ESPAÇO DE ENCONTRO E REFLEXÃO ENTRE CRISTÃOS HOMOSSEXUAIS em blog desde 03-06-2007
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publicado por Riacho, em 29.11.13 às 19:17link do post | favorito

Aqui está um político cristão bem esclarecido. Parabéns pela sua abertura e frontalidade!

 

O ex-Primeiro-Ministro da Austrália explicou publicamente por que razões passou a defender afincandamente o casamento entre homossexuais. 

Kevin Rudd, que terá mudado a sua opinião sobre este assunto, considera que não está a ofender, de forma nenhuma, a posição cristã.

Durante um debate, Kevin foi questionado por um pastor sobre a sua mudança de opinião, alegando que isso teria desapontado os cristãos, uma vez que a «Bíblia» defende o casamento entre homens e mulheres. Mas o ex-primeiro ministro continuou a argumentar, defendendo que na «Bíblia» também diz que a escravidão é uma condição natural e que nós também não seguimos esse princípio.

Veja o vídeo:

 

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico


Fonte: http://www.lux.iol.pt/internacionais/politico-defende-gay-australiano-casamento-homossexualidade/1514692-4997.html


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publicado por Riacho, em 22.11.13 às 22:39link do post | favorito

Apoia este projecto. Apoia a causa e é uma óptima sugestão de prenda de Natal!

 

SOBRE O PROJECTO

Os meus dois Pais” é um romance que escrevi em 4 anos, numa altura em que estava desempregado. A história surgiu de um sonho que tive e, numa dessas noites de insónia, decidi começar a passa-la para o papel. À medida que ia escrevendo esta história, ia sonhando com outras histórias e o encaixe de todos esses sonhos, traduz-se neste livro de quase 400 páginas.

No entanto, para editar um livro, nos dias de hoje, é o próprio autor que tem que financiar uma parte do projecto. Assim, pretendo angariar através do PPL, os 1.500,00€ necessários para cumprir o meu sonho de editar "Os meus dois Pais".

A história de "Os meus dois Pais", a primeira de muitas que quero editar, retrata o percurso de vida de Eduardo e Tiago ao longo de quase vinte anos. Conheceram-se na mais badalada discoteca portuense e o seu amor foi à primeira vista. Quando a vida lhes corria às mil maravilhas, eis que uma mera noite de traição com a ex-namorada deita por terra todos os sonhos previamente idealizados, ao saber-se que Tiago vai ser pai. Obrigado a um casamento contra a sua vontade para não ficar afastado do seu filho, as suas vidas mudam radicalmente de rumo e de sentido.

Anos mais tarde, e depois de uma tragédia, o reencontro de ambos acontece e a chama que havia outrora entre eles, reacende-se. Mas agora, Tiago tem que pensar no seu filho Rodrigo. Serão os dois capazes de cumprir esta missão e educar aquela criança?

Esta é, assim, uma história de amor, contada pelos olhos de uma criança que se tornou Homem cedo demais; também ele, acabou por amar de forma incondicional aqueles dois homens que ele considerava os seus dois pais.

SOBRE O PROMOTOR

Joel Rodrigues Pinto, nasceu em Tourcoing, França, em 1975 e regressou a Portugal com 5 anos de idade.
 
Estudou nas cidades de Trancoso, Viseu e Porto, onde se licenciou  em Relações Internacionais – ramo Político-Económico. Seguiu-se uma Pós-Especialização em Comunicação, Jornalismo e Internet. Trabalhou no ramo das telecomunicações e, depois, como jornalista, em vários jornais regionais e nacionais.
 
Desempenhou funções de Formador em várias áreas ligadas à Comunicação e neste momento é Supervisor num call center de uma multinacional francesa instalada na cidade do Porto.

Como apoiar o projecto?

É só aceder ao site e fazer o registo: o link é http://ppl.com.pt/pt/prj/os-meus-dois-pais e depois só é necessário escolher a opção e montante pretendido e efectuar o pagamento em qualquer ATM.

