ESPAÇO DE ENCONTRO E REFLEXÃO ENTRE CRISTÃOS HOMOSSEXUAIS em blog desde 03-06-2007
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publicado por Riacho, em 17.05.10 às 19:30link do post | favorito

A Igreja Episcopal dos Estados Unidos – que representa o anglicanismo no país – ordenou neste sábado sua primeira bispa abertamente lésbica. A ordenação de Mary Glasspool foi realizada apesar das advertências do arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, que disse que isso aprofundaria a disputa em torno da orientação sexual dos prelados.

Glasspool se tornou bispa auxiliar em uma cerimônia celebrada em Long Beach, Califórnia, da qual participaram 3.000 pessoas.

A reportagem é do sítio Religión Digital, 16-05-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Em 2003, Gene Robinson se tornou o primeiro bispo abertamente gay dos EUA. A Comunhão Anglicana – a afiliação mundial de Igrejas anglicanas – ficou à beira da ruptura.

Junto com Mary Glasspool, Diane Jardine Bruce também foi ordenada bispa neste sábado.

Ambas foram designadas em dezembro como as primeiras bispas mulheres da diocese de Los Angeles, que tem 114 anos de história.

Robert Pigott assegurou que a ordenação de Mary Glasspool foi interpretada como uma deselegância da liberal Igreja Episcopal dos EUA com outras Igrejas anglicanas de todo o mundo.

O arcebispo de Canterbury pediu que a Igreja Episcopal não realizasse a ordenação, advertindo que ela aprofundaria as diferenças com os tradicionalistas anglicanos que consideram a homossexualidade ativa um pecado.

É provável que a ordenação de Glasspool acelere a marginalização da Igreja Episcopal e aumente a tensão entre anglicanos em outros lugares.

No começo, a Igreja Episcopal aceitou suspender a ordenação de bispos abertamente homossexuais, mesmo que depois tenha revogado essa decisão.

Para ler mais:

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=32496


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publicado por Riacho, em 07.12.09 às 19:22link do post | favorito

Bispa lésbica: um novo escândalo entre os episcopalianos dos EUA
 

Igreja Episcopal dos Estados Unidos elegeu uma mulher lésbica como seu segundo bispo abertamente gay, uma medida que poderia reavivar a polêmica que surgiu há seis anos com a primeira nomeação de um hierarca homossexual nesse país, Gene Robinson.

A reportagem é do sítio Religión Digital, 06-12-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A reverenda Mary Glasspool, de 55 anos, foi eleita bispa assistente na diocese de Los Angeles.

"Estou muito contente com o futuro de toda a Igreja Episcopal e vejo a diocese de Los Angeles liderando o caminho para esse futuro", disse Glasspool, segundo o site da diocese.

Sua nomeação deverá ser aprovada pela liderança nacional da Igreja norte-americana, que faz parte do movimento anglicano no resto do mundo.

Em julho, a Igreja Episcopal de dois milhões de fiéis levantou uma moratória à eleição de bispos homossexuais, que havia sido interpretada por alguns grupos como um "cessar fogo" entre facções liberais e mais conservadoras e a comunidade mundial de 77 milhões  de fiéis anglicanos.

Os conservadores norte-americanos formaram uma Igreja rival após a designação, em 2003, de Gene Robinson, um religioso homossexual, como bispo de New Hampshire.

Desde essa data, o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, que lidera os fiéis anglicanos em todo o mundo, foi pressionado para aceitar a nomeação de religiosos homossexuais.

Os tradicionalistas insistem que a Bíblia proíbe a homossexualidade de forma taxativa, enquanto que os liberais defendem que o texto sagrado deveria ser interpretado de acordo com uma visão contemporânea.

"Para uma comunidade anglicana já dividida pela questão da homossexualidade, essa eleição é mais um sinal das divisões da Igreja", indicou o correspondente de assuntos religiosos da BBC, Chris Landau.

"Para a maioria dos anglicanos africanos, um hierarca eclesiástico abertamente gay é algo impensável. No entanto, para muitos nos EUA eleger bispos reconhecidamente homossexuais simplesmente reflete a diversidade proclamada pela Igreja há muito tempo", acrescentou.

A máxima hierarca da Igreja Episcopal, a bispa presidente Katherine Jefferts Schori, indicou que consagrará qualquer bispo cuja eleição siga as normas eclesiásticas.

Para ler mais:

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=28124


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publicado por Riacho, em 27.11.09 às 19:54link do post | favorito

27/11/2009
 
Rowan Williams dá uma severa lição de catolicismo a Bento XVI
 

Nas fotos, a tensão é quase palpável. Com o busto estendido para a frente, Rowan Williams, arcebispo de Canterbury, tem os cotovelos decididamente apoiados na escrivaninha do Papa. Ao contrário, Bento XVI parece encolhido em sua cadeira, como em posição de curvatura defensiva.

