eu me imaginava como carmelita seguindo os passos de Teresa. Eu pensava: "Se fosse uma mulher, entraria na ordem." Não estou dizendo que a homossexualidade é inata, mas que ela se inscreve na singularidade de uma história. No entanto, nas mentes e nas igrejas, ainda perdura a ideia de que se pode mudar, de que é uma questão de vontade... Mas quem se exporia voluntariamente à diferença?

É com a escola, como adolescente, que o olhar dos outros começou a pesar.

Eu não disse nada, mas os outros meninos perceberam porque eu não gostava de esportes, futebol, jogos violentos. Eu sempre escondi, com medo de ser descoberto. Mais tarde, muitas vezes pensei que, se nos reconhecemos entre homossexuais é porque podemos ler no olhar do outro esta fadiga de perpetuamente ter que esconder quem se é. E depois houve aquele dia, na quinta, quando cheguei atrasado, eu tive que passar diante de toda a fila e enfrentar os insultos, “bicha”, “marica”... Eu fiz a experiência da vergonha, aquela que joga você vivo em um túmulo.

E depois, outro apelo, o da vida religiosa...

Sim, aos 8-9 anos, eu fui como que tomado por Cristo, eu chorei na Paixão de Jesus, lendo uma vida de santo oferecida por uma catequista. Mais tarde, aos 14 anos, sozinho na Abadia de Tamié, eu experimentei uma presença de amor, uma profunda paz. Eu guardei secretamente este encontro no meu coração e, ao mesmo tempo, eu me construí um personagem, aquele do perfeito cristão, futuro sacerdote que servia a missa, tinha a confiança do padre e ostentava uma grande cruz de madeira bem visível. Era mais fácil ser o aprendiz de santo do que o pequeno homem. Eu preferia que rissem da minha fé do que da minha homossexualidade. Eu levantei, com a religião, uma muralha ao redor de mim para me proteger do olhar dos outros e, principalmente, de mim mesmo, das minhas próprias divagações...

Estas são as páginas mais terríveis de seu livro. Você conta como, aos 14 anos, em Lourdes, você aceita as carícias de um estranho. A sexualidade sem o amor, você diz...

Naquele dia, o chão se abriu sob os meus pés. Senti-me indecente, mas também descobri que fui atraído. Entre 18 e 25 anos, eu vivi um verdadeiro aquartelamento, uma vida dupla, eu era o Dr. Jekyll e o Sr. Hyde. De um lado, no convento das carmelitas, nos grupos de oração e de evangelização, depois no seminário durante alguns anos, eu me apresentei como um modelo de fé, vestido de branco com um manto preto, sandálias nos pés... Do outro, eu me encontrei com homens às escondidas. Recusei-me a me instalar em qualquer relacionamento. Eu pensei que era menos grave, que era a minha única fragilidade e que à base de oração, de confissão, de vida sacramental, eu sairia dessa situação. As poucas vezes que eu me confessei, me falaram de “desvio”. Que me curaria pela oração de libertação. Nesse período, só Cristo não me abandonou.

O que você queria ouvir neste momento?

Olhando para trás, aos 46 anos, eu gostaria de ter sido compreendido em profundidade. Que me levasse de volta à realidade para não mais fugir, mas descobrir a minha humanidade mais profunda, minha afetividade, minha sexualidade, em vez de enterrar tudo sob uma pseudo-espiritualidade. Após ter ouvido muito, constato que não é incomum que as pessoas homossexuais comecem suas relações em ambientes sórdidos. Talvez porque seja proibido viver o amor e a ternura à luz do dia.

O que ajudou você?