Para aguçar o apetite, o Prólogo do livro já está disponível para leitura na página da plataforma e também é possível acompanhar todas as novidades no Facebook no endereço https://www.facebook.com/osmeusdoispais

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publicado por Riacho, em 22.11.13 às 12:04link do post | favorito

Publicamos aqui Declaração de intelectuais católicos sobre o casamento e a família, editada e composta porJoseph Selling, professor da Universidade Católica de Lovaina, após consulta a vários teólogos católicos romanos. A tradução é de Isaque Correa

Eis a declaração.

Em preparação para o Sínodo de 2014 e 2015.

Quando o Concílio Vaticano II elaborou seu documento “Da Dignidade do Casamento e da Família” (Gaudium et Spes, Parte II, capítulo 1, §§ 47-52), os bispos ouviram as vozes de pessoas casadas assim como estiveram atentos às suas experiências pessoais. O resultado foi um ensino renovado e mais realista. No entanto, quando o Sínodo dos Bispos sobre os Direitos da Família, de 1980, foi preparado e realizado, apenas alguns leigos, escolhidos cuidadosamente, foram convidados. Eles não apresentaram uma voz crítica e ignoraram provas evidentes de que o ensino da Igreja sobre casamento e sexualidade não estava servindo às necessidades dos fiéis. Isso resultou num Sínodo que não produziu nada útil em termos pastorais.

Exortamos, pois, os fiéis católicos e quaisquer outras partes interessadas a partilhar suas experiencias e conhecimentos com os líderes da Igreja e os fazerem saber de seus pensamentos e preocupações.

Algumas das questoes seguintes parecem mecerer especial atenção.

Os líderes carecem de experiência da vida de casados

O fato é que a grande maioria do ensino oficial da Igreja sobre o casamento e a família foi feito e promulgada por homens que não tiveram experiência direta, pessoal, da vida de casado no mundo contemporâneo. Fizeram votos de vida celibatária que excluem qualquer forma de relacionamento sexual. Como resultado tem-se que pouco se fala, de forma clara, a pessoas que estão tentando entrar em acordo com a sua sexualidade, a fim de encontrar e vivenciar relacionamentos significativos, assim como para se prepararem para uma vida comprometida, de amor mútuo que possa envolver os desafios da paternidade.

O casamento existe em múltiplas formas

O documento divulgado para a preparação relativa ao Sínodo, intitulado Lineamenta, fala do casamento como se houvesse apenas uma forma de relacionamento. Nele está implicado que todas as famílias são iguais. No entanto, a experiência dos fiéis mostra que este não é nem histórica tampouco geograficamente o caso. Pois, mesmo dentro de uma mesma cultura e num mesmo tempo histórico, há uma multiplicidade nas formas de relacionamentos conjugais e de estrutura familiar. Além disso, em muitos casos o matrimônio e a familia não formam a base da estrutura social, tal como muitos documentos da Igreja dão a entender. Na verdade, estes são frequentemente as vítmas da pobreza, da guerra, do materialismo, do abuso de poder, e de uma Igreja que parece não compreender os desafios que as pessoas casadas enfrentam.

A vida de casado é realmente complexa

Enquanto o documento referido deixa a impressão de que o ensino atual da Igreja tem sido o mesmo desde os tempos de Cristo, ele não consegue reconhecer que foi somente no século XII que o casamento foi tomado como sacramento e que a noção de vínculo indissolúvel, feito por consenso e pela consumação do sexual, foi criação de forma canônica feita por volta da mesma época. Enquanto a Igreja sempre ensinou que “o que Deus uniu o homem não separa” (Mateus 19:6; Marcos 10:9), ela não ofereceu nenhum critério para determinar o que Deus, de fato, uniu. A experiência tem demonstrado que simplesmente cumprir o que a forma canônica de casamento afirma não é garantia de que foi realizado um compromisso genuíno, informado e sincero.

Quando se torna evidente que nenhum compromisso conjugal existe verdadeiramente, o que pode levar muitos anos, ou pior: quando um compromisso conjugal e sincero é desfeito por um parceiro infiel, muitas vezes as pessoas que sofrem com isso são tidas como culpadas ou tratadas como pecadores permanentes, em vez de serem confortadas com perdão e compreensão. Se as pessoas divorciadas no civil tentassem construir um relacionamento posterior, não raro para oferecer um ambiente familiar para as filhos, a Igreja institucional, em lugar de trabalhar no sentido de reconciliação tal como tem feito a maior parte de nossos irmãos cristãos, responde banindo-os da Eucaristia. Esperar que estas pessoas vivam vidas celibatárias expõe uma visão severa e desconfiada quanto à sexualidade humana.

