ESPAÇO DE ENCONTRO E REFLEXÃO ENTRE CRISTÃOS HOMOSSEXUAIS em blog desde 03-06-2007
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publicado por Riacho, em 31.07.09 às 23:34link do post | favorito

Jesus Culture, um grande grupo da canção cristã - Your Love never fails!

 

 

Nothing can separate
Even if I ran away
Your love never fails

I know I still make mistakes
But You have new mercies for me everyday
Your love never fails

Chorus:
You stay the same through the ages
Your love never changes
There maybe pain in the night but joy comes in the morning

And when the oceans rage
I don't have to be afraid
Because I know that You love me
Your love never fails


Verse 2:
The wind is strong and the water's deep
But I'm not alone in these open seas
Cause Your love never fails

The chasm is far too wide
I never thought I'd reach the other side
But Your love never fails

Bridge:
You make all things work together for my good

 

Para conhecer melhor: http://www.jesusculture.org/

 


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publicado por Riacho, em 31.07.09 às 21:24link do post | favorito

 Na sequência da entrevista de Gabriel Olim, Presidente do Instituto Português de Sangue, ao jornal i, a Associação ILGA Portugal entende que a única resposta possível por parte da Ministra da Saúde será a de o demitir do cargo que ocupa.

 
Entre outras declarações, Gabriel Olim afirma que “quando uma pessoa se apresenta assumidamente como homossexual e quer dar sangue, eu interpreto como uma provocação. Quem quer vir dar sangue não vem com esta atitude”, acrescentando mais à frente que se um homem homossexual pretende dar sangue, “isto é deliberadamente querer introduzir no circuito sangue contaminado”.

Estas afirmações são gravíssimas e demonstram a ignorância de quem é responsável pela qualidade do sangue em Portugal.

O pressuposto defendido por Gabriel Olim na entrevista é o de que todos os homens homossexuais têm o sangue “contaminado”. E é esse pressuposto que Gabriel Olim defende ao longo da mesma entrevista em que exige “confiança técnica” ao mesmo tempo que mostra  ser incapaz de distinguir identidades de comportamentos, para além de não conseguir perceber que o que é fundamental para se obter sangue de qualidade é ser-se específico nas questões colocadas a potenciais dadoras e dadores.

Bastaria a Gabriel Olim consultar os dados  estatísticos dos serviços de sangue de Espanha ou de Itália para se tornar evidente que o facto de se aceitar sangue de homens homossexuais não leva ao aumento de casos de sangue contaminado. Assim, é evidente que Gabriel Olim, cego pelo seu preconceito, não liga a dados científicos e não tem qualquer noção da gravidade das afirmações que profere. É igualmente evidente que elas não são admissíveis e que é inaceitável a sua manutenção no cargo que actualmente desempenha.


Reiteramos ainda, e uma vez mais, a necessidade urgente de rever os critérios discriminatórios de pré-selecção do sangue para garantir que estes são incisivos em vez de reflectirem generalizações baseadas no preconceito e que contribuem simultaneamente para a estigmatização dos homens homossexuais.


Pela Direcção e Grupo de Intervenção Política da Associação ILGA Portugal

Paulo Pamplona Côrte-Real
(Presidente da Direcção)

contacto telefónico 969 367 005


mais informações
http://www.ilga-portugal.pt/noticias/20090730.htm


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publicado por Riacho, em 30.07.09 às 23:21link do post | favorito

 

30/7/2009
 
Uma história do recalque sexual cristão
 

Sacralizando o casal, os evangelhos celebram a sexualidade como rito íntimo. O pensamento agostiniano e o monaquismo ocidental vão em seguida reduzir o sexo ao “pecado da carne”. Uma educação culpabilizante que marcará gerações de católicos.

Essa é a opinião de Elisabeth Dufourq, doutora em ciências políticas da França, em entrevista a Jennifer Schwarz, publicada na revista Le Monde des Religions, 02-07-2009. A tradução é de Benno Dischinger.

Eis a entrevista.

O que nos dizem os evangelhos sobre a
 questão da sexualidade?