Tentaram me curar, me exorcizar de qualquer maneira, queriam me internar para fazer uma sessão de regressão. Eu estava ficando cada vez pior, pensei em suicídio. E eu disse para mim mesmo "basta!". Foi a amizade que me ajudou. A de Patrick, um amigo que me abriu um outro caminho. Comecei a trabalhar como agente de um hospital que me permitiu retomar uma vida normal, uma apreciação adequada de mim mesmo e viver mais verdadeiramente a minha homossexualidade. Eu também encontrei o amor e agora vivo uma relação estável que já dura 20 anos. Finalmente, as pessoas confiam em mim. Sou animador de pastoral em uma escola católica há quase 16 anos graças à confiança que tive, com todo o conhecimento de causa, de um diretor de escola.

O que você está pedindo à Igreja hoje?

Eu não reivindico nada, exceto o direito de viver sem ser amputado de uma parte perdida de mim mesmo. Como católico, eu quero poder viver a minha fé e o desenvolvimento da minha sexualidade e da minha ternura partilhadas com alguém do mesmo sexo. Eu não sou um ativista que lança a bandeira da causa gay. Mas eu não posso aderir a estas certezas segundo as quais "a homossexualidade é contra a natureza e fora do plano de Deus". Isto leva a um impasse. Se eu reivindico algo é uma mudança e uma humildade do olhar. Com as pessoas “homossensíveis” – prefiro falar assim, pois não nos reduz à sexualidade – estamos muitas vezes diante de percursos fraturados, de vidas acidentadas. Mas também de verdadeiras sensibilidades em relação à beleza, à arte, à espiritualidade. Veja o número de homossexuais entre os grandes artistas, designers de moda... Estes são, em todos os casos, vidas singulares que não se pode julgar sem conhecer, nem vasculhar sua intimidade. Diante da mulher adúltera do Evangelho, o que Jesus faz? Ele não a questiona, mas afasta os olhos, inclinando-se ao chão para escrever; ele afasta também os acusadores, pois todos vão se retirando na medida em que ele os faz perceber seu próprio pecado. Não encerremos as pessoas em nossas normas e em nossos olhares inflexíveis.

Você criou, em 2000, em conjunto com mosteiros, a Comunhão Betânia, a serviço de pessoas homossensíveis e transgêneros.

Sim, é uma comunhão contemplativa. Nós nos encontramos duas vezes por ano para um retiro num mosteiro, às vezes na Abadia de Tamié. Mas nós estamos, diariamente, em união de oração através de um pequeno ofício composto de salmos, das bem-aventuranças e de uma oração de intercessão, como uma ponte entre nós. Além do círculo de amigos engajados, há amigos que rezam todas as quintas-feiras em nossa intenção, pais de filhos homossexuais, contemplativos como o carmelo de Mazille, inclusive bispos que se juntam a nós nesta fraternidade espiritual. Nosso objetivo é mudar os olhares, propor também gestos simbólicos como, por exemplo, durante eventos do orgulho gay, propondo uma oração nas igrejas para erguer espiritualmente o caminho das pessoas homossensíveis. Eu acredito que a evolução dos cristãos em relação aos homossexuais se fará pela oração. A militância assusta, os monges não! Ao convidar para a oração, nós convidamos pacificamente a acolher este olhar de Cristo que desloca. A Igreja precisa, em relação a essa questão, de uma cura de silêncio. Eu não peço que reconheça a homossexualidade no mesmo nível da heterossexualidade, mas que olhe as pessoas e proporcione instâncias de encontro e de escuta.

Que mensagem gostaria de deixar aos cristãos?

Antes de arriscar uma palavra, ter tempo para ouvir as pessoas homossexuais. Antes de discutir sobre ideias, conhecer vidas. Foi poder falar e ser ouvido que, pessoalmente, me salvou. No meu trabalho eu sou discreto sobre a minha vida pessoal, mas eu sei que eu tenho a confiança do meu bispo, do meu diretor diocesano, do meu diretor da escola, eu sou franco com eles. Foi Freud quem disse: “Quando alguém fala, é dia!” É talvez justamente por que faça dia que eu escrevi e publiquei este livro.

Para ler mais:

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=44785


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