As orientações da Igreja carecem de sensibilidade

Normalmente, para queles que buscam ter relações conjugais pouca orientação é dada sobre a forma de proceder nesta importante tarefa de amadurecimento. A preparação para o casamento resume-se, frequentemente, a evitar qualquer encontro sexual antes das trocas públicas de compromisso e a evitar o uso de contraceptivo, não importando quais sejam as consequências que o casal possa vir a ter. As pessoas que se aventuram em relacionamentos e que podem, até, coabitar junto de um parceiro (ou parceira) em potencial são, unilateralmente, julgados como imaturas, egoístas, que não estão dispostos a compromissos sérios e sem respeito para com as autoridades. Em vez de ajudá-los no que pode ser uma jornada em vista de um relacionamento duradouro, a Igreja condena-os como se estivessem vivendo de forma imoral.

O apoio pastoral para os jovens está aquém

Enfrentamos uma comercialização e exploração da sexualidade humana sem precedentes, especialmente através da comunicação global. Enquanto que a Igreja foi rápida em condenar o que considera imoral, ela oferece pouca ajuda positiva para milhões de pessoas – em particular, os jovens – no que diz respeito a lidar com tais pressões e a desenvolver um entendimento sadio, amoroso, apreciativo e alegre da sexualidade. Enquanto que existem muitas regras para ditar às pessoas quanto ao que (não) fazer, não há praticamente nenhuma ferramenta sendo oferecida que possa ajudar estas pessoas a navegar nas complexas e turbulentas águas de se chegar a um acordo com a própria sexualidade.

A discriminação contra homossexuais continua

Embora a Igreja tenha feito algum progresso em aceitar o fato de que nem todas as pessoas encontram-se chamadas a uma união estável e heterossexual, ela ainda tem feito muito pouco para promover a aceitação de indivíduos com orientações sexuais alternativas como membros dignos, da Igreja e da sociedade. A tarefa de educar os fiéis para o respeito a todas as pessoas humanas que não estejam em conformidade com as próprias expectativas pessoais, em particular quando estas pessoas estão vivendo vidas honradas, ainda está para começar na maioria das paróquias católicas.

A contracepção responsável deveria ser permitida

Nos últimos 45 anos, a liderança da Igreja tem se agarrado a um ensinamento sobre a paternidade que exclui praticamente quase todos os meios de regulação da fertilidade. Após a Gaudium et Spes ter tentado superar a perspectiva canônica de ver o casamento como uma instituição, primeiramente, para a procriação e educação dos filhos, o autor do documento Humanae Vitae, ignorando o conselho de seu próprio comitê consultivo para avançar com o ensino sobre o controle de natalidade, reafirmou a noção de que uma “abertura à procriação” deve ser dada a toda e qualquer ato conjugal, sexual. Os líderes da Igreja precisam perceber que chegou a hora de reformar este ensinamento.

Deveria ser deixada para a consciência de cada casal a possibilidade de eles encontrarem uma maneira responsável de regular a fertilidade, uma regulação que seja apropriada para a situação particular de cada um deles. Enquanto que algumas formas de se evitar a concepção podem ser consideradas abaixo do que seria o ideal, elas não deveriam ser tachadas como “intrinsecamente más”. Tal terminologia confunde mais do que esclarece. O uso de contracepção responsável não deveria ser considerado matéria para o sacramento da reconciliação.

O conselho do laicato sobre a vida de casado é crucial

Por fim, os ensinos oficiais sobre o casamento e a sexualidade, com base em noções abstratas e ultrapassadas de lei natural – ou pelo menos em conceitos de sexualidade humana cientificamente mal-informados –, são, em grande parte, incompreensíveis para a maioria dos fiéis. Os que ensinam precisam não só compreender o assunto, mas também entender aqueles a quem tentam ensinar. Acreditamos que tenha sido feita uma consulta insuficiente com todos aqueles fiéis, representando um amplo espectro de experiência e reflexão, sem mencionar uma quantia considerável de conhecimento entre os que são profissionalmente treinados. Acreditamos ser necessário levar a sério os dados da experiência humana na formação das orientações pastorais.