Jesus realiza seu primeiro milagre por ocasião de um casamento (Jo 2). As bodas de Canásão uma festa em que o vinho da felicidade deve correr em abundância. A humanidade do evangelho é sexuada e feliz de o ser. Mas, o casamento é uma festa quem implica um casamento duradouro, ainda mais definitivo do que na tradição judaica (Mt 19,4). Jesus considera o casal como gerador da humanidade (Gn l: “Homem e mulher Ele os fez... e os dois serão uma só carne.”). Por isso ele ultrapassa a Lei que admite o repúdio e denuncia principalmente a “dureza do coração” daquele ou daquela que abandona. Esta firmeza de princípio contrasta com a compaixão com a qual ele trata as mulheres esmagadas pelo rigor de uma lei sempre interpretada pelo homem. Por exemplo: Jesus salva a vida de uma mulher adúltera, arrastada para fora da cidade para ser apedrejada: “Quem jamais pecou atire a primeira pedra” (Jo 8). Implicitamente, ele recoloca o problema da falta sexual numa perspectiva de justiça. Se existe uma mulher adúltera, então houve também um homem... Ele também não condena a mulher samaritana (Jo 4) que teve cinco maridos e vive com um sexto. E é precisamente a ela que ele revela por primeira vez que ele é o Messias. Isso é ao mesmo tempo uma celebração da ternura e uma homenagem feita à mulher desprezada.

Os evangelhos evocam a questão da sexualidade de maneira mais direta?

Por pudor, o Cristo compara o Reino dos céus a um festim de núpcias, mas ele jamais fala do como da sexualidade. Ele jamais diz o que deveria ou não deveria se passar no leito dos esposos. Nos evangelhos, tudo o que é um dom gratuito deve permanecer em segredo (Mt 6): a esmola, o jejum, a prece. Um dos raros teólogos medievais que não será obsedado pelo pecado sexual, Rupert de Deutz, compara a união dos corpos à prece que se deve fazer em segredo. A sexualidade é um rito. O casal constituído é sagrado. O vizinho deve respeitá-lo, mesmo em pensamento (Mt 5, 27-28). A fortiori o homem de Deus.

Jamais falar do como da sexualidade não é uma maneira de negá-la?

Não. Mesmo Ovídio diz, na Arte de amar, que, para resguardar sua dignidade, o rito do herói devia permanecer secreto. Que o Cristo jamais fale do como da sexualidade, não é negá-la, mas humanizá-la. O amor de que falam os evangelhos engloba o Eros (o prazer de amar), mas ele o transcende com frequência em Ágape (o amor pelo outro). As bem-aventuranças (Mt 5, Lc 6) falam de felicidade, de justiça, de caridade, e não de êxtase amoroso.


São Paulo vai desempenhar um papel importante no recalque da sexualidade?

Em longo prazo, é preciso distinguir a mensagem de Paulo e sua instrumentalização. Em sua época, o porto de Corinto contava mais 10.000 prostitutas. Nos ambientes judeus helenizados, ousar-se-ia dizer “platonizados”, ao invés, a influência estóica era forte, em reação ao erotismo ambiental e desenfreado. Nesse contexto, são Paulo tem por missão implantar duradouramente comunidades na Grécia e em Roma. Ele é, pois, muito cioso por decência; os fiéis devem renunciar à fornicação, ao incesto, aos escândalos (1 Cor 5). O responsável por uma comunidade deve ser “marido de uma só mulher” (Tt 1, 6). Em termos de moral conjugal, enfim, quando Paulo escreve “Mulheres, sede submissas aos vossos maridos”, ele não escreve nada de novo no Mediterrâneo de seu tempo. Mas, quando ele diz: “Maridos, amai vossas mulheres como o Cristo amou sua igreja” (Ef 5, 22-23), ele fala de um engajamento místico realmente novo que, em seguida, será pervertido. Durante séculos e até o Código de Napoleão, o homem utilizará como um maná a fórmula paulina: “O marido é o chefe da mulher, como o Cristo é o chefe da Igreja” (Ef 5, 23).