A reportagem é de Jean Mercier, publicada no sítio La Vie, 24-11-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Exatamente um mês após o anúncio das disposições especiais da Igreja Católica em favor dos decepcionados com o anglicanismo, Rowan Williams encontrou-se com Bento XVI, em Roma, no dia 21 de novembro. A conversa, dizem, foi "cordial". Isto é, seguramente glacial. Jamais, com efeito, as relações entre Roma e Canterbury foram tão tensas. A Constituição Apostólica Anglicanorum Coetibus, que visa agregar ao Sólio de Pedro grandes porções do rebanho anglicano, foi só o catalizador de uma crise mais profunda.

No dia anterior, o arcebispo de Canterbury buscou retomar nas mãos a situação durante uma conferência em que abriu seu coração. Com honestidade, Rowan Williams reconheceu que a operação de sedução de Bento XVI não foi um golpe baixo ecumênico, mas se tratava de uma "resposta pastoral imaginativa" e que não criava "nada de novo de um ponto de vista eclesiológico". Uma forma de responder àqueles que acusam Bento XVI de destruir o ecumenismo, como Hans Küng.

Mas o teólogo anglicano conseguiu dar uma lição de catolicismo ao Papa. Criticou-lhe principalmente o fato de não distinguir, em matéria de ecumenismo, entre os temas de primeira ordem – sobre os quais os cristãos estão de acordo (dogmas como a encarnação de Deus, sacramentos como o batismo) – e os de segunda ordem (ordenação das mulheres), sobre os quais as Igrejas se dividem, sem razão. Em uma análise minuciosa, lê-se aqui uma crítica lançada ao Papa, que teria esquecido um dos pontos chaves do Vaticano II, isto é, a introdução da "hierarquia das verdades".

Para o primaz anglicano, não ordenar mulheres como sacerdotisas e bispas implica em "criar uma diferença entre batizados homens e mulheres, o que coloca novamente em discussão a coerência da eclesiologia". Modificar o uso sobre pontos de segunda ordem não afeta as realidades de primeira ordem. Por exemplo, segundo ele, a introdução dos ministérios femininos não mudou o modo em que os anglicanos consideram as realidade de "primeira ordem" (a salvação).

Rowan Williams lança também, em palavras veladas, uma crítica pungente sobre o modo em que a Igreja Católica considera e gere a autoridade. Posiciona-se contra aqueles que querem "reafirmar a linguagem da regra e da hierarquia estabelecida por decreto, com oposições formais entre docentes e discentes, diretores e dirigidos". Opõe a essa realidade a ação do Espírito Santo. Lembra que o Vaticano II havia superado a ideia de uma Igreja piramidal e jurídica. Enfim, parece acusar Bento XVI de ser infiel ao Concílio. Convida a uma nova visão eclesiológica em que a autoridade conferida pela ordenação e pela colaboração colegial sejam equilibradas.

Sobre o primado do bispo de Roma, Rowan Williams se pergunta se isso é tão importante para a unidade dos cristãos e coloca em discussão a sua dimensão jurisdicional. Para ele, os cristãos devem ser capazes de comungar na mesma mesa sem que esse problema seja resolvido anteriormente.

Para encerrar, Rowan Williams cita como exemplo o modo em que os anglicanos buscam a verdade por meio dos conflitos, buscando a unidade sobre temas essenciais e concordando sobre temas "secundários". Porém, o problema é que hoje a sua Comunhão está em situação de cisma, porque os anglicanos não conseguem colocar-se de acordo sobre quais são os problemas de primeira ordem e quais são os de segunda ordem.

Para os conservadores anglicanos, que se inclinam ao protestantismo evangélico ou ao catolicismo, temas como o acesso das mulheres ou dos homossexuais ao presbiterado e ao episcopado não pertencem à categoria das coisas secundárias, mas vão contra a coerência da Igreja e são do domínio do não negociável.

Para ler mais:

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=27883


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publicado por Riacho, em 10.11.09 às 17:40link do post | favorito

"A Igreja Luterana Sueca informa ter ordenado seu primeiro bispo abertamente gay, apenas duas semanas depois de ter dado a seu clero o direito de formar casais homossexuais. Eva Brunne foi ordenada episcopisa da diocese de Estocolmo em uma cerimônia realizada domingo.

A notícia é do portal do jornal O Estado de S. Paulo, 10-11-2009.

Ela vive em "parceria registrada" com outra mulher. A "parceria" é um tipo de união civil entre gays suecos usada antes da legalização do casamento homossexual, o que ocorreu neste ano. O casal tem um filho.

"É muito positivo que nossa Igreja dê o exemplo aqui e me escolha para o episcopado com base em minhas qualificações, quando se sabe que pode haver resistência em alguns setores", disse ela, em entrevista.

A porta-voz da episcopisa, Annika Sjoqvist Platzer, disse desconhecer se outras lésbicas assumidas já haviam atingido o episcopado em igrejas de outros países.