Professor Dr. Subhash Anand SJ, Filosofia indiana e Religião (Emérito). Pontifical Athenaeum Jnanadeep Vidyapeeth, Pune, Índia.

Doutor Michael D. Anderson, Membro da American Academy of Family Physicians (Emérito), Minneápolis, EUA.

Doutor Luca Badini Confalonieri, Ph.D em Teologia, pesquisador associado da Universidade de Birmingham, Reino Unido.

Professor Dr. Eugene C Bianchi, Religião (Emérito), Universidade de Emory, Atlanta, EUA.

Professor Dr. Juan Barreto Betancort, Novo Testamento e Línguas Clássicas, Universidade de Laguna em Santa Cruz, Tenerife, Ilhas Canárias, Espanha.

Doutor B. Linares, Theology, ex-ministro da Educação, Governo de Gibraltar.

Professor Dr. Ricardo Chica, Economia de Desenvolvimento, Diretor do Centro para Estudos Asiáticos, Universidade de Bolívar, Colômbia.

Professor Dr. Michael L. Cook SJ, Estudos Religiosos (Emérito), Universidade Gonzaga, Spokane, EUA.

Professor Dr. James Dallen, Estudos Religiosos (Emérito), Universidade Gonzaga, Spokane, EUA.

Professor Dr. Gabriel Daly, OSA, Faculdade Irlandesa de Ecumenismo, Trinity College, Dublin, Irlanda.

Doutora Annette Esser, diretora do Instituto Scivias para Arte e Espiritualidade, Bad Kreuznach, Alemanha.

Sr. Dr. Jeannine Grammick, ex-professor associado de Matemática na Universidade de Notre Dame, Maryland, EUA. Cofundador do New Ways Ministry.

Professora Dra. Christine Gudorf, Ética Cristã, Universidade Internacional da Flórida, Miami, EUA.

Professora Dra. Karin Heller, Teologia, Universidade de Whitworth, Spokane, EUA.

Doutor Bernard Hoose, Teologia Moral (Aposentado), Faculdades Heythrop, Universidade de Londres, Reino Unido.

Professor Dr. Michael Hornsby-Smith, Sociologia (Emérito), Universidade de Surrey, Reino Unido.

Professor Dr. Jan Jans, Professor associado de Ética, Universidade de Tilburg, Países Baixos.

Professor Dr. Erik Jurgens, Direito Constitucional, Universidade de Amsterdã, Países Baixos.

Professor Dr. Othmar Keel, Exegese do Antigo Testamento (Emérito), Fribourg, Suíça.

Professor Paul Lakeland, Diretor do Centro para Estudos Católicos, Universidade de Fairfield, Connecticut, EUA.

Professora associada Dr. Julia Lamm, Teologioa, Universidade de Georgetown, Washington DC, EUA.

Professor Dr. Bernard Lang, Estudos sobre o Antigo Testamento, Universidades de Paderborn, Alemanha, e Aarhus, Dinamarca.

Professor Dr. Michael G Lawler, Teologia (Emérito), Universidade de Creighton, Omaha, NE, EUA.

Professor Dr. Gerard Loughlin, Teologia e Religião, Universidade de Durham, Reino Unido.

Professor Dr. John B Lounibos, Teologia (Emérito) Faculdade Dominicana, Orangeburg, Nova Iorque, EUA.

Professora Dra. Judith G. Martin SSJ, Estudos da Religião (Emérita), Universidade de Dayton, EUA.

Doutora Rosemary McHugh MedDr MBA MSpir, Médica de família, professora assistente de Medicina Familiar, Chicago, Illinóis, EUA.

Doutor David B. McLoughlin, Professor acadêmico, Universidade de Newman, Birmingham, Reino Unido. Ex-president da Associação Católica de Teólogos da Grã-bretanha.

Professor Dr. Norbert Mette, Teologia Prática (Emérito), Universidade de Dortmund, Alemanha.