Mais tarde, a recepção desta mensagem se dará diversamente no Império cristão do Oriente e do Ocidente...

Após a paz constantiniana (IV século), os costumes do Oriente e do Ocidente, bem cedo invadidos pelos bárbaros, se dissociam culturalmente. Muitos bispos do Oriente são casados e filhos de bispos. Eles respeitam suas mães, seus filhos e suas esposas. Porém, conceitualmente, eles admiram a virgindade porque, como bons discípulos de Platão e deAristóteles, eles são escandalizados pelo ciclo da geração e da corrupção. Com que rima um mundo feito para se gerar e depois morrer, se gerar novamente e depois ainda morrer? Isso é um absurdo para os Padres gregos. Gregório de Nissa, embora casado, reconhece, sem o adotar, que a melhor solução seria a de permanecer virgem. Mas, com humor, ele julga suspeitos aqueles que falam dos esplendores da virgindade com estranha obstinação. Os Padres filósofos são felizes em família, mas eles gostariam que o essencial da vida consistisse em elevar-se acima do terrestre moral, até a pureza dos anjos. Um escrito apócrifo de fins do século quinto, atribuído a Dionísio Areopagita, descreve assim as ascensões até Deus da alma purificada. Sua influência sobre a Idade Média oriental e ocidental será considerável. Em sua pureza de intenção, ele permite compreender a espiritualidade do monge.


No Ocidente é a influência de Santo Agostinho que vai desempenhar um papel determinante. Qual foi sua especificidade?

Africano de origem, numa época em que a implantação do cristianismo é forte na Áfricaromana, Agostinho somente se converte tardiamente, após ter conduzido exitosamente uma carreira de retórico que o conduzirá a Milão, então capital do império do Ocidente. Desde seus anos de estudos em Cartago, ele guarda a lembrança de uma vida de devassidão, levada até o desgosto e à rejeição das mulheres. Compartilhada entre sua admiração por sua mãe, santa Mônica, e seu apego a uma companheira que participará de sua vida durante quatorze anos e lhe dará um filho – mas do qual ele nem sequer cita o nome -, ele também fica fascinado e ao mesmo tempo horrorizado pelo maniqueísmo, do qual ele só se livrou na idade de 28 anos; o homem, admitiu ele por longo tempo, não domina as forças do bem e do mal. Desde o pecado original, pensa ele, num contexto de invasão bárbara, a humanidade está em perigo de condenação iminente. A mulher é a causa, já que Eva colheu a maçã por primeiro. Uma vez que o Cristo jamais fala do pecado de Eva, Agostinho inscreve este pecado quase geneticamente na natureza humana e, mais gravemente, na natureza da mulher. Esta certeza, ancorada no pensamento medieval, será dogmatizada por uma longa série de teólogos, desde santo Anselmo, no século doze, até são Tomás que, no século treze, reforçará este preconceito pela doutrina da lei natural, sobre a qual os teólogos cristãos não terão nenhuma dificuldade em estar de acordo com os do islã, já que uns e os outros, todos masculinos, se referirão ao segundo relato do Gênesis.

A influência intelectual de Agostinho vai, então, marca o Ocidente de maneira indelével?

Santo Agostinho escreveu imensamente, num belíssimo latim. Sua obra será minuciosamente recolhida e mais tarde recopiada pelos monges beneditinos. É assim que sua influência se estenderá sobre toda a era do primeiro monaquismo beneditino, até a virada dos séculos nono e décimo, no momento da reforma que triunfa na abadia beneditina de Cluny.

Qual sua relação com a sexualidade?