No entanto, a Igreja Unida de Cristo, uma denominação baseada nos Estados Unidos, tem diversos gays e lésbicas no posto de "ministro da conferência", uma designação semelhante à de bispo, disse o porta-voz J. Bennett Guess.

Eva, que foi eleita episcopisa de Estocolmo em maio, mas só recebeu a ordenação oficial  neste domingo, disse não ter encontrado muita resistência dentro da Igreja por conta de sua orientação sexual.

A Igreja Sueca se tornou mais aberta para as minorias sexuais em anos recentes, embora alguns sacerdotes ainda apresentem resistência. O ex-arcebispo Gunnar Weman protestou contra a ordenação, dizendo que ela é "incompatível com a sagrada escritura da Igreja".

A Igreja da Suécia tem cerca de 7 milhões de membros, mas poucos assistem aos cultos, em um país amplamente secularizado."
 

 

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/index.phpoption=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=27394


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publicado por Riacho, em 04.07.09 às 01:38link do post | favorito

 Eva, naturalmente. A primeira mulher. Bispa, lésbica, com um filho que brinca na sacristia, enquanto ela reza a missa. Eva Brunne cruza as pernas debaixo da túnica branca e fica séria. "As polêmicas eram previsíveis. Existem pastores que seguem os desenvolvimentos democráticos e que querem que a Igreja faça parte deles. Outros, ao invés, se opõem a eles". Levanta os ombros e joga uma das mãos para trás, como dizendo: homens atrasados, é preciso perdoá-los.


Ela tem 55 anos, uma companheira mais jovem, Gunilla Linden, que há três anos deu a luz ao filho delas. Tudo normal, ou quase. Não fosse pelo fato de que essa sacerdotisa foi recém eleita "bispa" de Estocolmo. E também na progressista Suécia – onde o clero feminino existe há meio século – criou-se um escândalo que a Igreja luterana não consegue mais superar. Eva Brunne obteve 412 votos contra os 365 do principal concorrente, o reverendo Hans Ulfvebrand. Mas os seus adversários apresentaram seis recursos para invalidar a votação.

A reportagem é de Anais Ginori, publicada no jornal La Repubblica, 01-07-2009. A tradução é de MoisésSbardelotto.

Oficialmente, a guerra para o bispado de Estocolmo é combatida em torno a argumentos jurídicos e recontagens de votos. O verdadeiro objetivo, porém, é ela, o símbolo que representa. Recém eleita, concedeu entrevista à revista gay mais conhecida do país,QX, e ao homólogo francês Tetu.

"Gunilla é pastora como eu, e acho que isso facilita a nossa relação", confessou. O casal foi registrado no cartório e "abençoado" pela Igreja. No outono [europeu] o Sínodo luterano será chamado a se pronunciar sobre a celebração de casamentos para gays e lésbicas. "Martinho Lutero nos ensinou que qualquer pessoa pode assumir uma posição de mérito na fé e na Bíblia", argumenta ela, respondendo aos que defendem que não há registros de casamentos entre pessoas do mesmo sexo nos textos antigos.

O sacerdócio feminino foi autorizado na Suécia no fim dos anos 50. Em 1971, Margit Sahlin foi a primeira mulher a se tornar pároca. Desde então, houve muitos bispados "rosa", incluindo o de Estocolmo, entregue há 10 anos a Caroline Krook, agora prestes a se aposentar.

Mas a eleição de Eva Brunne, com o seu "lesbo-pride", teve um efeito devastador, revelando uma ambiguidade que atravessa toda a Igreja. Entre os noviços, o número de mulheres já superou os de homens (588 contra 331 na última década), porém, ainda há muitas discriminações. O observatório para a igualdade de oportunidades do governo descobriu que as pastoras ganham cerca de 400 euros menos do que os seus colegas homens e que existe um "teto de vidro" na alta hierarquia: dentre 14 bispos, 12 são homens.

"Desde que o parlamento sueco mudou a lei sobre o casamento e depois sobre os filhos dos casais homossexuais, há um 'gay baby-boom'. A Igreja não pode se permitir negar os sacramentos a essas famílias", defende Lars Gardfeldt, pastor de Goteborg, que há anos se ocupa da homofobia e da religião, convive com um outro pastor e é pai de dois gêmeos.

Porém, enquanto isso, chegaram mensagens agressivas na página eletrônica da diocese de Estocolmo. "A nova bispa é muito pia, sábia e atenta aos mais fracos", escreveKelvin, da região de Flemingsberg, ex-paróquia di Eva Brunne. "É uma pastora que sabe cuidar do seu rebanho. Infelizmente, isso não conta para quem enche a boca de raiva indignada. Rezemos por Eva e pela diocese de Estocolmo que fez uma escolha justa e corajosa".

 

in: http://www.unisinos.br/_ihu/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=23614

 


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