Veja também:

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/525885-declaracao-de-intelectuais-catolicos-sobre-o-casamento-e-a-familia


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publicado por Riacho, em 13.11.13 às 21:15link do post | favorito

AFP - Agence France-Presse

Publicação: 13/11/2013 00:37 Atualização:

O Havaí deu boas-vindas ao casamento gay nesta quinta-feira, e a partir deste mês se tornará o 15º estado americano a permitir o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo.

O Senado havaiano aprovou um projeto de lei sobre a igualdade matrimonial, que deve ser firmado o quanto antes pelo governador Neil Abercrombie.

"Quero felicitar os legisladores do estado do Havaí por aprovar a lei de apoio à igualdade matrimonial", disse o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em um comunicado difundido pela Casa Branca.

Na semana passada, Illinois se tornou 15º estado a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas as cerimônias ocorrerão apenas a partir de junho de 2014.

Até agora, o casamento gay é permitido em 14 estados dos EUA e no distrito federal de Washington. Com Illinois e Havaí, quase um terço dos 50 estados americanos apoiarão a medida.

 

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2013/11/13/interna_internacional,470035/havai-diz-aloha-ao-casamento-gay.shtml


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publicado por Riacho, em 06.11.13 às 23:09link do post | favorito

O Riacho congratula-se com o “Documento Preparatório” do próximo Sínodo dos Bispos, que o Vaticano enviou à Conferência Episcopal Portuguesa, com as 38 questões sobre “Os desafios pastorais da família, no contexto da evangelização”.


Deixamos aqui as questões recolhidas no blog http://caldas-sao-jorge.blogspot.pt/2013/11/as-38-perguntas-do-inquerito-da.html para que a reflexão possa começar desde já.

 

Como prévios necessários são o conhecimento da Sagrada Escritura ( Biblia), do Magistério da Igreja: [da constituição pastoral] “Gaudium et spes”, [da exortação apostólica] “Familiaris consortio”, a encíclica “Humanae vitae”, Sacramentos e Liturgia, outros documentos do Magistério pósconciliar.

Inquérito inédito mostra que Francisco quer ouvir as bases, diz Carreira das Neves. Conferência Episcopal reconhece "coragem" da iniciativa.

Questionário
Se há muita gente a viver junto antes do casamento ou qual é a atitude dos fiéis perante os casais do mesmo sexo são algumas das perguntas preparadas pela Santa Sé. O questionário de nove temas está a ser distribuído em todo o mundo. Cada conferência episcopal deverá fazer chegar o resumo das respostas nacionais ao Vaticano até ao final de Janeiro do próximo ano.

GRUPO 1
Sobre a difusão da Sagrada Escritura e do Magistério da Igreja a propósito da família
1. Qual é o conhecimento real dos ensinamentos da Bíblia, [da constituição pastoral] “Gaudium et spes”, [da exortação apostólica] “Familiaris consortio” e de outros documentos do Magistério pósconciliar sobre o valor da família segundo a Igreja católica?
Como são os fiéis formados para a vida familiar em conformidade?
2. Onde é conhecido, o ensinamento da Igreja é aceite integralmente? Há dificuldades de o pôr em prática? Quais?
3. Como é difundido no contexto dos programas pastorais nos planos nacional, diocesano e paroquial o ensinamento da Igreja? Que tipo de catequese sobre a família é promovida?

4. Em que medida – e em particular sob que aspectos – este ensinamento é realmente conhecido, aceite, rejeitado e/ou criticado nos ambientes extraeclesiais?
Quais são os factores culturais que impedem a plena aceitação do ensinamento da Igreja sobre a família?

GRUPO 2
Sobre o matrimónio segundo a lei natural

5. Que lugar ocupa o conceito de lei natural na cultura civil, quer nos planos institucional, educativo e académico, quer a nível popular?
Que visões da antropologia estão subjacentes a este debate sobre o fundamento natural da família?

6. O conceito de lei natural em relação à união entre o homem e a mulher é geralmente aceite por parte dos baptizados?

7. Como é contestada, na prática e na teoria, a lei natural sobre a união entre o homem e a mulher, em vista da formação de uma família?
Como é proposta e aprofundada nos organismos civis e eclesiais?

8. Quando a celebração do matrimónio é pedida por baptizados não praticantes, ou que se declaram não-crentes, como enfrentar os desafios pastorais que daí derivam?