Malgrado as advertências conciliares, o clero da primeira Idade Média ocidental está longe de ter o desapego dos anjos. No momento das invasões normandas e dos assaltos sarracenos, numerosos bispos casados são capitães de guerra, defensores armados de suas cidades. Transmitidos aos seus filhos, seus bispados se tornam feudos hereditários e militares. A própria Roma está nas mãos de papas mais ou menos guerreiros, submetidos à influência de suas amantes ou de suas mães. É em reação a isso que triunfa a reforma de Cluny. A obra de Cluny será imensa, porém ao preço do sacrifício da mulher. Casto, o monge beneditino não o é sempre em pensamento, já que ele encara a mulher com horror e fascinação. Um século mais tarde, a reforma cisterciense se apresenta ainda mais radical. Os escritos sobre as mulheres, não somente misóginos, porém mórbidos, traduzem à evidência as frustrações dos monges que reprimem sua sexualidade. Malgrado isso, o sucesso das ordens monásticas é tal que no século onze o papaGregório VII decide organizar a igreja ocidental como um grande mosteiro. Dali em diante, bispos e curas costumam rejeitar suas esposas e viver comunidade. Esta reforma levará décadas e séculos para se impor.

Em fins do século XII, por uma espécie de sublimação, a imagem da Virgem aparece...

Sim. Atingimos a época das cruzadas. Paradoxalmente, são Bernardo, o grande reformador cisterciense, que se insurge contra o laxismo dos padres, é também o gênio que inventa uma prece de ternura: a Ave Maria. No meio dos clérigos que desvalorizam a mulher de todos os dias, o ideal feminino é nela sublimado. Enquanto no Oriente ortodoxo, a Virgem representa a humanidade inteira conduzindo Deus, a Theótokos, no Ocidente nasce e adquire seu destaque a imagem da “Imaculada Conceição”, acolhedora porém nascida diferente de todas as outras mulheres. Rapidamente a igreja institucional se identifica com a Virgem Maria, mãe de Deus, mãe do Cristo, mãe do povo, coroada nos pórticos das catedrais. Na tradição católica esta concepção durará até sua dogmatização em meados do século vinte. Na tradição reformada, Lutero denunciará um risco de idolatria mariana, sem refutar a virgindade do coração que permite acolher o milagre de um Deus encarnado.

Chegamos aos momentos trágicos que seguem a peste negra, as misérias da guerra de Cem anos, o avanço inexorável do islã e depois a queda de Constantinopla. Uma neurose coletiva parece tomar conta de certos clérigos, que tomam as mulheres por alvos de seus ódios. Por quê?

Muitos clérigos vivem então em círculos universitários cada vez mais fechados e fundamentalistas. O que está fora da norma deve ser erradicado. A Inquisição, implantada no século XIII para lutar contra as heresias encara com horror os saberes das mulheres. A mesma se baseia numa idéia da razão, haurida de uma péssima transmissão das categorias de Aristóteles. Já há séculos os homens temiam as sábias-mulheres, herboristas capazes de transmitir por via oral os segredos de filtros de amor ou de esterilidade. Os lugares de transmissão feminina, os lavatórios, as árvores mágicas, os lugares de parto, eram tabus para o homem. Somente os confessores obtinham eco de seus segredos herdados de antigos saberes romanos ou pré-históricos. Crendo cristianizar os campos, eles os condenavam como superstições e, a partir do século XIV os próprios papas acreditam na fábula dos sábados de bruxas. Formam-se, então, experts em demonologia, inexoravelmente lógicos a partir de postulados absurdos. Sabe-se que devastações provocaram esses ódios – cuja perversão sexual é por vezes evidente – e que número assustador de fogueiras foram armadas em todas as confissões cristãs – católicas, ortodoxas e reformadas – e isso até meados do século dezoito!


Pai da reforma protestante, Lutero é considerado como um emancipador. Não obstante, o luteranismo parece por vezes mais severo do que o catolicismo; pode explicar esta contradição aparente? Em sua origem, Lutero é um monge agostiniano obsedado pela idéia do inferno. Ele não crê no purgatório, essa espécie de “sessão de recuperação” que, graças à indulgência divina, permite esperar um acesso diferido ao Paraíso, após anos de purificação. Amoedando os anos de indulgência de maneira odiosa, o papado de seu tempo arruinou esta idéia de justiça misericordiosa. Tornado emancipador dos crédulos, Lutero, uma vez casado, se encontra suplantado pela amplitude da revolução que ele desencadeou. Calvino, por sua vez, organiza a reforma genebrina de maneira muito rigorista, em torno do conceito agostiniano de predestinação das almas ao inferno.

