ESPAÇO DE ENCONTRO E REFLEXÃO ENTRE CRISTÃOS HOMOSSEXUAIS em blog desde 03-06-2007
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publicado por Riacho, em 26.07.08 às 17:05link do post | favorito

 

Lutar conta a homofobia e contra todas as formas de discriminação é dever de todos os cidadãos e também dos cristãos, que são chamados a viver a fraternidade, porque todos são filhos do mesmo Pai e portanto, não há filhos de segunda. A Ilga tem feito um bom trabalho na luta contras as discriminações a que são sujeitos diariamente os homossexuais. Um dos exemplos disso mesmo é esta resposta notável ao editorial do jornal expresso. Para melhor conhecer a ILGA clica neste link http://www.ilga-portugal.pt/

 

Bom fim de semana e/ou boas férias!

 

Abraço do Carlos

 

julho - 2008

Associação ILGA Portugal responde a director do Expresso

Associação ILGA Portugal responde a opinião do director do jornal Expresso
 

Exmo. Senhor Director do Expresso:

Tivemos oportunidade de ler o editorial "Casamentos 'gay', o debate e a estupidez", em que refere a Associação ILGA Portugal.

 

Antes de o acusarmos da "costumeira homofobia", queríamos frisar que acreditamos que o Director de um jornal que se pretende de referência deverá ter como preocupação principal a informação. Assim, partilhamos informação que nos pareceria relevante ter procurado - e partilhado com as leitoras e os leitores do Expresso - antes da redacção do referido editorial:
- há países como a África do Sul ou o Canadá, em que a adopção por casais de pessoas do mesmo sexo era uma realidade antes de o casamento passar a estar acessível a todas as pessoas;
- há países como a Bélgica em que a igualdade no acesso ao casamento precedeu a igualdade no acesso à adopção
- e há países como Espanha ou a Noruega em que a igualdade no acesso a casamento e adopção aconteceu em simultâneo.
A Associação ILGA Portugal defende o fim das actuais discriminações na lei, mas trata-se obviamente de questões separadas e essencialmente distintas.

Acusamo-lo agora da "costumeira homofobia" porque se posiciona "em geral" contra a discriminação mas é evidente que defende a discriminação de lésbicas e gays. No que diz respeito ao casamento, afirmar que "uma lei de coabitação bem feita poderá servir" é obviamente insultuoso. Como compreenderá, não lhe reconhecemos legitimidade para decidir sobre os direitos fundamentais de que devemos abdicar. E esclarecemos: recusamos obviamente soluções de segunda, porque reivindicamos simplesmente a igualdade a que temos direito enquanto cidadãs e cidadãos deste país.

Mais: no que diz respeito à parentalidade e especificamente à questão da adopção, reparámos que também não fez o esforço de procurar informação antes de emitir uma opinião, embora essa opinião seja no sentido de limitar os direitos de muitas pessoas concretas - e, no caso da adopção, de muitas crianças concretas. Para construir uma opinião mais informada, sugerimos por um lado que se aperceba de que já há muitas e muitas crianças (em países mais desenvolvidos que Portugal e também em Portugal) com dois pais ou com duas mães.
Nesse sentido, recomendamos a consulta da nossa publicação mais recente, que enviámos recentemente a todas as deputadas e a todos os deputados. Chama-se "As famílias que somos" e está disponível em
http://www.ilga-portugal.pt/pdfs/familias_que_somos.pdf

Para além da ciência - que nos permite conclusões claras -, há vidas concretas que facilmente arrasam preconceitos. Basta afinal perceber que somos pessoas para que a homofobia se torne menos costumeira. É pena que o editorial do Expresso ainda esteja aquém desta compreensão. Congratulamo-
lo, em todo o caso, e finalmente, pelo título do editorial, que nos pareceu justo.

Lisboa, 22 de Julho de 2007

A Direcção e o Grupo de Intervenção Política da Associação ILGA Portugal

 

Editorial em causa

CASAMENTOS ‘GAY’, O DEBATE E A ESTUPIDEZ

HENRIQUE MONTEIRO

Antes que venha a ILGA, ou outro qualquer lóbi «gay», acusar-me da costumeira homofobia ou coisas do estilo, permitam-me que diga o seguinte: sou, no geral, contra qualquer discriminação, nomeadamente contra a discriminação de homossexuais.