GRUPO 3
A pastoral da família no contexto da evangelização

9. Que experiências surgiram nas últimas décadas na preparação para o matrimónio? 
Como se procurou estimular a tarefa de evangelização dos esposos e da família? 
De que modo se pode promover a consciência da família como “Igreja doméstica”?

10. Conseguiu-se propor estilos de oração em família, capazes de resistir à complexidade da vida e cultura contemporânea?

11. Perante a actual crise geracional, como são as famílias cristãs capazes de cumprir a sua vocação de transmitir a fé?

12. De que modo as Igrejas locais e os movimentos de espiritualidade familiar souberam criar percursos exemplares?

13. Qual é a contribuição específica que casais e famílias conseguiram oferecer para difusão de uma visão integral do casal e da família cristã credível nos dias de hoje?

14. Que atenção pastoral a Igreja mostrou para sustentar o caminho dos casais em formação e dos casais em crise?

GRUPO 4
Sobre a pastoral para enfrentar algumas situações matrimoniais difíceis

15. A convivência ad experimentum [coabitação antes do matrimónio] é uma realidade pastoral na sua igreja particular? 
Em que percentagem a calcula?

16. Existem uniões livres de facto, sem o reconhecimento religioso nem civil? Há dados estatísticos confiáveis?
17. Os separados e os divorciados recasados constituem uma realidade pastoral relevante na sua Igreja particular? 
Em que percentagem se poderiam calcular? 
Como se enfrenta esta realidade, através de programas pastorais adequados?
18. Em todos estes casos: como vivem os baptizados a sua irregularidade?
Estão conscientes da mesma? 
Simplesmente manifestam indiferença? 
Sentem-se marginalizados e vivem com sofrimento a impossibilidade de receber os sacramentos?

19. Quais são os pedidos que as pessoas separadas e divorciadas dirigem à Igreja, a propósito dos sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação?
Entre as pessoas em tais situações, quantas pedem estes sacramentos?

20. A simplificação da práxis canónica em ordem ao reconhecimento da declaração de nulidade do vínculo matrimonial poderia oferecer uma contribuição positiva real para a solução das problemáticas das pessoas interessadas? Se sim, de que forma? Existe uma pastoral para ir ao encontro destes casos? Como se realiza esta actividade pastoral?

GRUPO 5
Sobre as uniões de pessoas do mesmo sexo

21. O vosso país tem uma lei civil de reconhecimento das uniões de pessoas do mesmo sexo, equiparada de alguma forma ao matrimónio?

22. – Qual é a atitude das Igrejas locais, quer diante do Estado civil promotor de uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, quer perante as pessoas envolvidas neste tipo de união?

23. – Que atenção pastoral é possível prestar às pessoas que escolheram viver em conformidade com este tipo de união?

24. No caso de uniões de pessoas do mesmo sexo que adoptaram crianças, como é necessário comportar-se pastoralmente, em vista da transmissão da fé?

GRUPO 6
Sobre a educação dos filhos no contexto das situações de matrimónios irregulares

25. Qual é nestes casos a proporção aproximativa de crianças e adolescentes, em relação às crianças nascidas e educadas em famílias regularmente constituídas?

26. Com que atitude os pais se dirigem à Igreja? O que pedem? Somente os sacramentos, ou inclusive a catequese e o ensino da religião em geral?
27. Como as Igrejas particulares vão ao encontro da necessidade dos pais destas crianças, em oferecer uma educação cristã aos próprios filhos?

28. Como se realiza a prática sacramental em tais casos: preparação, a administração do sacramento e o acompanhamento?

GRUPO 7
Sobre a abertura dos esposos à vida

29. Qual é o conhecimento real que os cristãos têm da doutrina da encíclica Humanae vitae a respeito da paternidade responsável? Que consciência têm da avaliação moral dos diferentes métodos de regulação dos nascimentos?
Que aprofundamentos poderiam ser sugeridos a respeito desta matéria, sob o ponto de vista pastoral?

30. Esta doutrina moral é aceite? Quais são os aspectos mais problemáticos que tornam difícil a sua aceitação para a grande maioria dos casais?
31. Que métodos naturais são promovidos por parte das Igrejas particulares, para ajudar os cônjuges a pôr em prática a doutrina da encíclica “Humanae vitae”?