E no século XVII?

Na confissão católica, uma corrente jansenista, rigorista e amplamente burguesa cultiva também a angústia da predestinação. Um século mais tarde, este movimento adquire amplitude em pleno período das Luzes e de uma libertinagem na qual as crianças abandonadas pagam as custas aos milhares. Entre esses extremos, o próprio Voltaire o admite, o cura de campanha desempenha com muita frequência o papel de moderador. É ele que preside os batismos e os ritos de remissão [relevailles] das mulheres. Embora o segredo de confissão não seja traído, tudo nos diz que ele conhecia os sofrimentos das mulheres rasgadas em partos, daquelas que enterram um feto nos campos ou que, na cidade, abandonam seus bebês nos degraus das igrejas. Os registros paroquiais mostram que dessa época datam os primeiros sintomas de espaçamento voluntário dos nascimentos. Esse modus vivendi parece ter se mantido de qualquer jeito em muitas regiões rurais até meados do século vinte, e isso malgrado o respeito de muito bom grado prestado pela igreja às famílias numerosas que lhe davam mais filhos como sacerdotes ou religiosas.

E depois?

Hoje em dia se mensura mal até que ponto as mulheres do século dezenove, e mesmo de inícios do século vinte, foram esmagadas por uma educação culpabilizante que ultrapassava em muito o domínio da sexualidade. Sem mesmo evocar o “pecado da carne”, tão assustador que eles se calam e se resguardam de citar a Bíblia que fala dele, os missais para uso das mulheres não cessam de dizer que comungar em estado de pecado é assinar sua condenação eterna. Os maridos se defendem pela incredulidade e infidelidade, mas, pelo menos no ambiente burguês, as mulheres tem poucas escapatórias. A abnegação e o sacrifício são apresentados como florões de suas virtudes “naturais”.

A revolução da sexualidade no coração dos casais de tradição cristã não veio da igreja, mas da medicina. Ela data da descoberta do ciclo hormonal feminino, nos anos 1930 e depois, em 1955, da síntese química dos hormônios permitindo à mulher escapar do elo inexorável entre a união dos corpos e a fecundação de um óvulo. Por temor de que ela não controle e por vezes não entenda, a igreja católica, diversamente das igrejas reformadas, se engaja então numa via que autoriza a dissociação entre a sexualidade e a procriação, mas na condição de empregar métodos decretados como naturais... e de uma ineficácia notória. Duas décadas após a 
Humanae Vitae, publicada em julho de 1968, a maioria dos casais católicos já haviam feito sua escolha. Eles haviam abandonado o médico das almas para consultar o médico dos corpos e, se fosse preciso, o psicanalista. Esta mudança foi capital para a igreja, que perdeu a antiga proximidade que ela mantinha com as famílias. O erro da Humanae Vitae foi, me parece, o de haver tentado introduzir um Diafragma nos milhões de quartos de esposos. A atitude cristã é antes a de sacralizar o casal, responsabilizando-o.

Para ler mais:

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=24364


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publicado por Riacho, em 27.07.09 às 21:56link do post | favorito

 O principal motivo para que a discriminação contra estudantes homossexuais faça parte do cotidiano das escolas brasileiras é a falta de preparo do professor para lidar com a questão. Esse é o diagnóstico dos especialistas consultados pela Agência Brasil.

A reportagem de Amanda Cieglinski, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 27-07-2009.

A formação continuada dos profissionais que trabalham na escola tem sido a principal estratégia do Ministério da Educação (MEC) e de outras esferas de governo para atacar o problema.

Na avaliação da coordenadora-geral de Diretos Humanos do MEC, Rosiléa Wille, o professor reproduz comportamentos discriminatórios porque não foi educado para a diversidade. Ela defende que, além de capacitar quem já leciona, é necessário modificar a formação inicial desses profissionais.

“Claramente os professores têm dificuldade para lidar com isso, mas não podemos culpá-los. Eles estão saindo da universidade sem estarem preparados para lidar com a diversidade que existe na escola. Se a gente não muda isso, temos que estar sempre trabalhando na consequência.”