Isto passa por defender, como absolutamente legítimo e inquestionável, a possibilidade de os casais homossexuais terem mais ou menos o mesmos direitos do que os outros casais. E digo mais ou menos porque há um direito que eu sei que eles não devem ter: o de adoptar crianças.
Reparem que eu jamais direi que um casal homossexual, só por o ser, não sabe tratar crianças com amor e com todos os requisitos de que elas necessitam. Mais: defendo — e defendi, numa crónica neste jornal quando a questão concreta se pôs — que um tribunal não pode tirar um filho ao seu pai ou mãe natural baseado no facto de ele (ou ela) ser
homossexual.

Apenas digo que o Estado, ou quem guarda as crianças a adoptar, não deve discriminar nenhuma delas entregando-a a um casal que não está dentro da norma (no sentido em que a norma, encarada do ponto de vista meramente estatístico, é o casal heterossexual). Aliás, quando o primeiro-ministro, criticando Manuela Ferreira Leite, considerou
‘pré-moderno’ afirmar que o casamento se destina à procriação, eu permito-me discordar. Não é pré-moderno, é da condição humana.

Todos nós ao cimo da terra somos filhos de um pai e de uma mãe e não de dois pais ou de duas mães. O Estado pode legislar contra este facto da natureza, mas é arrogante pensar que pode alterá-lo na sua essência.

De resto, a discriminação que sofreria uma criança entregue a um casal homossexual é, a meu ver, muito mais condenável do que não chamar ‘casamento’ à união que consagra os direitos de dois homossexuais.

Acrescentaria, ainda, que uma lei de coabitação bem feita poderá perfeitamente servir. Com a vantagem de o Estado não necessitar de saber quem é homossexual e quem apenas vive junto por necessidade económica, amizade pura ou outro qualquer aspecto que só ao próprio diz respeito.

Resolver problemas na prática é a finalidade da política. Se permitir todos os direitos menos o da adopção (como parece ser a disposição do PS e do PSD), não se pode chamar a essa junção ‘casamento’, como pretendem certos políticos convencidos da sua modernidade. A insistência no nome apenas revela a agenda escondida, ou seja, a
adopção de crianças por homossexuais.

E isso seria de uma estupidez imperdoável.

 

 


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publicado por Riacho, em 16.07.08 às 20:23link do post | favorito

Olá a todos

 

No próximo sábado o nosso encontro será um jantar seguido de uma visita ao bar do Bairro. Pretendemos neste fim de ano escolar/pastoral encontrar-nos de maneira mais informal para descomprimir e ganhar ânimo para outros festivais. Precisamos da vossa ajuda para encontrar um local para jantar que obedeça à política dos 3 B's (bom, barato e bonito). Alguém conhece algum que se enquadre neste perfil?

 

Ficamos a aguardar as vossas sugestões.

 

Um abraço

 

 

Carlos


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publicado por Riacho, em 12.07.08 às 02:24link do post | favorito

 

 


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publicado por Riacho, em 03.07.08 às 00:02link do post | favorito

Unidade na Diversidade

Partilho convosco o 'escrito' que encontrei na página frontal do boletim da Paróquia de S. João de Deus, em Lisboa, no Domingo da Solenidade de S. Pedro e S. Paulo. Achei muito belo:

' É verdade que o modelo monárquico algumas vezes pareceu ser o modelo de Igreja na sua forma de se institucionalizar. Mas esse nunca foi o modelo querido por Jesus para a Sua Igreja. A Igreja nasceu plural, embora una. Desde a primeira hora ela se revê nestes dois Apóstolos, Pedro e Paulo, tão diferentes na personalidade, na formação e também na missão: Pedro em Roma, cabeça do Império, e Paulo na diáspora junto dos gentios. Assim, a Igreja foi, é e será, sempre, uma fraternidade de sensibilidades diferentes, em diálogo e concertacão, numa busca constante de unidade mais perfeita, diversificada e fecunda.
Nem sempre é fácil lidar com tamanha diferença na maneira de se tornar discípulo de Jesus, mas a 'catolicidade' da Igreja tem a ver com a capacidade de abarcar todas as diversidades de sensibilidade, valores, vivências e vocações, numa complementariedade que resista à tentação do modelo único ou do monolitismo.
Pedro e Paulo representam-nos na diferença, mas também na fragilidade. Tal como nós, também foram sensiveis ao apelo à santidade. Mas foi só a partir da aceitação humilde das suas fragilidades e pecados que começaram a caminhar para a perfeiçao. Esta não é o ponto de partida nem a condição para ser discípluolo de Jesus. É o termo duma caminhada onde o agente principal é o Espírito Santo que Jesus nos mereceu e comunicou'

O Prior
 


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