32. Qual é a experiência relativa a este tema na prática do sacramento da penitência e na participação na Eucaristia?

33. Quais são, a este propósito, os contrastes que se salientam entre a doutrina da Igreja e a educação civil?

34. Como promover uma mentalidade mais aberta à natalidade? Como favorecer o aumento dos nascimentos?

GRUPO 8
Sobre a relação entre a família e a pessoa
35. – Jesus Cristo revela o mistério e a vocação do homem: a família é um lugar privilegiado para que isto aconteça?

36. Que situações críticas da família no mundo contemporâneo podem tornar-se um obstáculo para o encontro da pessoa com Cristo?

37. Em que medida as crises de fé incidem sobre a vida familiar?

GRUPO 9
Outros desafios e propostas

38. Existem outros desafios e propostas a respeito dos temas abordados neste questionário, sentidos como urgentes ou úteis?

Da última vez que houve um encontro oficial de bispos dedicado à família, em 1980, nenhum país tinha aprovado o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
A exortação apostólica que resultou desse sínodo sobre o papel da família cristã no mundo moderno, e que ainda hoje é um dos documentos orientadores das famílias e das igrejas locais, nada diz sobre casamentos homossexuais.
Mas perante o número crescente de divórcios, João Paulo II, que convocou o encontro e escreveu a exortação, reconhecia o fenómeno.
Mas dizia que, no caso de pessoas que se divorciaram e, mais cientes da "indissolubilidade do matrimónio", não tornaram a casar, não deveria haver obstáculos a receberem sacramentos.
Trinta anos depois, o tema da família volta a ser o mote para um sínodo. E há, desde já, a garantia que nenhum assunto será esquecido. Não só se vai discutir as dificuldades e desejos dos divorciados e recasados, mas também a situação dos casais em união de facto ou do mesmo sexo, assim como situações em que adoptaram, e o que procuram para os filhos junto da Igreja.
O Vaticano já tinha anunciado, no mês passado, que o Papa Francisco convocou para Outubro de 2014 um sínodo de bispos, que será o terceiro de carácter extraordinário desde que estes encontros foram reinstituídos nos anos 60.
De acordo com a lei canónica, estes concílios só podem ser convocados quando em causa estão "assuntos que exijam resolução rápida." Agora, e a um ano do encontro, os pontos da agenda tornaram-se públicos . E, numa decisão inédita, o Vaticano em vez de consultar apenas padres e movimentos da Igreja sobre os temas que vão ser debatidos, preparou um inquérito que deverá ser colocado à disposição de todos.
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) confirmou a recepção do questionário em Outubro, que já enviou para as dioceses para ser distribuído.
Em Inglaterra, os bispos optaram por preparar uma sondagem online, disponível desde 31 de Outubro.
Ao jornal i, Manuel Morujão, porta-voz da CEP, admitiu que essa poderá ser uma opção, informando que de 11 e 14 de Novembro terá lugar uma assembleia de bispos em Fátima, onde haverá mais orientações.
O questionário, igual para todo o mundo, já está traduzido para português.
Num total de nove temas, há questões sobre a forma como as famílias são apoiadas para viver de acordo com a doutrina católica mas também sobre dificuldades práticas com que têm de lidar.
Uma das intenções do sínodo, revelada em Outubro, é perceber o que fazem as diferentes paróquias, no sentido de harmonizar práticas.
Se o tema do casamento entre pessoas do mesmo sexo é inédito, com o Vaticano a querer saber qual a atitude nas paróquias em relação ao reconhecimento de uniões civis mas também aos casais nestas circunstâncias, há temas retomados onde parece haver uma abertura para a mudança.
É o caso dos entraves colocados a divorciados e recasados, com o Vaticano a perguntar se simplificar a "declaração de nulidade do vínculo matrimonial" seria positivo.
O Riacho tem dado o seu modesto contributo na reflexão como ser homossexual solteiro, casado ou em união de facto e poder ser/estar integrado na igreja. Sugere-se também sobre este tema o livro do José António de Almeida:
 
Fontes:

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