De acordo com o MEC, desde 2005 cerca de 20 mil docentes participaram de cursos de formação sobre a temática. “Você tem uma forma de interferir no cotidiano da escola por meio do professor, que é um ator fundamental dentro do processo educacional”, avaliaRosiléa.

A religião de professores ou da equipe pedagógica da escola também costuma interferir no tratamento dispensado a alunos homossexuais. O presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, diz que muitos educadores levam para a escola “seus conceitos religiosos e fundamentalistas”. Ele defende que uma capacitação para a educação sexual, em seu sentido mais amplo, facilitaria a compreensão.

O jovem André*, homossexual, cursa o 3° ano do ensino médio e diz que o argumento religioso já foi utilizado por uma coordenadora da escola em que estuda para condenar o relacionamento entre alunos do mesmo sexo. “Ela falou que o Deus dela dizia na Bíblia que isso era errado. Nós sofremos discriminação por parte de quem deveria nos orientar. A escola é um ambiente onde deveríamos aprender a respeitar todos e não nos sentir segregados”, desabafa.

Para o educador Beto de Jesus, o problema está relacionado ao próprio modelo de aprendizagem, muito ligado aos parâmetros curriculares. “Muitas vezes o professor não se dá conta de que o aprendizado está além do conhecimento acumulado, ele faz parte do cotidiano das pessoas. Se um adolescente é excluído, seja por homofobia ou racismo, o docente não interrompe a aula para discutir o problema porque acha que o conteúdo que ele precisa transmitir é mais importante”, afirma.

Representante na América Latina da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo (ILGA), o educador avalia que o trabalho de capacitação dos professores é uma grande passo, mas precisa ser ampliado e consolidado. “Foi a primeira vez que os grupos [LGBTs] puderam entrar na salas de aula e ajudar na capacitação dessas temáticas”, afirma. Já o presidente da ABGLT, Toni Reis, classifica esse esforço de “tímido”.

A psicóloga especialista em sexualidade da Universidade Católica de Brasília (UCB)Claudiene Santos, que trabalha com formação de professores para a temática da diversidade sexual, diz que os resultados dos cursos são muitos positivos. Alguns abandonam a capacitação porque têm dificuldade de lidar com o tema.

“Tivemos alguns depoimentos no nosso curso de professores dizendo que não imaginavam o prejuízo que podia ter causado a algum aluno, porque, mesmo sem a agressão, quando você toma a posição de não defesa, você está sendo conivente. Todos temos algum preconceito em algum nível. Esse exercício de reconhecer nosso preconceito e trabalhar contra ele precisa ser feito todo dia.”

 

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=24283

 


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publicado por Riacho, em 27.07.09 às 00:17link do post | favorito

 25 Julho 2009 - 00h30 

Legislativas: Miguel Vale de Almeida ocupa o 7.º lugar

 

Activista gay nas listas do PS

O antropólogo e ex-bloquista Miguel Vale de Almeida, conhecido activista dos direitos homossexuais, é o 7º candidato a deputado na lista do PS pelo distrito de Lisboa. Presença encarada como um reforço do compromisso de José Sócrates de legalizar os casamentos entre homossexuais na próxima legislatura.

Satisfeito com o convite do PS, Miguel Vale de Almeida promete "dar voz não só às causas dos homossexuais, mas também à luta contra o racismo e todo o tipo de discriminação". Mas confessa que a legalização dos casamentos homossexuais vai ser uma das suas prioridades. "É um processo do ponto de vista legislativo e político fácil de resolver e que iria acabar com uma discriminação que está na lei", afirmou o ex-bloquista.

Para Miguel Vale de Almeida não há dúvidas de que a presença de homossexuais nas instituições públicas, como no Parlamento, reforça o combate contra o preconceito e desigualdades, mas sublinhou que o assumir público dessa condição "deve ser feita em total liberdade". As associações defensoras dos direitos dos homossexuais, Opus Gay e ILGA, congratularam-se com a candidatura do antropólogo.

Em segundo lugar na lista do PS por Lisboa está a actriz Inês de Medeiros, ex-mandatária de Vital Moreira.

PERFIL

Miguel Vale de Almeida nasceu em Lisboa a 21/08/1960. Professor associado do ISCTE é um activista do movimento LGBT-Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros

 

Fonte: http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=01A8821D-E025-4B8D-A4BE-B22CDC614553&channelid=00000090-0000-0000-0000-000000000090

 


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publicado por Riacho, em 22.07.09 às 21:18link do post | favorito

Ola

 

Mesmo de ferias e sem computador com acentos nao quero deixar de partilhar as noticias que vao saindo sobre a nossa comunidade e esta parece ser fantastica. Demonstrara ela uma ousadia para algo mais?

 

Best regards

 

Carlos

 

"Qual a relação da Igreja Católica com um escritor gay? A resposta seria nenhuma, mas a recente edição do jornal L´Osservatore Romano mostra exatamente o contrário.

 

A publicação, que é o Diário Oficial do Vaticano, traz um artigo no qual Wilde é elogiado. Ele "sempre buscou a beleza e a bondade, inclusive para com Deus" diz o texto.

 

O elogios continuam em defesa da obra do escritor. "Wilde era um homem de valor e mais de 100 anos depois da sua morte, sua obra não foi esquecida e continua um sucesso" escreveu o autor do artigo.

 

Oscar Wilde foi casado e teve dois filhos, mas acabou sendo preso em 1895 por sua relação amorosa com o Lord Alfred Douglas. Ele foi condenado a dois anos de trabalhos forçados e se converteu ao catolicismo quando estava prestes a morrer.

 

da Redação do Toda Forma de Amor com informações do Pink News"

 

in: http://www.athosgls.com.br/noticias_visualiza.php?contcod=27124

 


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publicado por Riacho, em 15.07.09 às 00:00link do post | favorito

Aos poucos ser gay vai-se tornando uma rotina e uma "normalidade". A sociedade vai percebendo que só se teme o que se desconhece. Passando a conhecer, passa-se a compreender e a não temer. A diversidade é salutar e ajuda-nos a realizarmo-nos como pessoas e como membros da família humana. Quem quer ir jogar râguebi?

 

A curiosa notícia é da Time Out:

"Bruno Horta conversa com o treinador de uma equipa desportiva onde os homossexuais têm protagonismo.


Filipe tem 32 anos e jogou râguebi numa equipa amadora quando era estudante universitário. Agora está a preparar uma equipa própria, da qual será o treinador. Lançou um site (www.bjwhfrugby.org ). Criou perfis nas redes sociais Facebook e Manhunt (ambos com o nome bjwhfrugby). E quer começar os treinos já em Setembro num dos relvados públicos de Lisboa. A equipa será masculina e gay. É a primeira do género em Portugal em qualquer modalidade.

Já há 45 potenciais interessados, segundo garante Filipe (que não quer dar a cara por considerar que isso o pode prejudicar no trabalho). A ideia tem anos e nunca se tinha concretizado por falta de motivação dos destinatários. “As pessoas acham que os projectos que envolvem homossexuais só podem ser uma de três coisas: panfletários e políticos, relacionados com diversão nocturna ou com sexo”, explica. “Neste caso, não é nada disso. A nossa equipa reponde aos gays ou bissexuais que se sentem discriminados nas outras equipas, mas é um projecto lúdico e desportivo, não sexual, embora seja para pessoas que convivem bem com o seu corpo e a sua sexualidade”. Nome da equipa: BJWHF, isto é, Boys Just Wanna Have Fun (decalcado do título da famosa canção Girls Just Want to Have Fun, cantada por Cindy Lauper nos anos 80).

Antes de avançarmos, é preciso dizer que o râguebi é tido como um desporto muito másculo e ao mesmo tempo homoerótico, principlamente devido ao contacto físico permanente entre os jogadores. O Urban Dictionary, um dicionário na internet construído pelos utilizadores, descreve-o assim: “Desporto de homens gay, que têm de jogar uns com os outros, andar atrás uns dos outros, agarrar-se uns aos outros, assumir posições estranhas, usar calções apertados e curtos e correr atrás de bolas que nem sequer são redondas”.

A melhor prova desse homoerotismo está na iniciativa Dieux du Stade, um calendário onde aparecem nus (com a bola colocada em sítios estratégicos) os jogadores do Stade Français, equipa parisiense da primeira divisão de râguebi. É uma espécie de calendário Pirelli, mas com homens, e que, não sendo um projecto gay, tem milhões de fãs homossexuais. Além disso, acrescenta Filipe, o râguebi está envolto naquela aura erótica das fardas, uniformes e equipamentos, muito cara a muitos homossexuais.

Disto isto, percebe-se que a equipa pode interessar aos gays lisboetas. O que, sendo bom para os objectivos de Filipe, também pode afastar muitos homens que tenham receio de tornar pública a sua orientação sexual. Entrar na equipa implica, obviamente, essa assumpção. “Não asseguramos o resguardo total, mas vamos impor barreiras”, diz o responsável pela BJWHF. “Nunca divulgaremos publicamente o local dos treinos, não vamos participar em competições portuguesas e vamos controlar a presença de elementos externos durante os treinos”.

Não se pense que a ideia é nova. EUA, Reino Unido, França, Dinamarca, Holanda e Austrália há muito que têm equipas gay de râguebi. Há dois campeonatos: a Bingham Cup (internacional) e a Union Cup (europeia). E dois organismos reguladores: IGRAB (internacional) e EUGRA (europeu, ainda em formação).

São estes exemplos que Filipe utiliza para defender que não a BJWHF não é um gueto gay. “Não somos uma equipa escondida, mas discreta”, remata. De resto, qualquer ‘hetero’ pode juntar-se-lhes. “Estamos abertos a isso, mas sabemos que nunca vai acontecer, por preconceito dos homens ‘hetero’”, diz Filipe.

Quem achar que não tem corpo para isto, está enganado. Há mais vida para além dos matulões que é costume aparecerem na televisão. Esses são os profissionais da coisa. “Estamos todos em pé de igualdade, mesmo que uns tenham mais experiência ou físico robusto”, esclarece o treinador.

Última coisa, para os que querem mesmo participar: têm de levar o próprio equipamento e no início não vão ter balneários. Porque o espaço onde treinam é público e porque assim se impede a presença de pessoas com outros objectivos que não os desportivos.

terça-feira, 14 de Julho de 2009"

in: http://timeout.sapo.pt/news.asp?id_news=3899

 

 


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publicado por Riacho, em 14.07.09 às 10:44link do post | favorito

Olá

 

Em 09-12-2008 publicamos um vídeo sobre educação homossexual lamentado o fato de não estar legendado em português. Pois bem, a Clarissa, leitora atenta do nosso blog, informou-nos que já existe uma versão legendadada em português que agora publicamos. Obrigado. Vale a pena rever o vídeo.

 

Abraços

 

 


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publicado por Riacho, em 12.07.09 às 16:34link do post | favorito

Prayers for Bobby é um filme que não nos deixa indiferentes. 


Este é o título de um filme baseado na história verídica de um jovem homossexual, que aos 20 anos se suicida. Escreveu ele: "Eu não posso deixar que ninguém saiba que eu não sou heterossexual. Isso seria tão humilhante. Meus amigos iriam me odiar, com certeza. Eles poderiam até me bater. Na minha família, já ouvi várias vezes eles falando que odeiam os gays, que Deus odeia os gays também. Isso realmente me apavora quando escuto minha família falando desse jeito, porque eles estão realmente falando de mim... Às vezes eu gostaria de desaparecer da face da Terra". 


As Igrejas precisam de pedir perdão a Deus por tantas mortes e tanto sofrimento inflingido a homossexuais e lésbicas e por darem tantas vezes  um testemunho contrário ao grande mandamento do Amor.  

 

 

Bom fim de semana


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publicado por Riacho, em 11.07.09 às 10:34link do post | favorito

 


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